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Tópico: Con Clave

  1. #121
    Avatar de Draconian
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    Não acredito que vai parar com isso aqui, <da um tapa na cara de manteiga>
    Rapaz, está com um trunfo em suas mãos! Utilizou de tudo que o tibia poderia oferecer e criou este enredo magnífico! Não pode para, não ouse parar, ou sentira a ira do Draquinho aqui.

    Bem, como eu li tudo, percebi que errou muito com a palavra "seu", escrevendo por diversas vezes "sue", acho que o word ajudaria com isso.

    As vezes, diferenciar os personagens fica um tanto dificil, principalmente quando esttão em ações demasiadamente longas ou detalhadas. Como a queda que pareceu durar mais de um dia de Ulizin.

    Então, pelo amor de Deus, continue essa história, esse enredo ta perfeito! Você conseguiu juntar com sucesso todos esses mitos Tibianos, parabéns meu velho!

    Ah, só para esclarecer que eu só postei aqui por causa que dedicastes um Capitulo e um personagem a mim! Obrigado! (refiro-me a o Dragãozinho Draco, e o capitulo de mesmo nome)

    Bem, é só isso, não pare por favor.

    Sem mais, Draco.

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  2. #122
    Avatar de Manteiga
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    Nunca disse que ia parar Draco, só dar um tempo pra me pensar no que escrever, afinal perdi todo o capítulo que tava quase pronto >.<

    E quem disse que "Draco" foi dedicado a você? Agora que percebi o.o Mas é que "Draco" é dragão em latim, ai me aproveitei disso :>

    Manteiga.
    Dezesseis anos depois, estamos em paz.

  3. #123
    Avatar de Manteiga
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    Capítulo XIV
    O Fio da Espada


    Um lampejo esbranquiçado iluminou por questão de milésimos a face desfigurada de Thul. Seu capuz azulado jazia rasgado sobre a mesa de ossos, destruída por sua fúria consideravelmente inexplicável. Ele cerrava seus punhos com tanta força que já estavam vermelhos devido ao acúmulo de sangue. Ele sentia como se suas mãos fossem explodir e esvaírem-se em um líquido avermelhado, que tomaria a sala.

    Mas sua mente estava focada em outra direção. Horas antes, ele saíra desembestado pelos corredores da torre de pedra rumo à biblioteca, onde poderia escrever e enviar uma carta aquele verme desprezível que era Sheng. Mas um grito que ecoou pelas paredes paralelas lhe fez mudar seu rumo. E quando ele ouviu o que era, correu rumo ao hall de entrada. O que viu jamais apagou de sua mente. Uma verdadeira montanha de entulho por todo lado, e o mais marcante: um corpo completamente ensangüentado jazia esmagado pelas pedras. Logo que o viu reconheceu um de seus mais brilhantes magos. Ele reconheceu Bohn.

    ***

    A fina e gélida chuva da madrugada que despencava do intimo do céu enegrecido chicoteou a cara de Etep enquanto este se arrastava pelos planaltos revestidos por grama já úmida pela garoa que caia randomicamente em áreas isoladas do campo. Ele ergueu a face para o enorme véu negro chamado céu que cobria sua cabeça, sendo momento a momento cortado por um feixe de luz alaranjado que provocava um estrondo colossal. Sinal que a pueril chuva que molhava suas vestes tornar-se-ia uma tempestade com proporções apocalípticas.

    Ele ficava imaginando o que os aguardava pela frente. O incógnito Zak projetara-se em sua frente e com simples e complexas frases persuadi-o a segui-lo em uma caminhada aparentemente sem fim. Eles sequer seguiam caminhos ou qualquer rastro deixado por alguma forma de vida que pudesse correr pro ali. O homem fantasmagórico a sua frente permanecia taciturno enquanto ziguezagueava pelos campos, arrastando seus pés pela grama molhada, como se fosse resvalar a qualquer momento. A única coisa que ele dissera em todo aquele escarcéu era que eles iriam rumo à dita catedral onde estava o tal culto.

    H.L. parecia ofegar enquanto apoiava-se sobre seus joelhos para conseguir dar um passo a mais. Ele erguia seu corpo com dificuldade, e cada metro andado parecia um enorme alívio. Etep pode notar que ele possuía alguma certa dificuldade na perna esquerda, como se poupasse-a de algum sacrifício posterior, mas preferiu nem comentar nada com o amigo.

    Decorreram-se longos minutos até que uma forma anômala içou-se a sua frente. A perigosa e delicada escuridão da noite impedia que Etep discernisse com alguma plenitude a forma contorcida a sua frente, mas pode observar que estava em ruínas, coberta por impurezas podres e fedendo a mofo e urina. A podridão era aparente em cada pedra que formava sua parede. Enormes trepadeiras abraçavam suas vigas mais centrais e verdadeiras florestas de musgos revestiam as partes mais próximas ao chão, que já nem grama possuía. Ali havia apenas uma mistura de uma vegetação rasteira seca e sem vida com lama repleta de restos mortais de seres já em decomposição. Falhas em sua construção denunciavam alguma negligência quando a enorme catedral fora erguida. Etep tentou acompanhar suas torres mais altas – também já em estado muito comprometido, com pedras faltando e estruturas ligeiramente tortas – com os olhos, mas acabou por tontear-se com a altura.

