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Tópico: A odisséia de Taura

  1. #1
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    Padrão A odisséia de Taura

    Bem, esse é o primeiro roleplay que estou fazendo. Há algum tempo comecei a escrevê-lo no papel, mas hoje começei a passar para o computador. Espero que gostem, e por favor, comentem. Dúvida: Conforme eu for fazendo o índice, como ponho o link de um single post?
    Obrigada, flw


    Prólogo

    O sol raiou, iluminando as lindas e delicadas feições de Taura. Ela entreabriu seus olhos meigos e contemplou o teto. Seria mais um dia comum para muitos na ilha de Rookgaard. Exceto para a jovem. Na noite anterior, seu pai havia prometido que a iniciaria num universo de aventuras: ensinaria a filha a batalhar, manejar uma espada ou uma clava, mostraria lugares novos. Em outras palavras, a tornaria uma guerreira. Levantou, molhou o rosto, comeu alguns biscoitos ali esquecidos na véspera. Desceu as escadas de sua modesta casa no coração da ilha. Imaginou que seus pais estivessem á beira do rio pescando algumas trutas para o almoço.
    Seu pensamento estava correto; lá estavam os dois, lado a lado, debruçados no parapeito de uma pequena ponte, acima de um lindo rio cristalino. Conversavam calmamente. Foi aí que se deram conta de que havia uma jovem de cabelos castanhos e ondulantes em sua presença. Logo em seguida seu pai disse, carinhosamente:
    -Olá minha pequena Taurinha! Pronta para iniciar sua jornada?
    A menina fez que “sim” com a cabeça, enquanto sua mãe dava-lhe um beijo no rosto. Vendo a resposta afirmativa da filha, o pai continuou:
    Primeiro iremos à floresta recolher algumas frutas para comermos mais tarde. Depois, nosso destino é a loja de equipamentos do Al’Dee.
    Assim foi feito. Eles passaram a manhã toda coletando frutinhas pequeninas de cor azulada. Eram muito apetitosas e suculentas. Após o almoço, contendo algumas coxas de coelhos e veados, foram até a loja de equipamentos comprar o básico. O pai da menina desembolsou cem moedas de ouro de uma pequena sacola, dizendo animadamente:
    -Aqui está Al’Dee, toda essa quantia para que você me venda os melhores equipamentos de sua loja. Andei guardando esse dinheiro há algum tempo, preparado para o futuro, que chega agora. Minha querida Taura começará sua caminhada épica logo, logo.
    O vendedor, ao ver todas aquelas reluzentes moedas, respondeu, feliz:
    -Bem, meu velho amigo, eu tenho aqui algo perfeito para sua filha. Vai querer um conjunto de couro? O escudo será de madeira?
    Herman respondeu afirmativamente. Ao ver o gesto do freguês, Al’Dee desapareceu por entre as várias armaduras e calças. Finalmente voltou trazendo consigo uma espécie de chapéu arredondado, um blusão grosso, uma calça e um par de botas. Eram todos feitos de couro resistente e pesado. O pai pediu que a filha experimentasse-os. A menina achou as roupas desconfortáveis e calorentas, além do fato de não terem um cheiro muito agradável. Mesmo assim ficou feliz por ganhar sua primeira “armadura”.
    Foi aí que percebeu que o vendedor havia desaparecido mais uma vez. Mas não demorou muito para que retornasse com um grande escudo redondo, feito de madeira.
    -Mais alguma coisa, Herman? – perguntou Al’Dee.
    -Não amigo, por hora é só isso. – Taura lembrou-se de que faltava uma arma, porém não disse nada. Voltaram para casa, famintos. Depois do jantar, composto apenas pelas trutas pescadas pela manhã, a mãe chamou a filha para seu quarto, dizendo, entusiasmada:
    -Taura, minha querida; tenho uma coisa para dar-lhe. - Olga Minus aproximou-se do velho baú que vivia a um canto do quarto, cujos segredos eram desconhecidos pela menina. Dali sua mãe retirou uma espada, cabo cor de terra, com um pequenino diamante cravado no meio. Taura ficou maravilhada com a beleza da peça. A mãe lhe explicou:
    -Esta espada passou de geração a geração na nossa família. Ela será sua, e você a guardará e irá dá-la a seu filho ou filha. Boa sorte em sua jornada. – a mãe fitou-a ternamente, e deu-lhe um beijo na testa – Boa noite, querida.
    Já na cama, a jovem refletia sobre todo o seu dia. Fora tão bom, tão cheio de descobertas... E mal poderia esperar pelas próximas, que muito em breve viriam. Pensando nisso, a jovem de quatorze anos, Taura Minus, adormeceu profunda e suavemente.

