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ae li tudo
o que é incrivel pq eu nem frequento aki direito
aiudhauisdhai, posta a quinta parte aí, eu também ando mto de onibus (soh que em sp) e por isso gostei ;D




Parte 5
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O tempo ia passando e eu começava a me acostumar com o caminho do colégio. Já reconhecia algumas partes do caminho, já podia dizer que eu estava perto de chegar, entre outras coisas.
Mas mesmo assim, sentia-me desgastado, morto, queria algum recesso, algo para descansar... Estávamos no início de Março.
Eu ainda lembro do show dos Rolling Stones aqui em fevereiro. Foi muito legal. Eu ainda contava para alguns amigos meus como tinha sido o show e acaba me lamentando por não ter ido ao do U2, em São Paulo, três dias depois.
Lembro que para o show dos Stones meu pai tinha comprado uma camisa no camelô: "Stones in Copa: EU FUI!". Claro, eu iria para o show, eu TINHA que ter uma camisa da banda. Combinei com um amigo e meu irmão acabou indo por pura paranóia da minha mãe.
O show começava às 22:00, cheguei com uma camisa preta, debaixo de um sol da praia de Copacabana, às 15:00, sabia que iria esperar.
Abrimos um guarda-sol, sim, os amigos do meu amigo levaram um e lá ficamos sentados, tentando ocupar o maior número de espaço possível. Não era nem um pouco de arrogância, mas com certeza nem todos que ali estavam, gostavam do Rolling Stones. A maioria só ia para beber, sei lá, curtir.
Lembro que uma família foi toda unida para o show com um isopor enorme. Não teria problema levar o isopor se eles fossem os primeiros a chegar, mas não, chegaram por volta das 16:30 com aquele isopor enorme pisoteando cada um no meio do caminho. Cambada de farofeiros...
O melhor de tudo, na verdade, não foi a gente pulando para aparecer dois segundos na Globo, mas sim duas gringas tirando a parte de cima do biquíni. Sim, eu lembro muito bem! Elas subiram em um dos seus amigos e começaram a tirar a parte, a galera começou a gritar e tirar foto. Alguns gaiatos colocaram a mão, eu colocaria, se não estivesse longe.
Mas o pior foi quando uns amigos tentaram imitar. Você acha que homem tirando a camisa, em plena areia de copacabana, faz sucesso? Óbvio que não! Nossa, eu estava um pouco perto, tomei umas três latadas de cerveja na cabeça, não podia nem virar e xingar, pois não adiantava de nada e ainda corria o risco de tomar uma no olho. O jeito foi me abaixar.
Pior foi meu irmão, foi sair para buscar o amigo na estação de metrô. Nossa, ele ficou no meio da pista e uma ambulância foi passar... Resultado? Tomou spray de pimenta junto com todo mundo. Falou que quase vomitou.
Enquanto isso, estava eu lá, muito calmo, assistindo ao show de forma confortável. É verdade que é muito chato as pessoas passando no meio das músicas, mas isso a gente se conforma. Depois de muitas latas de cerveja quente, pouca confusão, o show terminou. Esperamos uma hora e voltamos para casa, meu irmão estava na porta, reclamando da minha demora, mas quando expliquei os motivos, ele acabou entendendo.
Bem, isso na escola foi assunto por muito tempo, contei para o meu professor de Biologia, que parecia gostar bastante de Rolling Stones. Eu lembro que eu ficava com meu Discman ouvindo CDs dos Stones, estava viciando, mas nem tanto.
Foi numa dessas escutadas isolado lá na frente que aquele meu amigo me chamou para conhecer um pessoal do colégio que também usava o maldito para voltar para casa. Eu cheguei meio tímido, como sempre, embora não pareça, e me enxeram de perguntas:
- Qual seu nome?
- Stéfano...
- Legal, legal, tá no primeiro ano, né?!
- Estou sim, hehe.
- Hmm, sotaque esquisito, você é daqui?
- Não, nasci em Fortaleza, mas moro no Rio desde os 6 meses de idade. Na verdade, eu só tenho sotaque por causa do meu pai.