    Mal conseguia reconhecer a gravura representativa do local que vira mais cedo. Não havia paredes, apenas enormes estruturas pedregosas apodrecidas que mal sustentavam o primeiro andar, cujo chão possuía inúmeros nichos e quebras. Pelos buracos no teto, ele pôde ver os demais andares em estado análogo ao dos demais. Procurou mas não encontrou qualquer vestígio de uma porta luxuosa, e os majestosos vitrais coloridas representando figuras sacras já não existiam mais. Eram apenas vestígios de cacos de vidro estilhaçados e retorcidos. A decadência da catedral enojava-o; Como uma forma arquitetônica tão esplêndida como aquela fora deixada caindo aos pedaços de forma tão displicente?

    Zak deu alguns passos na ponta dos dedos e esgueirou-se para trás de uma das colunas tortuosas. Esta possuía um absurdo buraco em seu centro, que fora contido com cilindros de metal, que já estavam enferrujados e levemente retorcidos, prontos para despedaçarem-se pelo peso que sustentavam. Zak ergueu os olhos para o nicho e começou a observar o outro lado da catedral através dele.

    - O que viemos fazer aqui? – Quase gritou H.L., sentado ao chão, male mal ocultado por um arbusto seco. Ele tinha na face uma careta de dor e estava abraçado as suas pernas. Vez ou outra soltava um gemidinho abafado e cerrava os olhos – Passeio?
    - Cala a boca – Sussurrou Zak – Quer que nos ouçam?
    - Quem – Murmurou Etep em resposta, com a cara sarcástica – As aranhas?
    - Não – Replicou Zak, ríspido. Ele virou-se com a cara extremamente sombria e séria ao mesmo tempo, e apontou sua mão nodosa para o sul, do outro lado da coluna esburacada – Ele.

    E naquele instante Etep percebeu que eles tinham companhia.

    ***

    Um ruído baixo e potencialmente inaudível cortou o doloroso silêncio que a situação exigia. Silêncio e calma digna de um monge eram imprescindíveis para o sucesso daquela operação tão arriscada, afinal não eram muitos os que se arriscavam a andar por aquelas áreas. Principalmente em tempos tão delicados quanto aqueles. Mas após passar dezoito anos de sua vida em convivência com o próprio perigo, sabendo que a morte aguardava ao seu lado em meio a uma brincadeirinha aparentemente inocente, Adso já estava acostumado em andar a dois passos da morte. Sua última experiência em brincar com aquela que decide seu destino terminou em um quase afogamento e um repentino sumiço de uma de suas botas, causo que o levara de volta a praia sudeste.

    Seus pés provocavam pequenos estalos ao comprimirem-se sobre galhos e folhas secas dispersas em meio à mata fechada da região. As sombras projetadas pelas copas das árvores mais altas cobriam todo o chão, o que tornava um passeio da tarde por ali uma verdadeira trilha noturna. Adso possuía firme em suas mãos um espadim simples que encontrara por aquelas redondezas. Não tinha dinheiro para comprar algo melhor ou vocação para roubar algo de um outro qualquer, logo preferiu ficar com aquela arma mesmo. Ao primeiro sinal de perigo, ele rapidamente empunhava a arma e preparava um ataque certeiro. Nunca fora de criar tumulto e muito menos de apelar pra violência, mas sabendo que sua vida dependia do fio da espada, era melhor apelar. Passados minutos que se confundiam a eternidades, ele enfim chegou a um barranco de areia anterior ao infinito azul que era o mar, que por sinal estava bem agitado. Ele caminhou até a beirada da areia e sentou-se, encarando aquele que o trouxera até ali. Ele cravou a espada na areia e parou para pensar. Encarou o horizonte e viu o sol se pôr. Passado o momento de nostalgia, ergueu-se e procurou o espadim. Mas ele já não estava lá.

    ***

    Dallheim agarrou sua reluzente espada prateada de cima da mesa e chutou esta com os dois pés. Por sua vez, a mesa rodopiou contra uma estante de livros que balançou levemente. Alguns poucos tomos despencaram, a Seymour soltou uma exclamação de revolta. O guarda ergueu-se de sua cadeira e empunhou a arma com as duas mãos. Postou-se em frente a Seymour e murmurou algo que o bibliotecário não entendeu. Seus olhos castanhos paralisaram-se na figura oculta pelas sombras. Seus músculos entraram em tônus, prontos a realizar movimentos rápidos, fosse para atacar, fosse para defender.

    O vulto escondeu-se atrás da estante atingida pela mesa e encolheu-se. A situação não era a que ele imaginara. Sem dúvida alguma teria problemas. Seus ferimentos provocados pelo ataque sofrido momentos antes ardiam e sangravam cada vez mais. Sua cabeça latejava e a idéia de que se saísse dali seria decapitada era inadmissível. Ele ouviu a voz do cavaleiro dizer algo como “Saia daí covarde!”, e sentiu seu corpo estremecer. Era a hora da verdade.