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    Última edição por Bela~; 21-01-2009 às 18:02.

  2. #2
    Avatar de Scholles
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    Bem vinda à sessão. É raro pessoas da tua idade se interessarem em escrever. Apesar de que eu tenho doze anos também, não é comum
    Eu gostei do texto. Foi bem escrito e não ficou nem um pouco cansativo... Mas, para manejar uma espada, requer(desculpe pela expressão, não encontrei melhor) uma puta força. Uma garota de quatorze anos não conseguiria lutar direto assim com seu pai, e até para mulheres adultas é muito difícil. Outra coisa, poderia se focar mais no treinamento.

    Para pegar o link de um post, siga à direita da data do post que ali estará um número. Aquele é o link.

    Estou lendo.
    Última edição por Scholles; 25-07-2008 às 15:59.

  3. #3
    Avatar de Claudio Di Martino
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    gostei muito do seu texto!
    realmente não está enjoativo, vou acompanhar com certeza
    e é isso ai! não existe idade para escrever grandes histórias! Tem que escrever mesmo, não desanime!
    aguardo a continuação, até mais!
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  4. #4
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    Obrigada ^^. Na verdade, eu sempre gostei de ler e de escrever também, acho que uma coisa atri a outra. Quanto ao foco do treino, escreverei mais detalhes em breve (estou digitando agora, daqui a pouco edito ) Hahaha, bem observado, não é comum mesmo mulheres terem essa força.
    Flw
    Última edição por Bela~; 25-07-2008 às 20:44.

  5. #5
    Avatar de Claudio Di Martino
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    esse capítulo continua legal assim como o prólogo, não perdeu a qualidade.
    Só acho que os acontecimentos vão e vêm de forma muito rápida, faça as cenas serem mais demoradas, acho que enriquece a história.

    P.S: por um momento pensei que a garota perseguia o ladrão do jeito que ela veio ao mundo o.o

    continuo lendo, se você continuar escrevendo




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  6. #6
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    Padrão Capítulo 2 aqui

