Damon Lindelof assina o primeiro e último episódio (junto com outros caras). O intérprete de Jack afirmou que já tinha informações sobre The End a alguns anos atrás (última cena, morte do personagem e fechar dos olhos). Apesar de ter tido dezenas de diretores e roteiristas como todas as séries do estilo, Abrams e Damon são os criadores, portanto responsáveis pelas ideias usadas na série.
Detalhe interessante: a brincadeira surgiu de um script de Jeffrey Lieber, quando a história ainda se chamava Nowhere e pretendia ser um drama realístico, algo mais O Senhor das Moscas e menos A Ilha da Fantasia. Óbvio que a ABC achou a ideia muito chata, chamou a dupla para fazer algumas modificações e pronto, um monstro de fumaça, espíritos, imortais, escotilhas e outras coisas legais surgiram na ilha. Jeffrey foi creditado pelo roteiro do episódio piloto e é considerado co-criador, mas nunca participou efetivamente do projeto.
Ok, mas o que isso tem a ver com Lost? Você já parou para pensar que esse plot dos flashsideways poderia ser utilizado em qualquer outra história? Após uma temporada repleta de mistérios insolúveis, imagino Dexter terminando em pizza no limbo dos serial-killers onde ele finalmente reencontra o ITK. No meu mundo, isso é filler, mas tem gente que achou genial.
Big Love é uma série sobre amor, Six Feet Under é uma série sobre morte, Lost é uma série sobre mistérios (ou sobre uma ilha com laguinho mágico e rolha milenar, tanto faz). Ser o que é não anula os personagens, muito pelo contrário, não existe trama sem pelo menos uma pitada de drama.
Agora esse papo de "Lost é sobre os personagens, então não preciso me preocupar com as centenas de furos e pontas soltas" chega a beirar o ridículo após seis anos discutindo sobre eventos bizarros e tecendo teorias, pois Lost é a única série que causou esse tipo de reação nos fãs. Engraçado é que o pessoal costumava reclamar dos episódios de Jack ou Kate exatamente por terem muitos dramas paralelos e pouca relação com o que vimos na ilha, aí chegou a sexta temporada e de repente estavam todos interessados no final feliz do casal e dane-se tudo de interessante e inexplicável que aconteceu nos últimos anos. Vocês lembram bem de 2005? Foi a escotilha que nos fez morrer de curiosidade entre a primeira e segunda temporada, assim como Locke voltando a andar e os números amaldiçoados intrigavam os telespectadores desde os primeiros episódios. Inclusive o próprio The Constant que ganhou notoriedade pelo aspecto romântico é um genuíno sci-fi com informações importantes sobre o enredo central, enquanto o que é considerado por muitos como o pior episódio da série, Stranger in a Strange Land, não passa de um draminha chato sobre as tatuagens de Jack.
Não me entendam mal, adoro drama, é o meu gênero preferido, mas Lost vendeu um produto e entregou outro (na minha opinião, de má qualidade), logo é natural que muitos se decepcionem. Pensando com o coração, tinha como aquele encontro que reuniu doze dos losties iniciais não ser marcante para os fãs? Mas em uma análise racional, só consigo pensar que os roteiristas tentaram mais uma incrível virada (we have to go back!) e só conseguiram parecer ridículos aos 45 do segundo tempo. Truque fraco, indigno para a série que apresentou finais impactantes como o de Walkabout.
A maioria dos blogueiros se rasgaram para o final da série. Para os que ainda estão pensando sobre a conclusão e cansaram dos elogios, recomendo alguns textos sobre picaretice e falta de lógica interna. Os dois últimos são mais emocionais, o primeiro exagera em alguns pontos, mas todos apresentam perguntas e afirmações que enrubescem até o mais fanático.
- http://aventurahumana.wordpress.com/...o-fim-de-lost/
- http://superoito.wordpress.com/2010/...-lost-the-end/
- http://www.comentariosemserie.com/20...-6x17-end.html
E um vídeo bem-humorado para lembrarmos de algumas coisas que ficaram para trás (o pior é que tem muito mais do que foi citado).
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