    Ele ergueu-se provocando um ruído baixo, mas que foi perfeitamente ouvido por Dallheim. Este se alarmou e pôs-se em posição de ataque. Uma gota de suor frio gotejou de sua testa e Seymour recuou até colidir-se com a parede. Era chegada a hora. O vulto jogou-se contra a estante a sua frente e virou a face. Viu Dallheim voar em sua direção. A espada roçou em sua perna e ele caiu com um baque surdo. O guará colidiu com outra estante que caiu com um estrondo absurdo. Uma nuvem de poeira ergueu-se e tomou a sala. A alergia de Dallheim impediu-o de prosseguir a luta, e este caiu tossindo. Virou os olhos avermelhadas lacrimejantes e não viu mais o vulto. Momentos depois viu-o com uma faca no pescoço de Seymour.
    - Solta a espada ou ele morre - Disse ele.

    Encontrei esse capítulo pronto enquanto xeretava no word. Só porque resolvi postá-lo, não quer dizer que eu vá continuar.
    Manteiga.
    Dezesseis anos depois, estamos em paz.

  4. #124
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    Estou aqui, comentando apenas para prestigiar, mas pensei em deixar essa história morrer aqui por causa do nível do capítulo...

    onde poderia escrever e enviar uma carta aquele verme desprezível que era Sheng.
    Aqui há dois jeitos de se colocar a preposição que você esqueceu...
    Uma delas, é colocar um "para" antes de "aquele", e a outra, é colocar um acento grave em "aquele", transformando-o em "àquele".

    Ele reconheceu Bohn.
    Uma coisa, meu caro, são as personagens em sua história. Deves saber que as histórias que lemos e escrevemos na seção, não passam de um passatempo ou hobby. Pensando assim, acompanhar as várias histórias, que vários acompanham, a sua é mais uma. E decorar nomes das personagens é complicado. Não apenas na sua, mas em outras também.
    E cada vez mais, encontro-me vendo o nome de novos personagens em sua história. Já existem muitos personagens, e é complicado de identificar cada uma.
    Não só pela quantidade, mas também, porque elas não têm identidade.
    Cada personagem precisa ter sua própria identidade. Você não tem a sua? Manias, sentimentos diferentes, pensamentos diferentes, culturas, entre outras coisas. E muitas vezes, isso faz falta. Essa “identidade” faz parte do que chamamos de “emoção”, que faz com que seu texto fique completo.
    Então, pare de criar mais personagens. Pode parecer fácil para você identificar cada um, mas nós não somos você. E claro, em seus próximos textos, lembre-se, “identidade”. Mas também, devo te alertar, um texto não é feito só disso...

    Etep pode notar que ele possuía alguma certa dificuldade na perna esquerda,
    Para que diabos colocar essa locução verbal? Poupe seus textos dela...
    Além do que, está errado, pois se o texto está no passado, o correto seria "pôde". Mas seria melhor, você tirar o dito cujo, e modificar o "notar" para "notou".

    como se poupasse-a de algum sacrifício posterior
    O "se" é um "chamativo" para o pronome "a", então, ele deveria vir na frente do verbo.

    e os majestosos vitrais coloridas representando figuras sacras já não existiam mais.
    Rapaz...
    Sua falta de vontade me desagrada. Um texto porco desses, cheio de erros que poderiam ter sido bem revisados.
    Eu posso apostar que você nem sequer tocou nesse texto antes de postar.
    Se não quer continuar com essa história, para que postar um capítulo desses, com erros porcos?

    Erros banais, muito banais de concordância. Além de comer um "que" entre "sacras" e "já".

    Você me desaponta...

    Procurou mas não encontrou qualquer vestígio de uma porta luxuosa
    Esse "mas" corta a relação entre a frase, então, deveria ser colocada uma vírgula antes.

    causo que o levara de volta a praia sudeste.
    Texto porco, muito porco...

    O guará colidiu com outra estante que caiu com um estrondo absurdo.
    O que te custava revisar uma vez?

    Virou os olhos avermelhadas lacrimejantes e não viu mais o vulto.
    Mais um erro de concordância...

    Que falta de vontade a sua, não?

    Não cabe a mim ou a qualquer outro decidir se você deve continuar ou não, mas só a você mesmo, mas ficarei desapontado de não ter mais essa história para ler.
    E esse capítulo, foi uma verdadeira bosta. Mais pelos erros banais que tiraram qualquer brilho da sua história. Além das más pontuações e frases cortadas que não citei, por haverem muitas. Seus textos nunca tiveram erros tão simples assim.

    Não vou comentar nada quanto à história. Quanto ao capítulo, eu não gostei...

    Se você estiver de má vontade, não escreva. Desista dessa história. Se está sem ânimo para escrever, encurte a história, e não crie outra que tenha previsão de mais de quarenta capítulos. Histórias curtas, de quinze a trinta capítulos é uma boa pedida.

    Se quiser desistir, desista, afinal, não posso te impedir.

