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Tópico: Apenas um conto

  1. #1
    Avatar de Rizowalla
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    Padrão Apenas um conto

    Era para ser um pequeno conto, mas ele foi se alongando com o escrever das linhas, e acabou que amadureceu bastante . Nada para falar, um simples texto sem preocupação, criado em uma noite de solidão regada de Coca-Cola.



    Divinos cantos

    Há muito tempo atrás, nos tempos primordiais da vida, onde a terra era nova e o sol ainda jovem, onde deuses repousavam em amostra, harmonicamente vivendo com mortais, bem antes de humanos serem pensados em ser criados. Mundo esse, que era preenchido em sua maioria, por pequenas criaturas, variados seres exóticos, onde dentre eles todos, possuía um pequeno grupo que absorvia certa atenção de seus criadores. E desses interessantes seres, que uma história tenho-lhe para contar.

    Gnomos, criaturinhas curiosas e orgulhosas, sempre se gabando pelos seus cantos, algo da autoria de seu povo, em que até velhos ouvidos de deuses o apreciavam. Leves e simplórios sons, um jeito por eles encontrado para contar aos ouvintes, toda beleza que da natureza seus olhos enxergavam, algo de mais admiração pelo seu povo. Nos altos das copas ou nas raízes ocas das árvores, os gnomos enchiam o ar com seus cantos, sons que tentavam transmitir a beleza da natureza, mesmo achado por eles difícil tal proeza. O farfalhar das folhas, a passagem da brisa suave entre a grama, os vórtices marinhos dos rios, para seu povo, tais coisas viravam sons em suas pequenas bocas. Assim eles viviam, felizes e alegres.

    Pena que nem todos possuíam o dom da felicidade, talvez pela preguiça ou até pela ira de algum deus, um gnomo saiu cedo demais do forno da vida. Inacabado, assim os chamavam, incapaz de produzir o dom impar de seu povo, tão capaz como uma pedra silenciosa.

    Mas em uma manhã de outono, o pobre ser, falante como a solidão, iria descobrir a função de seu infortúnio.

    O nosso protagonista, como de costume, após uma farta refeição relaxava confortavelmente no chão esverdeado, completamente nu, deixando que o toque suave da grama reconfortá-se suas costas. Assim se passou horas e com o céu limpo como visão, seus olhos começaram a adormecer, lentas piscadas nasciam em sua face e sua visão embaçava gradualmente. No limite entre sonho e realidade, seus dois globos esverdeados presenciaram algo magnífico, em que toda sua vida jamais enxergaram, o cair de uma folha. Claro que aquela peça ele já cansara de assistir, mas nunca tão belamente atuada. Desconhecendo em qual dos dois mundos a cena se passava, pos se apenas a apreciar.

    Lá estava ela, presa no ramo de folhas como muitas outras, pacientemente esperando a hora certa. Pela coincidência, essa hora tinha acabado de lhe alcançar, astuta como sempre, logo percebeu, e um pulo pos a se fazer. Lançando-se em pleno ar, libertando das correntes que deis de criança lhe prendiam, e ao mesmo tempo, a protegiam. Com seu minúsculo e frágil ser, aventurou-se em horizontes desconhecidos, em mundos de gigantes, com apenas uma certeza, que caminhos para volta não existiam.

    Sua face esverdeada, lisa e perfeita, guardava receio de ajuda, impacientemente esperava seu bom amigo. Esse, como um bom amigo, tratou logo de se aproximar, segurando-a firmemente. Com seu cavalheirismo átono, uma valsa logo se propôs a dançar. Ela, como se entregasse sua frágil vida, deixa ser conduzida inteiramente pelo eficaz dançarino.

    O pobre gnomo jamais viu um casal tão belo, virando e girando o casal descia levemente a clareira da grande floresta. A folha com toda sua esperteza, notara que o fim da dança estava próxima, e que seu melhor dia em toda sua vida ao fim iria chegar, para nunca mais voltar, mesmo que com toda sua forca o desejá-se. Seu bom amigo, sabendo que seu ultimo passo já fora dado, deixa-a cuidadosamente sobre a macia grama, como se deixa um filho no colo de sua mãe. Dali ele parte, para nunca mais a ver.