    Capítulo 2

    Com o alvoroço e as fortes emoções, Taura não tivera tempo de observar as feições do garoto que a roubara. Seus cabelos eram loiros como o raiar do sol. Estavam oleosos e um pouco sujos, mas ainda assim não haviam perdido o brilho natural. Sua pele era bem clara e encontrava-se bastante maltratada. Olhou ao redor, parecendo meio atordoado. Disse, lentamente para a garota que se sentara ao seu lado, voz fraca:
    -Desculpe-me por ter roubado seus pertences. Eu tinha fome, e não havia dinheiro para comprar comida.
    Consternada com a situação do pobre menino, ela falou, o mais gentil possível:
    -Não tem problema, você tem meu perdão. Mas, na floresta há frutas deliciosas, porque não as colhe?
    -Jamais entrei naquele emaranhado de árvores a não ser hoje. Sempre tive medo de sair do povoado. – ele abaixou a cabeça, parecendo envergonhado com sua atitude.
    Taura então se aproximou mais ainda e ofereceu-lhe um punhado daquelas frutinhas redondas. Ele comeu-as com voracidade.
    -Eu sou Taura Minus. E você?
    -É que – o menino encolheu-se ainda mais, diminuindo de forma descomunal – eu não me lembro do nome que meus pais me deram, pois vivo nas ruas há muito tempo. Mas meus colegas me apelidaram de Iluminista, pois ás vezes, ainda que não saiba como, consigo iluminar lugares muito escuros. – Ao ver a expressão de pena de Taura,acrescentou, rapidamente – A vida não é tão ruim nas ruas. Basta saber se cuidar.
    Não muito convencida, ela perguntou:
    -Qual é o seu grande sonho?
    -Bem, uma das únicas lembranças que tenho do passado, quando eu tinha uma casa, é o desejo de correr grandes perigos e aventurar-me pelo mundo. É exatamente isso: ganhar o horizonte e enfrentar o desconhecido.
    A menina olhou daqueles olhos cor de mel para o chão:
    -Eu... eu gostaria de ouvir sua história, se não se importa... Diante do pedido encabulado, ele disse, gentilmente:
    - Claro, mas, quero que saiba. Não espere muito, pois minha vida é... digamos assim... sem atrativos, o que a deixa extremamente curta. – após um trejeito risinho, ele continuou - Eu nasci numa casa localizada no interior da ilha. O sol nascia antes, e tingia a grama verde com tons alaranjados. Ainda me lembro do cheiro do orvalho, que penetrava em meu peito, deixando-me levemente sedado. Eu tinha uma irmã gêmea, e brincávamos o tempo todo. Um belo dia; fomos visitar uma feira no centro de Rookgaard com nossos pais. A multidão crescia mais e mais, quase que devorando-nos Eu me distanciei do grupo sem saber, e deles me perdi para sempre. Assim, desde os cinco anos de idade vivo na rua. Esse tempo sozinho foi muito difícil para mim, mas outros moradores de rua me alimentaram com a pouca comida que havia. Bem, é isso – disse ele, ainda com o olhar mergulhado em lembranças distantes - Espero não tê-la decepcionado, pois avisei para não esperar por atos heróicos e experiências de quase morte. Agora gostaria de ouvir sua história, por favor.
    Ao invés de responder algo, ela observou-o, com o semblante perdido. O estômago de Taura deu um giro e seu coração pareceu parar por alguns instantes. Finalmente falou, rouca:
    -Eu... acho que temos muitas semelhanças, entende? Também tive um irmão, e... bem, éramos gêmeos, mas este se perdeu de nós muito cedo. Hum, e além disso, nós morávamos no interior. Ambos encararam um ao outro sem nada falar, por vários minutos. Iluminista quebrou o silêncio, no que mais parecia um gemido:
    -Ham... bom...
    De repente, o garoto deixou escapar uma grossa lágrima, e depois várias. Os dois abraçaram-se, tentando recompensar todos os momentos perdidos. Ainda fungando, ele falou:
    -Eu gostaria de voltar no tempo. Reviver tudo da maneira certa. Ficar junto daqueles com quem eu deveria sempre ter estado. – voltando a chorar abertamente, ele recostou sua cabeça no ombro da irmã, deixando-o úmido. Tentando de alguma forma acalentá-lo, ela disse, fraternalmente, porém com a voz embargada:
    -Não adianta viver do passado, o que importa é que estará conosco, vivendo o presente. Pare de chorar, vamos voltar para casa.
    Assim, os dois caminharam para fora do templo, abraçados. Chegando ao destino, os pais esperavam a filha com um grande sermão por ter desaparecido sem deixar vestígios. Porém, ao ver o menino maltrapilho ao seu lado, logo se esqueceram do grande discurso. Ao saberem de toda a verdade, abraçaram-no e lhe serviram um prato caprichadamente posto. Após o almoço, ocasião em que Taura contou aos pais o episódio ocorrido no subsolo, os dois jovens foram até o córrego, local onde tudo começou. A água provocava um estado de relaxamento total, deixando ambos em êxtase. O sol, que aos poucos tocava o horizonte perfeito, deixou por completo os dois na escuridão, com o fraco brilho de uma lua nova.
    Após o jantar, onde reinou uma animada conversa, todos foram dormir, exaustos. Seus pais improvisaram um pequeno colchão para o filho recém chegado. Foi difícil para Taura adormecer. Estava inquieta por ter encontrado seu irmão desaparecido há tanto tempo. Finalmente, depois de muitas horas, a menina caiu num sono bem leve.
    Última edição por Bela~; 18-01-2009 às 21:33.

  7. #7
    Avatar de Bela~
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    Capítulo 1