    Hovelst
    O coveiro vai enterrar a própria história.

  5. #125
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    Olá?! Alguém aqui?
    O último que aqui jazia já se foi. Devia ter vindo antes.
    Hmm.. Uma lástima. Adoraria conversar!
    Sobre? Talvez eu possa ajudá-lo!
    Não, não pode... Queria conversar com alguém dos velhos tempos da seção. Sabe? Sobre histórias passadas, escritores... Enfim, matar a saudade daqui.
    E ainda há saudade?
    Não sei. Escrever aqui me motivava. Mas perdi a inspiração.
    Então que veio fazer aqui?
    Encontrá-la. Acho que a deixei em algum lugar aqui...
    Deixou sim, vi ela por aqui esses tempos. Estava péssima, sem você ela se deu muito mal.
    :/ Uma pena... Eu queria revê-la.
    Projetos?
    Não. Só pra conversarmos. Parece que ela é a única que restou dos velhos tempos por aqui.
    Pois é. Dê uma procurada nas salas aqui do tópico. Temos várias salas!
    Eu sei... Muita gente que eu conheçia por aqui deixou seu comentário nessas salas sobre uns trecos que fiz aqui...
    Trecos?! Ah! Lembrei! Ela deve estar em um desses trecos, como é memso o nome? ... Ah sim! Capítulos =D
    Isso! A inspiração deve estar em algum capítulo! Claro! Obrigado senhro... Erm... Desculpe, não sei seu nome D=
    Não se desculpe. Falta de compostura minha. Sou Letra, ao seu dispor.
    Então... Oi Letra, sou Manteiga. Obrigado pela ajuda, vou fuçar aqui nos capítulos e ver se acho a inspiração!
    De nada. Quando a encontrar vai fazer o que? Continuar a história? Eu adoraria companhia!
    Não. Não há o qeu fazer por aqui. Talvez haja, mas eu queria um projeto novo!
    Nah, você pdoe reerguer essa história
    Não sem ajuda. Meus maiores "ajudantes" sumiram...
    Arrume outros!
    Quem?!
    Seu bocó ¬¬ Eu é óbvio!
    Você? Mas mal o conheço. Nem sei se tem potencial pra escrever algo.
    E você tem?
    Eu acharia que sim.
    Idem
    Ta me convenceu. Vermeos no que da. Amigos?
    Claro! Eu o ajudo a encontrar a inspiração!
    Perfeito! Depois a gente vê no que vai dar essa história.
    Simples. Pegamos a inspiração e nós três trabalhamos pra reerguer isso aqui.
    Mas pra que reerguer?
    Você começou. Agora termine. Talvez isso salve a seção!
    Não sou eu que salvarei isso aqui ¬¬
    Não. Mas outros escritores só precisam de um exemplo pra ajudar a salvar.
    É mas...
    Sem mas Manteiga! Vamos procurar ela. Depois a gente vê.


    Manteiga.
    Letra.
    Que ousadia é essa?
    Se vamos trabalhar juntos quero assinar também!
    Tá legal então ¬¬




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  6. #126
    Avatar de Manteiga
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    O Manteiga tá cansado e não pode vir postar anda aqui. Logo - lamento o double post - venho eu aqui. Com novo capítulo. Ficou curto e possivelmente ruim e salpicado de erros, mas estamos usando um outro pc - já que o dele escafedeu-se - e o Word desse é muito precário... Em todo caso, o próximo capítulo será melhor. Este é para manter a história atualizada. Perdoem-nos se estiver muito ruim, mas ele passou tempos sem escrever e esta se readaptando as idéias. Eu apenas auxiliei aqui e ali. Espero que pelo menos sirva de passatempo.

    Capítulo XV
    "Não haverá luz do sol..."

    Escuridão. Sombra. Medo. Três meras palavras – malévolas, por sinal – impertinavam a mente do minotauro. Não que esse temesse os humanos e suas armas porcas, mas Sheng temia a morte, como qualquer mortal. Ou pelo menos quase qualquer mortal. Se aprendera alguma coisa com Thul – provavelmente nada – teria sido que grandes seres não deviam temer a morte. A morte deveria teme-los. Aquelas palavras não lhe fizeram sentido no momento em que foram ditas, nem faziam agora. Sheng era um ser vivo racional, um dos únicos racionais de sua espécie, diga-se de passagem, e por tanto temia a morte. Temia o momento em que fecharia seus olhos para a eternidade e cairia no vazio. Era cético em relação a reencarnação, assim acreditava veemente que a morte era o fim. O fim tão desejado pelos antigos imperadores a seus traidores ou prisioneiros de guerra, e também tão repudiado pelos presos e condenados. Um medo vil que prendia a mente das pessoas horas e horas a fio.

