Bruno Pontes
Vocês devem saber que integrantes do MST mataram quatro seguranças de uma fazenda em Pernambuco durante o carnaval. Ontem, o senador petista João Pedro (AM) foi à tribuna aliviar a barra dos soldadinhos de João Pedro Stedile:
“Eu não acredito que o MST, uma entidade legal, estimule assassinatos. Não se pode punir o MST pela irresponsabilidade de uns poucos em Pernambuco. A entidade merece o reconhecimento pela luta justa em defesa de terra para os trabalhadores”.
Tudo bem, João Pedro. Você deve ser daqueles que também não acreditam no mensalão. Pois então avaliemos as palavras do seu xará, o barão de dinheiro público Stedile. Em julho de 2003, ele deu o seguinte recado ao seu exército:
"A luta camponesa abriga hoje 23 milhões de pessoas. Do outro lado há 27 mil fazendeiros. Essa é a disputa. Será que mil perdem para um? É muito difícil. O que nos falta é nos unirmos, para cada mil pegarem um. Não vamos dormir até acabarmos com eles."
Acho que a mensagem é clara. Senador João Pedro, as palavras de Stedile seriam um caso de “irresponsabilidade”? É possível que o chefão do MST esteja pregando abertamente a matança de fazendeiros? O senhor acredita nos próprios olhos e ouvidos?
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A seguir, um texto que fiz para o Jangadeiro Online em agosto do ano passado:
O duplipensar do MST
Primeiro, líderes do MST foram condenados pelo juiz Carlos Henrique Haddad a pagar multa de R$ 5,2 milhões à Vale pela ocupação da Estrada de Ferro Carajás. O MST havia fechado a ferrovia duas vezes no ano passado, impedindo o transporte de minério de ferro do Pará ao Maranhão. Em abril deste ano, bloquearam a ferrovia de novo, descumprindo liminar concedida à empresa. Os dormentes foram incendiados, cabos de fibra ótica e de energia cortados e trilhos levantados. A resposta do movimento: a sentença representou a "criminalização" dos movimentos sociais que lutam "contra as injustiças no campo e por um Brasil melhor".
Depois, a juíza Marcela Papa ordenou que o MST e o Mast (Movimento dos Agricultores Sem Terra) pagassem indenização de R$ 150 mil ao fazendeiro Luiz Egydio Constantini Junior, dono da Fazenda Boa Esperança, localizada no Pontal do Paranapanema, extremo oeste paulista. A fazenda foi invadida três vezes desde o ano passado, e uma ordem judicial de reintegração de posse foi solenemente ignorada. E o que disse então o líder do MST no Pontal, José Rainha? "Condenar um movimento social é condenar a democracia. Está fora da esfera jurídica, porque não é possível condenar um movimento social que não tem personalidade jurídica".
As respostas às sentenças judiciais, expedidas no fim de julho, ilustram com perfeição o duplipensar descrito por George Orwell no seu magistral 1984: cometido pelo MST, que luta por um Brasil "melhor" (um Brasil comunista), crime deixa de ser crime. Na verdade, crime é justamente condenar o crime! Mas experimente invadir um acampamento do MST com a desculpa de "lutar contra a injustiça". Você acha que seria recebido de braços abertos? Não. Experimente bloquear a estrada por onde passam os soldadinhos de João Pedro Stedile. Você acha que eles encerrariam a caminhada serenamente? Não. Se minhas sugestões fossem realizadas, o MST exigiria fervorosamente o cumprimento da mesmíssima lei em que cospe quando lhe convém. Sem o menor constrangimento.
Movimento social é um termo do vocabulário esquerdista que denomina grupos organizados que se julgam livres de qualquer responsabilidade e merecedores de garantias não concedidas ao resto da sociedade. Assim, condená-los é condenar a própria democracia. A perversão da linguagem reflete a perversão moral. Para facilitar o processo, nada melhor do que escolinhas sustentadas com dinheiro público para doutrinar as crianças dentro da boa e velha ideologia marxista-leninista, onde elas aprenderão desde a mais tenra idade que, dependendo da causa, o mal pode ser o bem e o bem pode ser o mal. Estarão prontas para atender à convocação feita em 2003 pelo guia espiritual Stedile: "A luta camponesa abriga hoje 23 milhões de pessoas. Do outro lado há 27 mil fazendeiros. Essa é a disputa. Será que mil perdem para um? É muito difícil. O que nos falta é nos unirmos, para cada mil pegarem um. Não vamos dormir até acabarmos com eles".
Se você, que paga os impostos repassados pelo governo ao bando comandado por gente que prega abertamente o assassinato de fazendeiros e a derrubada do Estado de Direito, ao menos sugerir que alguma coisa aí está errada, será automaticamente acusado por seus mentores de estar "criminalizando" o movimento. Muita gente boa cai diante dessa chantagem emocional, preferindo seguir o roteiro politicamente correto a encarar as coisas como elas são. Ignorância não é força. É preciso manter a sanidade e repelir o duplipensar do MST. Do contrário, chegará o dia em que guerra será paz e liberdade será escravidão.
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