    O jovem gnomo, dotado do sentimentalismo, emerge daquele possível sonho com fagulhas de esperança. Com pulmões estufados, ele a abre, arregala, escancara sua boca. Para produzir um canto tão poderoso, que nem o rugir da ira dos deuses o abafariam. Para que todos os seres caminhantes daquele mundo, escutassem o canto da linda cena que ele vira. Liberando todo o ar que seus pequenos pulmões guardavam, o farfalhar das folhas, ainda era o único ruído que seus ouvidos escutavam. Sua boca lhe traíra novamente, nem um gemido lhe emprestara. Com lágrimas a cair, o pequeno gnomo amaldiçoou o preguiçoso deus que lhe fizera, e se naquele momento pudesse cantar, cantaria sons de cigarra ao teu nome.

    Eis então, no seu momento mais desesperançoso, o gnomo recebera a graça do toque divino. Como se um próprio deus o guiá-se, sua mão foi desenhando símbolos que sua mente não reconheciam, mas que de alguma forma, os compreendiam. A cada linha que se preenchia, crescia a certeza da beleza que ele passava. Com olhos molhados e mãos tremulas, o gnomo saiu em disparada, adentrando com saltos felizes a grande floresta.

    Parava e interrompia todos que ao seu caminho cruzava, mostrando sua mais nova obra em posse de suas mãos, com largo sorriso e brilhos nos olhos eram poucos os que recusavam. Ao terminarem de ler, ele logo retirava das mãos dos indivíduos, e rapidamente dava início ao seu galope, em direção ao mais próximo ser. Mesmo sem esperar respostas, sabia claramente que os que liam, compreendiam tão bem tal simbologia como ele. E assim o seu tempo daquele dia foi gasto, e logo toda floresta comentava: “Que lindo, parece que deuses lhe ensinaram sua forma de cantar.”

    Assim nasceu o canto dos deuses, assim a escrita tomou forma. Pelas pequeninas mãos de um gnomo, simbologias foram cravadas em feridas sobre uma folha, cantando a beleza do cair de uma delas.

    Depois daquele dia, sobre as altas copas e debaixo das ocas raízes das árvores, o som tão familiar não se ouvia mais. A grande floresta afundava no silêncio, pois seus maiores baderneiros se limitavam ao som de letras produzidas. Apesar das varias mudanças, os gnomos se apresentavam os mesmos, criaturinhas curiosas e orgulhosas, sempre se gabando pelos seus cantos dos deuses...

    Com o caminhar dos séculos. Esquecida, a história foi. Escondidos, os gnomos ficaram. Mitologias, os deuses viraram. Mas ainda sim, até hoje, escritores no limiar de suas inspirações, confessam ouvir gélidas vozes ao pé de seus ouvidos, e a sentir o toque macio de uma mão sobre a sua.


    FIM.

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    Última edição por Rizowalla; 28-10-2007 às 23:03.

  2. #2
    Avatar de Emanoel
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    Diversos parágrafos do texto ficaram confusos, principalmente os dois primeiros. Muitas frases mal formuladas, repetições desagradáveis, entre outras coisas que tornaram a leitura pouca prazerosa.

    Além disso, achei o desenvolvimento do enredo bastante desinteressante. A idéia até que é boa, mas foi mal aplicada.

    Não me leve a mal, só quis ser sincero.

  3. #3
    Avatar de Mark Klein
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    nossa... gostei muito do conto!
    pra uma noite regada de coca-cola... vo te falar o conto ficou 10!

    gostei

    T+
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    "Tão nobre quanto uma Fênix...
    Tão forte quanto um dragão...
    Tão voraz quanto um grifo..."


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    e meu escudo os defenderá de qualquer mal..."


    "a Honra e a palavra de um cavaleiro vale mais do que o mais valioso dos tesouros"



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