    A sombra projetada pelo corpo de Ulizin perante as tochas crepitantes lembrara-lhe de um momento único e deprimente de sua vida. Não muito antes, talvez um qüinqüênio ou dois, ou algo assim. Ele estava em sua casa – se é que pode-=se chamar uma toca com lixo entupindo cada nicho e montes de palhas ao chão de casa – admirando o fogo de uma fogueira. Era bravo e paciente, consumia cada pedaço da madeira sem pressa, pois sabia que a pressa terminaria por apaga-lo. Pelos momentos em que queimava ardentemente, aquele fogo era o soberano dos elementos. Tinha vida breve, mas aproveitada de forma sábia. Seu pai – um dos mais importantes guardas de Mintwallin – sempre lhe dissera para ser sábio como o fogo.

    Aquilo só fez sentido quando os humanos invadiram Mintwallin, com tochas e armas nas mãos, montados em ursos enormes e monstruosos, em grupos de cinco ou seis, sempre precedidos por arqueiros a pé que disparavam suas rápidas e cortantes flechas a esmo, tentando amedrontar as infantarias da cidade subterrânea ou até matar algum ou outro civil. Para aqueles mamíferos pelados ridículos sedentos de carne, não importava quem iriam ferir, mas sim se este iria morrer. Para eles os minotauros eram todos uma ralé. E para os minotauros , eles também eram. De fato, sempre tiveram suas desavenças, mas já fazia anos que Mintwallin não os atacava.. Essa investida, segundo o imperador supremo Marwik, era um insulto ao tratado de paz feito anos antes.

    Naquela fatídica noite – ou dia talvez, nunca soube. Nas cavernas abaixo de Thais o sol não penetra e fica difícil saber se há luz do lado de fora – seu pai fora chamado por Murius para combater os humanos que invadiam o perímetro da cidade. Sua mãe era uma arqueira excelente, logo não preciso dizer que ela juntou-se ao marido no combate. Sheng ficou em um campo de refugiados, aguardando. Nunca mais soube de seus pais. Nunca quisera saber, ou sequer reconhecer os corpos, pois sabia que estes estavam mortos. Na época, só pensava no que o pai dissera-lhe. “Seja sábio como o fogo filho, seja sábio como esta chama que consome a madeira e os corpos dos tolos”. Estranha ironia, afinal certamente seu pai já estava carbonizado aquela altura. Era um costume dos humanos queimar os corpos de suas vitimas ao fim de um ataque. Mas isso não vem ao caso.

    Passaram-se horas e horas até que os humanos invadiram o campo. Os malditos paladinos dispararam projéteis em chamas contra os pobres refugiados, deceparam-lhe as cabeças e jogaram álcool por todo recinto, a fim de pulveriza-lo. Sheng entrou em um nicho escondido a parede e esperou, assim como o fogo. Decidiu ser paciente, consumir lentamente a madeira e crepitar virilmente. Não afobaria-se em seu calor para não restarem-lhe somente cinzas. Não queria morrer sobre elas. Quando os humanos saíram e a cabana entrou em combustão, ele encontrou uma porta de emergência e saiu. Viu-se em uma varanda com trepadeiras enroladas sobre seu parapeito e belos e exuberantes vasos floridos em todos os lados. As trepadeiras que desciam até o chão já eram destruídas pelo fogo. Em poucos segundos toda a sacada seria pó.

    Sheng correu para o parapeito. Viu uma escada de madeira, milagrosamente inerte em meio as chamas. Era sua única chance. Pulou seu impedimento e postou-se sobre a escada. Mas vacilou em um degrau, o partindo. Desequilibrou-se e caiu sobre a passagem de saída dali. Rompeu os restos da escada e caiu sobre um monte de corpos carbonizados. O fogo já havia cessado. Ficou ali, caído inerte. Sentiu a morte sentar-se ao seu lado e pegar-lhe o rosto. Ouviu então dois soldados humanos passarem ao seu lado. Sentiu o peso de seus olhos sobre seu corpo. Fechou as pálpebras com força ao ouvir um deles dizer que queimaria seu corpo.
    - Não – disse o outro – Deve ser do Wallt. Você sabe que ele não gosta muito de queimar suas vítimas né?
    - Naturalmente – replicou o outro – Devo ter esquecido.

    Os dois saíram dali rapidamente, tropeçando em corpos e restos jogados pelas ruas. Sheng ficou ali, admirando as labaredas que destruíam o abrigo, pensando se demoraria a consumirem-no. Ele apenas encarou a madeira ser consumida rapidamente. Aquele fogo não era prudente. Virou-se em um ato insano e admirou o teto da caverna. Encarou-o e imaginou como seria o céu. Seu pai havia lhe falado da existência do sol, uma estrela que brilhava para o planeta. Ele pensou no sol. Como era ele? Como seria estar perante ele?

    - Não haverá luz do sol... – Murmurou ele antes de desmaiar.


    * * *

    Sheng saiu de seu devaneio ao ouvir um estrondo alto. Draco aprumara-se e chiava enfurecido encarando Ulizin. Suas enormes asas escamosas estavam abertas ao extremos, tocando a sala de um lado a outro. Sua cauda agitava-se furiosamente sobre Sheng, colidindo com as paredes, derrubando pedras e erguendo poeira. O minotauro admirou-se ao ver Draco protege-lo. Jamais havia imaginado que um ser criado por ele arriscaria a própria vida para salvar a sua. Mas não era hora de admirações. O medo ainda possuía psicologicamente Sheng. Ele lutava com suas últimas forças para não manifestar fisicamente aquele sentimento tão... Humano. Ele não iria humilhar-se a ponto de fechar os olhos, encolher-se, ver seu corpo tremer, suas pernas bambearem e sua voz travar na garganta. Preferia cair em desgraça a submeter-se ao medo.