    O segundo dia de treinamento amanheceu, e a menina acordou antes de todos. Seus pés estavam estranhamente leves como pena, e ela não conseguir retirar o sorriso estampado em seu rosto. Rapidamente, pegou seus equipamentos, a velha espada da família e sua sacola de pano, já bem surrada. Guardou um punhado bem farto de frutas silvestres em seu interior. Desceu cuidadosa e sorrateiramente as escadas, para que ninguém acordasse. Já na rua, dirigiu-se para o córrego, onde tomaria um banho bem refrescante.
    Entrou nas águas geladas com sua veste longa e colorida, dada por seus pais no aniversário. Ao mergulhar nas águas geladas, sentiu seu corpo inteiro adormecer, relaxar. Fechou os olhos. A luz matinal penetrou por sob suas pálpebras, aquecendo sua face agradavelmente. Involuntariamente, ela abriu-os, e olhou para o local onde deveriam estar seus pertences. Mas, misteriosamente não havia nada. Taura olhou para os lados assustada, e viu uma cena bastante sugestiva: não muito longe dali, um menino magricela corria, as mãos entulhadas de objetos que a menina não pôde enxergar com perfeição.
    Ela saiu do córrego aos trancos e começou a perseguí-lo, numa velocidade tão excepcional que ela própria desconhecia. Correram, distanciando-se mais e mais do povoado. Havia uma floresta no horizonte cor de laranja que se aproximava a cada segundo. O ladrãozinho vacilou, porém recuperou seu ritmo e adentrou-se no matagal fechado. Não tendo alternativa a não ser continuar a perseguição, Taura penetrou na mata, excitada pelo fato de não conhecer o ambiente. A disputa pelos pertences ficava mais difícil agora: após inúmeros tombos e arranhões e vários momentos em que por pouco não perdera o alvo de vista, Taura consegue alcançá-lo. O menino ficara encurralado por conta de trepadeiras que impossibilitavam seu progresso. Assustado, ele olhou rapidamente da garota para os lados. Aparentemente não havia saída, senão descer uma escada imunda, localizada próxima às trepadeiras.
    Sem alternativa, o garoto desceu os degraus, cujo destino obscuro era desconhecido por ambos. Quando Taura também se encaminhava para as trevas e seu pé tocava o segundo degrau, hesitou, lembrando-se das proibições de seu pai com relação ao subsolo.
    Afastando tais lembranças da mente, continuou a descer para o desconhecido, tensa, porém constante. Seus olhos custaram para se acostumar à baixíssima luminosidade, até verem uma fileira de tochas fixadas nas paredes rochosas e irregulares. Elas faziam com que o lugar não se tornasse um breu total, mas não o deixavam menos tenebroso. Ela pisou em algum líquido, não podia saber se era água, urina ou sangue. Ouviu também uma série se ruídos, aproximando-se à medida que ela ia caminhando.
    Repentinamente, viu uma cena que nunca desejara ter visto: o pobre corpo do menino esparramado no chão, com quase duas dúzias de ratos do tamanho de gatos, com grandes presas ameaçadoras. Ela começou a correr, golpeando loucamente as criaturas que a perseguiam. Após alguns minutos de agonia, ela conseguiu exterminar todas aquelas pestes, e voltou para perto do infeliz garoto. Seu corpo sangrava, e ele ainda tinha nas mãos os objetos roubados. Lentamente, com incontáveis lágrimas no rosto, Taura pegou seus equipamentos e virou-se para sair daquele lugar hediondo. Mas, essa ação foi interrompida ao ver sair, do peito do garoto, faíscas azuladas, que se transformaram numa esfera de energia luminosa. Aquela luz extraordinária banhou o lugar, deixando-o cheio de cor e vida.
    Ela seguiu a esfera, que se dirigia para a saída. Não deixando o magnífico brilho sair de seu campo de visão, seguiu-o, hipnotizada. Seus passos eram leves, e não via o caminho pelo qual seguia. Muitos olhares foram para ela direcionados, porém a jovem descobridora não se importava com nada, senão aquela enorme cintilação angelical, que se dirigia para um grande edifício, imponente e imaculado. Lajotas pretas e brancas proviam ao lugar um ambiente gótico sob grossas colunas sustentando um telhado perfeito. Sim, o templo de Rookgaard, local cuja menina visitara pouquíssimas vezes, num passado distante.
    Agora, no centro do templo, a esfera parava, dividia-se por magia. Aquela inexplicável corrente de poder fragmentava-se cada vez mais, e dava origem a uma massa de poeira brilhante. Que seria aquilo? Com a mente inundada de dúvidas, Taura viu surgir, diante de seus olhos, o menino que a roubara, estatelado, inconsciente. Estupefata, ela aproximou-se de seu corpo, examinando-o dos pés à cabeça. Abaixando-se para contemplá-lo melhor, Taura sentiu sua respiração, seu peito subir e descer por baixo do blusão velho. Com uma corrente forte de alegria ela percebeu os sinais de vida do garoto.
    Supondo que sua vida estava salva, ela o deixou por um instante, para contemplar melhor o templo, tal era sua beleza. Havia estátuas; anjos com sua inocência entalhada na rocha. Mas havia algo tão imóvel quanto uma escultura, porém sem possuir o tom acinzentado de uma, recostado a um canto do cômodo: sem um músculo sequer mover, lá estava um monge, cabeça abaixada e ombros retos. Sua túnica marrom estava impecavelmente passada, e um grande capuz cobria sua cabeça Como se adivinhasse estar sendo observado, ele se levantou suavemente, quase levitando. Seus passos, inaudíveis, foram até Taura. Finalmente levantando o olhar, o monge fitou-a, ternamente:
    -Oh minha jovem, vejo que está bem machucada! – e apontou para os inúmeros cortes e arranhões nas pernas e braços da garota - Deixe-me curá-la. – Ela sentiu como se um filete de água gelada descesse por sua cabeça, molhando o corpo todo. Mas não havia água alguma, apenas várias feridas desaparecendo milagrosamente. Voltou-se para seu curador, agradecendo-lhe. Em seguida olhou de modo interrogativo para o menino, ainda deitado, porém movimentando a cabeça e os braços levemente. O monge lhe falou, com um leve sorriso no rosto:
    -Dúvidas, não é? O que tenho a lhe falar é que, para aqueles que ainda devem mudar o mundo, a hora ainda não chegou. – ao ver que seu discurso fora incompreendido, ele continuou – vá, faça sua vida virar história!
    Novamente Taura foi ao encontro do menino cuja cor voltava a seu rosto pálido. Ele abriu os olhos e viu uma adolescente fitando-o fixa e profundamente.
    Última edição por Bela~; 18-01-2009 às 21:31.