- Ah sim...
Papo vai, papo vem... Eram dez pessoas: duas garotas do terceiro ano, duas garotas do segundo ano, dois garotos do segundo ano, dois garotos do primeiro ano, meu amigo e eu.
O pessoal parecia ser muito gente fina, conversamos bastante, até chegar na melhor pergunta:
- Vem cá, você mora aonde?
- Eu? Moro ali na Zona Sul... Copacabana.
- PUTA QUE PARIU! E VOCÊ VEM PRA CÁ TODO DIA?!
- É... hehehe, é meio chato, mas já estou me conformando.
- Nossa, eu não teria esse pique todo.
O bom de se estudar em colégio particular é que os passageiros até gostam das suas conversas. A gente acaba falando da matéria, rindo de alguns professores, contando os podres alheios, é diferente do pessoal da escola pública. Porra, sem sacanagem, pessoal da escola pública que me respeite, mas tem uns que se perdem.
Eles chegam cheio de pose, pegam aqueles celulares com rádio ou MP3 e ligam bem alto aqueles Funks proibidões da pior qualidade. Ficam gritando, rindo alto, fazendo baderna, cuspindo, gritando com os outros na rua, nossa, que confusão.
Nesse ônibus era comum, ali por Quintino tinha uma escola técnica do governo, a famosa FAETEC. Tinha também algumas escolas públicas pelo meio do caminho, muitas confusões.
Tinha até um "Giga Bayte" com Batatas Fritas por R$ 1,50 em frente à FAETEC. Era quase um paraíso.
Aos poucos o pessoal ia descendo e eu ia conversando com um por um. Fui descobrindo um pessoal bastante cabeça por lá, já vi que meus dias começariam a melhorar.
Aliás, tudo estava melhorando. Minha turma estava cada dia mais unida, lembro que tudo começou por causa do futebol. Tinha um grupo lá da sala assistindo ao jogo no campo de areia, eu cheguei com um garoto que sentava perto de mim, ele tinha me dado um pôster do Ramones, e começamos a puxar assunto:
- Nossa, como joga mal...
Aí o pessoal do outro grupo começou a interagir com a gente:
- Porra, né não? Se eu tô lá...
- Hahaha, poisé, vontade de jogar eu tenho, mas deve ser muita sujeira... Nego dá o sangue aí dentro.
- Dá mesmo, mas é muita farofa pra mim.
Depois começamos a sacanear um outro colega que tinha cabelo grande. Passeávamos pelo recreio e dizíamos:
- Tá vendo aquela gatinha ali? Falou que quer ficar contigo!
Poxa, depois de tantas tentativas, não podia imaginar que alguém cairia...
- Ei gatinha, soube que você tá querendo algo... PORRA! É O (...)!
- Ih! Sai! Fica apertando minha cintura!
Nossa, como eu ria! O colégio era longe, mas a turma compensava. Aos poucos a gente se unia mais e mais. A galera sentava no meio começou a sentar mais perto da gente, já tinha alguns focos de conversa no meio da turma, mas era legal.
Meu pai perguntava se no meio do ano eu queria sair do colégio, é, eu dei uma chance, veremos como será!
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Misturei muito nessa parte, mas foi só pra não ficar sem história. Essa parte é importante, não tem muito humor, mas é uma parte bem legal da história.
Valeu!
Tava lendo aqui , eu moro em uma das suas rotas, Piedade.




Eu passo muito pouco pela Piedade. Pego ali embaixo da linha amarela, na Clarimundo de Melo, dali eu já pego o Méier.
Sei qual é, estudei num colegio de freiras ali, moro pro outro lado da linha do trem
Essa 5ª não foi tão legal quanto a 4ª mas ainda acho q vc devia ser roteirista.
http://img.photobucket.com/albums/v1...car/3025qn.jpg
"Você tem que ver que, a semelhança é completamente diferente."
pseudo-diario de um noob
lí a primeira parte, o resto está por vir \o/
excelente cara!