    Apoiou-se sobre sua perna, na arena que corresponde ao joelho humano. Ergueu-se e olhou triunfante para Ulizin. Seus olhos haviam perdido o foco e estavam arregalados. Ele tentava resistir ao medo crescente. Uma gota de suor frio escorreu de sua face e caiu sobre sua boca. Lambeu-a com sua nodosa língua imunda e cuspiu a saliva no chão. Com seu casco, jogo pó sobre ela. Deu um passo. Depois outro. E outro. Começo a sentir mais firmeza em seu movimento. Olhou nervoso pela sala, observando se alguém notara seu medo. Para sua surpresa, todos os outros quatro ali presentes – os humanos e Draco – encaravam-no. Em suas bocas, a sombra de um sorriso formava-se. Seus corpos tremiam e seus olhos estavam meio fechados. Ruídos mínimos saiam de suas entranhas. Fez-se um silêncio. No momento seguinte, a caverna explodiu em risos. Cada vez mais altos e penetrantes. Sheng cerrou os punhos.

    - Parem... De rir – Disse ele fraco. Os risos prosseguiam – CALEM-SE! – Sua voz ecoou pela sala mas não surtiu efeito. Ele piscou e mais seis elementos surgiram rindo. Depois eram doze. Então dezoito. Ai trinta e dois. Por fim perdeu a conta. Levou as mãos a cabeça e caiu sobre o túmulo de sua saliva, rangendo os dentes. Era o medo lhe enganando de novo. Ergueu a face e olhou Draco – CUSPA FOGO NESSES MERDAS!


    ***

    Foi tudo muito rápido. Um jato de fogo ardente foi espirrado contra Ulizin. Estava olhando e respirando com dificuldade, logo, o que lhe avisou da onda de fogo fora o extremo calor transmitido pelo ataque. Rapidamente, ele jogou-se para o lado, caindo sobre o braço ferido e urrando de dor. Rolou alguns centímetros contra os restos do muro e admirou a imensa bola de fogo explodir contra a parede de terra, que desabou. O teto começara a ceder, e pouco a pouco, pedras e mais pedras despencavam da cúpula. Ulizin virou os olhos para o encolhido Tiher, que gemia e fazia caretas. Crossfox estava lívido, com os olhos em chamas fixos no vulto de Sheng jogado ao chão. Este parecia pronto para dar novas ordens ao seu subordinado infernal. Mas não o fez. Do contrário, ergueu-se e virou-se para Ulizin. Ergueu os olhos e disse, calmamente:

    - O jogo acabou.

    ----

    Estarei esperando pelo menos um comentário antes de um décimo sexto capítulo.

    Letra.
    Dezesseis anos depois, estamos em paz.

  7. #127
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    Então, pelo menos o fiel leitor sempre volta.

    Agora, Manteiga vem acompanhado do Pãozinho francês?

    Sheng entrou em um nicho escondido a parede e esperou
    Faltou a preposição junto do artigo "a".

    Começo a sentir mais firmeza em seu movimento.
    Faltou o "U" em começou.

    Bom capítulo, com alguns poucos erros que não citei por serem fáceis de se identificarem com uma revisão, bem como estes citados. Mas eu gostei.

    Uma história interessante e que tem muito potencial, mas que não tem muitos comentários. É um desperdício. Talvez por existirem muitos capítulos já, então novos leitores não aparecem facilmente, ainda mais com a seção nessa situação.

    Mas, minha opinião é: Continue essa história se quiser, mas tente enfocar-se em uma nova história sobre Tibia ( ou continuar Paradoxo ou começar uma nova), e até mesmo uma que não seja sobre Tibia, onde envolva suspense, coisa que você é muito bem.
    Eu gostaria de te ver em um tema fora do enredo Tibia.

    Bem, você escolhe.

    Próximo?

    Hovelst
    Última edição por Hovelst; 18-03-2008 às 18:33.

  8. #128
    Avatar de Manteiga
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    Lamento a demora por escrever caro Hove, mas fiquei afastado da internet por uma semana por problemas de conexão u.U Conseugi voltar agora apenas.

    Sim, o pão francês veio junto agora XD Mas ele ta dormindo nesse momento, nem acordem! Em todo caso, to trabalhando no cap XVI, o capítulo da esperada luta entre Sheng e o grupo na sala da katana!

    Sobre outra história, eu já pensei em uma fora do Tibia, um assassino em série e um mistério e bla bla bla... Mas tenho que elaborar melhor antes de decidir. Vou terminar Con Clave antes, encurtei muito a história. Vão ser uns 30 capítulos agora.

    Sobre leitores, também concordo. A seção ta agonizante, mas podemos dar um jeitinho de erguer ela, só nem sei como. Umn concurso não é bem o que precisamos. Precisamos de novas histórias pras antigas puderem voltar. Mas é algo que o tempo vai decidir como será.

