Esta é a minha primeira história aqui, então estou aberto a críticas, desde que construtivas, e sugestões. Tentarei postar um capítulo por semana. Boa Leitura!
PRÓLOGOA noite estava quente, e as folhas secas balançavam no ar, caindo lentamente, até atingir o duro chão de pedra. Eu observava a lua, cujo brilho perolado era a única luz naquele momento.
Um grito horripilante despertou – me de meus devaneios, e o som de passos apressados ecoavam no silêncio da rua, ininterruptos.
Ergui – me rapidamente, levando involuntariamente a mão na direção da katana que estava embainhada em minhas costas.
O som de osso se partindo destacou – se entre os demais sons da noite. Senti meu rosto ser comprimido na relva úmida, e, tomado pela dor, gritei a plenos pulmões.
Outro grito foi ouvido. O suor de nervosismo escorria pelo meu rosto, misturando – se com o sangue que manchava o chão. Um frio repentino percorreu minha espinha. Senti um toque gélido e enérgico, seguido de um dolorido tapa. Novamente caí de joelhos, cuspindo sangue. Meu corpo tremia incontrolavelmente, e por fim, o rápido vislumbre da face demoníaca do assassino decretou – me a certeza de minha morte. Os segundos a seguir foram os mais longos da minha vida. A agonia da tortuosa espera do fim terminou no momento em que o letal fio da espada desceu vertiginosamente na minha direção. O rosto do desconhecido foi substuído pelo breu completo, eternamente.
- Tão fácil... – o assassino fitou, rindo, mais uma vez o corpo imóvel no chão, e dando as costas, desapareceu.
Mulheres e crianças eram tiradas de seus lares a força, tentando inutilmente resistir à força bruta dos homens que os espancavam.
Hematomas espalhavam – se pelos corpos estirados na calçada, corpos mortos e mutilados pelo implacável exército do homem que traiu seu país.
A neve outrora branca tingia – se num vermelho intenso, e alheio a batalha entre os cidadãos e seus ninjas, um homem caminhava calmamente, apreciando a chacina em seu nome.
Um comerciante idoso, conhecido por sua pobreza e generosidade defendia seu humilde armazém com unhas e dentes, esbravejando numa fúria que desconhecia em si próprio:
- Vocês não darão um passo sequer neste armazém! – mal terminara de dizer esta frase, o homem foi erguido do chão, firmemente segurado pelo colarinho e atirado a metros de distância, caindo de bruços, sentindo a neve gelada corar sua pele seca.
- Ora, ora... Você trata mal seus clientes, não é mesmo, senhor? – o homem robusto que o atirara no chão desdenhou, pegando uma de suas maçãs – Eu vou ficar com essa...
O comerciante fez menção de reerguer – se e responder, quando sentiu o maxilar se partir, com o violento chute que recebeu do homem que assistia a matança:
- Nem tente, seu verme! – advertiu o outro.
- Senhor Chu...! – a voz grossa do homem robusto se fez ouvir.
- Fale, Sen. – a voz arrastada do homem chamado Chu interrompeu o guerreiro, impaciente.
- Eu posso matar o velho? – a excitação era visível em sua voz.
Percebendo isso, Chu deu um risinho cínico:
- Faça o que você quiser... – e continuou a caminhar, aparentemente sem rumo.
- Vovô! – uma voz infantil chamou a atenção para si.
- Querida... – o homem falou com certa dificuldade – Fuja... – A cabeça do velho tombou para o lado, sem vida.
- Vovô! – a criança tinha lágrimas nos olhos – Vovô!
O assassino chamado Sen riu doentiamente, erguendo seu machado, a espera da garota, cuja face estava inundada de lágrimas quentes.
- Não! – o grito da mãe foi tão rápido quanto seu instinto. Jogou – se na frente da filha recebendo todo o impacto do golpe.
A criança corria pela rua, arrastando a bainha ensangüentada de suas vestes na neve. Para onde olhava via caos, morte e destruição. Sua infância e inocência acabavam ali, junto com sua vida, que era consumida pelas chamas que alastravam – se rapidamente pelas casas de madeira, como se farejassem o medo e desespero das famílias, que sem esperanças, aguardavam a morte, que não tardava a chegar, anunciada pelo bailar das espadas dos assassinos. A vila estava acabada, destruída, completamente.
Chu ria, vendo a destruição que seus ninjas causaram para a vila que o traíra e abandonara:
- Sob minha face perecerá, Vila da Luz! Eu irei afoga – la num mar de sangue, morte e trevas!
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