  8. #8
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    Citação Postado originalmente por belaau Ver Post
    Capítulo 1
    Já na rua, dirigiu-se para o córrego, onde tomaria um banho bem refrescante.
    Entrou nas águas geladas com sua veste longa e grossa,
    ? Ela entrou, com todas as roupas, dentro d'água? Creio que foi um recurso que tu utilizastes pra ela não correr pelada atrás do ladrão, mas ela teria molhado a roupa, que ficaria tão pesada que ela mal iria conseguir correr... E, sem querer menosprezar as garotas, acho meio difícil o cara não ter simplesmente corrido mais para despistar a garota ou empurrado Taura pra longe.
    Correram mais um pouco , chegando a um ponto em que o menino tinha ficado encurralado. Havia apenas uma saída: descer umas escadas imundas que davam para um lugar obscuro.
    Hm? Não consigo imaginar, em floresta aberta, um local onde ele teria ficado encurralado e a única saída fosse uma caverna.
    Ela começou a correr, golpeando loucamente os ratos que a perseguiam. Após alguns minutos de agonia, ela conseguiu exterminar todas aquelas pestes, e voltou para perto do infeliz garoto. Seu corpo sangrava, e ele ainda tinha nas mãos os objetos roubados. Lentamente, Taura pegou seus equipamentos e virou-se para sair daquele lugar.
    Bah. Pior trecho do capítulo. Tu estás confundindo muito o jogo com o real. Um bando de ratos nunca conseguiria matar uma pessoa assim, tão facilmente. Eles ficariam de mordendo, tu sangraria pacas, mas nunca morreria assim. E também, tu nem dissestes como ela matou eles. Parece que eles são do tamanho dela, pois tu nem disse que ela chutou e tal.

    Ok, não tenho mais nada a comentar sobre o capítulo. Tu estás escrevendo bem. E, cuidado! Já postastes o segundo capítulo... Não dá pra todos lerem, assim. Tem que ter uma pausa entre cada capítulo de, no mínimo, 3 dias. Uma dica: Termine o capítulo e espere 1-2 dias, então revise-o, fique se perguntando '' Isso realmente aconteceria? Se é fantasioso, como eu posso fazer para que pareça real? ''.
    Por exemplo: Na cena de quando sai a alma do ladrão. Isso não aconteceria na vida real, mas não deixa de parecer real. Poderia dizer que a garota ficou chocada, etc.
    Esperarei um tempo até ler o segundo capítulo.

  9. #9
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    @EleMenTals
    Hum, tá certo, vou seguir a dica, da distância de tempo entre um capítulo e outro. Bem, vamos às respostas:
    Sim, realmente eu escrevi q ela entrou de roupa por isso Não imagino que ela teria ficaro para trás. Claro, ele correria mais que ela, devido ao peso da roupa.
    Quanto aos ratos, mudei algumas coisa, tentando tornar mais real.
    Flw, vlw pelo coment ;D

  10. #10
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    Citação Postado originalmente por belaau Ver Post
    Sim, realmente eu escrevi q ela entrou de roupa por isso Não imagino que ela teria ficaro para trás. Claro, ele correria mais que ela, devido ao peso da roupa.
    em tempos passados, se bem me lembro, homens e mulheres tomavam banho de roupa, logo eu encarei normalmente essa cena :o

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