    Espero ver-lhe aqui de novo no capítulo XVI.

    Manteiga.
    Dezesseis anos depois, estamos em paz.

  9. #129
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    Novo capítulo saindo do forno em breve! Aguardem uns dias a mais =O

    Nota: Alguém pode me explicar por que os links do fórum tão quebrados? Tentei acessar os capítulos e minha extensão de sign e não dá!

    Manteiga.
    Dezesseis anos depois, estamos em paz.

  10. #130
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    Eu tardo mas não falho. Ficou curto e sem muita informação, mas o próximo vai terminar o ciclo número de três que a história tem. Esse primeiro cilco é o ciclo da caverna da Katana. Alguém sabe o que tá acontecendo com os links no post 1?

    Capítulo XVI
    Perante o Mago

    - Só se for pra você! - Disse Crossfox, sacando a katana em resposta ao argumento de Sheng. Era de praxe que ele respondesse com a força. Sheng torceu a face e recuou um ou dois passos, escondendo-se na asa do dragão.
    - Idem - Respondeu Sheng com vitalidade - Dilacere-o Draco!
    Como era de se esperar, o enorme dragão chiou e partiu contra seu alvo. Crossfox não moveu um músculo. Talvez por estar paralisado de medo, ou por estar calculando friamente a hora do ataque. Certamente nenhuma das opções. Ele aguardou e aguardou o dragão estar a uns dois metros dele e pulou pra baixo da barriga do réptil gigante, rolando por entre as patas e saindo por baixo da cauda. Nesse momento, ergueu a espada e raspou o alongamento da fera, que chiou alto ao perder escamas. Mas não passou disso.

    - Seu dragão burro, taca fogo! - Urrou seu mestre. Este estava absurdamente alterado. Draco virou-se e tomou um forte impulso no solo, investindo contra Crossfox. Tiher já não estava mais encolhido, apenas observava. Crossfox jogou-se no chão ao lado oposto ao da fera, escapando da investida. Tiher achou que era hora de agir. Ergueu-se meio vacilante, cambaleando a cada novo passo, com dores intensas que o faziam fraquejar. Mas estava determinado e não iria desistir tão fácil. Sempre fora um medroso ridículo, mas era hora de encarar a verdade e erguer a cabeça. Pegou sua maça e avançou contra Sheng, que viu o ataque bem a tempo de esquivar-se - Estas louco reles mortal? Que achas que estas fazendo?

    - Te impedindo de agir! - Tiher gritou e avançou contra o pasmo minotauro, que foi arremessado ao outro lado da sala. Ele capotou e aterrissou sobre um montinho fofo de terra. Tiher ergueu a maça do ar e golpeou a parede atrás do humanóide - o maldito saiu do monte na hora. Sheng pulou sobre a terra e pairou no ar por breves momentos antes de chutar as costas de Tiher com tudo. Um som de estalos foi ouvido vindo do alvo e Tiher caiu, abandonando a arma cravada na parede. Sheng riu, mas calou-se quando Ulizin surgiu a suas costas, prendendo-lhe o pescoço com seus braços. O jovem forçava cada vez mais, e a sensação da falta de ar era crescente no aprendiz. Este arregalou os olhos e sentiu os brônquios¹ fecharem-se abruptamente, impedindo a chegada de ar aos pulmões. Tentou libertar-se com as patas, mas estas estavam desnorteadas pela falta de oxigênio no cérebro. Seu corpo clamava por ar, mas ele já não podia mais fornece-lo. Sheng tentou gritar, mas a voz não vinha. Não ia esperar a morte, ia lutar debilmente ate escapar. Tentou fincar suas garras na carne do humano, mas não conseguia. Quis soca-lo, chuta-lo, mas não dava. Era o fim.

    ***

    Um homem alto e ligeiramente velho ergueu-se entre as árvores, com as mãos nas costas latejantes e a cara fechada, momento a momento soltando uma exclamação de dor. Dava passos vacilantes, mal consegui seguir um rumo. Baixou os olhos para as vestes rasgadas e sujas de sangue. Pegou seu chapéu caído ao chão e postou-o em sua cabeça. Ainda desajeitado, seguiu sua trilha rumo a uma muralha de pedra que erguia-se imponente em meio à ilha. Mas a única coisa que estava em sua cabeça era uma pergunta. Onde estaria sua acompanhante?

    ***

    Os olhos de Sheng já saltavam das órbitas. O ar lhe faltava a muito, o corpo tremia absurdamente, estando em um estado mole e semelhante a uma borracha. Sons abafados e abruptos saíam de sua boca entreaberta e mal eram ouvidos. Ainda tentava lutar, mas já não conseguia mais. Tentou lembrar da fogueira, de Mintwallin, do sol... Mas todas suas lembranças estavam mortas, assim como ele estaria em instantes. Esperava pela luz, por um vestígio de esperança, mas estava tudo acabado.

    - EXORI VIS! - Ecoou uma voz rouca pela sala. Todos se viraram - menos Sheng, que permanecia preso por Ulizin - para ver um velho minotauro, praticamente gêmeo de Sheng entrar, apontando uma varinha contra Ulizin. Atrás dele, uns dez outros minotauros estavam em posição de ataque, empunhando espadas, machados curtos e maças. Uma espiral de energia arroxeada iluminou por milésimos a sala e voou contra o jovem. Este jogou Sheng de lado e atirou-se para baixo do monte de terra, esquivando-se do disparo de energia que explodiu contra uma parede, desmoronando-a com um estrondo e erguendo uma alta nuvem de fumaça.

    Tiher parecia não acreditar. Encarava o minotauro com os olhos bem abertos e o queixo caído. Se lhe contassem jamais iria crer que o legendário minotauro mago saíra de sua sala. E estava perante ele.

    ***

    O minotauro transpirava grandiosidade. Seu porte cortês e queixo levemente erguido davam a entender um ser de alta inteligência e superioridade, que via os demais seres presentes no ambiente - não exclue-se disso o pobre Draco - réles porcarias inúteis, que não mereciam morrer por suas mãos nem sequer pisar por onde ele pisara. Vendo por esse lado, tinha uma personalidade bastante semelhante a Sheng, mas mesmo assim notava-se sua supremacia.

    Andava vacilante, provavelmente uma fratura na perna direita, que evitava forçar ao andar pela sala. Apoiava-se sobre um cajado de madeira muito marcado, com a ponta cravada na terra batida. Na mão livre, levava um cajado não curto nem longo, médio. Avermelhado com detalhes em ouro, prata e bronze, possuía um grande adorno em prata em seu término superior, no qual jazia incrustada uma reluzente jóia amarelada, lapidada e octogonal irregular. A jóia quase arrastava no chão enquanto o minotauro fazia sua entrada triunfal, sinal que ele empunhava o tal cajado de modo inverso, como se tivesse algum problema na pata ou preferisse assim por maior agilidade ao ataque. Sim, aquele minotauro parecia querer estar pronto pra matar.

    Seu manto fúcsia amarrotado arrastava-se pelo chão da sala, enchendo-se de pó e sujeiras, que o grandioso mago fazia questão em fulminar com o olhar. Se pudesse desintegraria aquelas impurezas. Em seu pescoço, um enorme colar muito brilhante com jóias e outros ornamentos sacolejava do jeito desleixado, mas ao mesmo tempo magnífico de andar dele. Seu ar misterioso e olhos desviantes, com rumos incertos faziam com que cada novo passo dele fosse esperado com muita ânsia, temor e desconfiança. Seus reflexos perfeitos faziam ele inatingível, e ágil o suficiente para um ataque fugaz. Apesar do que aparentava a situação, ele nunca baixava sua guarda.

    Os minotauros que finalizavam o cortejo pareciam conhecer perfeitamente o perfil de seu mestre, pois evitavam pisar pelas marcas de seus cascos e andavam enfileirados, perfeitamente enfileirados na verdade, aos lados dele. Tinham seu olhar vago no horizonte, olhar de quem mostra sua força e respeito ao líder, mas ao mesmo tempo olhar de quem clama por uma liberdade. Nenhum deles movia sequer um músculo sem autorização, empunhavam suas espadas de modo transversal, protegendo o peito. Andavam a passos largos, esvoaçando as túnicas vermelhas com detalhes em couro que usavam até os joelhos. Seus curtos rabos também pareciam temer o mago, pois sequer moviam-se, estando, literalmente, entre suas pernas.

    Um detalhe ainda pode ser observado. Todos os minotauros soldados ali presentes andavam com a cabeça demasiado abaixada, deixando seus chifres afiados e curvos bem a mostra, como forma de intimidar o oponente. Ninguém ali parecia muito intimidado com aquelas terminações em marfim, mas sim com o poder emanado pelo mago. Este aproximou-se de Sheng e apenas com o olhar indicou-lhe a saída. Com um breve aceno, ordenou que as tropas se virassem para garantir a saída vergonhosa do aprendiz. O mago ponderou por um momento e admirou a destruição causada momentos antes. A jóia amarelada ainda emanava uma energia absurda, chegando a estar rodeada por faíscas azuladas. Ele virou-se para o cortejo e seguiu caminho entre ele, logo atrás de Sheng. Tiher apenas encarava pasmo como a arrogância do mago era superior a seu orgulho. Ao invés de seguir triunfantemente em frente aos seus subordinados, preferiu ficar atrás, para impedir que quaisquer um deles - principalmente Sheng - pisassem em suas pegadas.

    Chegando aos restos da porta da sala, o minotauro olhou com nojo para um corpo fétido de uma minhoca recentemente morta, com um corte transversal no pescoço. E quando todo o cortejo passou, virou-se para Crossfox, Tiher, Ulizin e Draco - que apesar de pertencer a Sheng permanecia ali, paralisado. Pode-se ver seu lábio superior tremer levemente quando ele murmurou, apontando a jóia octogonal para eles, as simples e mortais palavras “Exevo Vis Hur”.

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