Resolvi criar um tópico com bandas que praticamente "fizeram" o tão conhecido Thrash Metal,são os quatro:
DESTRUCTION
O Destruction não é apenas um dos maiores expoentes do thrash metal alemão, assim como bandas como Sodom e Kreator, mas sim, do mundo todo. O grupo foi formado em 1983 na pequena cidade alemã chamada Weil am Rhein por Schmier (vocal e baixo), Mike (guitarra) e Tommy (bateria). A principal característica da banda na época era a forma espontânea do trabalho, que de forma alguma visava o sucesso. Porém pela pegada forte da banda, muitas oportunidades foram destinadas ao trio, que pode no ano seguinte lançar o seu primeiro mini-LP “Sentence of Death” pela gravadora alemã SPV. Este trabalho tomou uma proporção mundial, levando a banda a acompanhar o então nome ‘cult’ do thrash, o Slayer, em uma turnê em 1985. No mesmo ano da turnê saiu o então ‘debut’ da banda, “Infernal Overkill”, um LP completo que foi responsável pela passagem do Destruction no festival canadense World War III e serviu também para estabilizar o seu nome como um dos maiores do thrash metal europeu.
Após uma boa e bem sucedida turnê pela Europa, em 1986, foi lançado o álbum “Eternal Devastation”, mantendo o sucesso alcançado pela banda até então. A turnê de divulgação deste álbum contou com shows ao lado dos conterrâneos do Kreator e Rage, ambos atuando como banda de abertura. Após estes shows o baterista Tommy optou por deixar a banda, e no seu lugar entrou Olly. A banda aproveitou e adicionou ao seu ‘line-up’ Harry, um segundo guitarrista. Com esta nova formação – um quarteto – o Destruction novamente optou por lançar um mini-LP, desta vez intitulado “Mad Butcher”. Este é definido por todos como o melhor lançamento da banda, e foi responsável principal pela turnê que o Destruction fez nos Estado Unidos e em toda a Europa.
Infelizmente o que parecia ser a consolidação do Destruction em todo o mundo, acabou se tornando o início da decadência da banda. O então sucessor de “Mad Butcher”, “Release From Agony”, não agradou os fãs em virtude das novas influências que a banda tinha, trazidas pelos dois novos integrantes. A banda realizou nesta época uma turnê européia ao lado do Motorhead, em que a opinião dos fãs e imprensa não eram ótimas por unanimidade. Desta turnê saiu o primeiro ao vivo do grupo, “Live Without Sense”.
Durante as gravações do próximo álbum da banda, “Cracked Brain”, ocorre algo que seria o maior choque para os fãs do conjunto: a saída do vocalista/baixista Schmier. “Cracked Brain” acaba saindo somente em 1990 (estava previsto para o ano anterior), com o vocalista André (Poltergeist) como músico convidado, e é recebido com muito descaso por parte dos fãs. Durante a década de 90, Mike e Olly iriam manter o nome Destruction com outros músicos, mas nenhum dos próximos trabalhos da banda obteve alguma repercussão interessante. Estes trabalhos são: os mini-CDs “Destruction” (de 1994) e “Them Not Me” (de 1995), o álbum “The Least Sucessfull Human Cannonball” (lançado em 1998, este conseguindo um pouco de reconhecimento, mas não de forma igual do que acontecia na década de oitenta).
Devido à fidelidade dos fãs, os dois membros responsáveis pelo surgimento do Destruction – Mike e Schmier – retornam à ativa em 1999, com um novo baterista, Sven. A banda retornou ao seu posto de destaque no thrash metal, especialmente pelo sucesso que os seus dois últimos álbuns conseguiram no mundo: “All Hell Breaks Loose” de 2000 e “The Antichrist” de 2001. No ano de 2002, em função da turnê de “The Antichrist”, o Destruction realizou alguns shows em solo brasileiro, acompanhados, novamente, pelos conterrâneos do Kreator.
KREATOR
A Europa dos anos 80, e início dos 90, foi berço de muitas bandas pioneiras de death e thrash metal. Depois do Venom, o pai do black metal, e do Hellhammer, surgiu o Kreator, uma das bandas mais respeitadas de metal das duas últimas décadas. Juntamente com suas contemporâneas Bathory, Destruction e Sodom, se tornou influência de muitas outras que se formaram depois. Emperor, Samel e Rotting Christ são alguns exemplos.
Em meados de 1983 é formado o Tormentor, na cidade de Essen (Alemanha), composto por Mille Petrozza, o guitarrista Tommy Vetterli e o baterista Ventor Reil.
Em 84 o Tormentor lança uma demo chamada "End of the World" com as músicas "Armies Of Hell", "Tormentor", "Cry War" e "Bone Breaker".
No ano seguinte, época conhecida por "German Thrash Explosion", e já com o nome da banda mudado para Kreator, é produzido o primeiro álbum, "Endless Pain".
O disco se torna um marco do thrash metal e o Kreator é considerado uma das mais rápidas e pesadas bandas da época, por isso seu estilo foi também chamado de speed metal. Lançado pela gravadora Noise Records (Running Wild, Helloween, Gamma Ray, Celtic Frost, Voivod, Destruction, Hellhammer e Bathory), o álbum contou com a produção de Horst Muller, que já produziu as bandas Deliverance, Celtic Frost e também o próprio Hellhammer.
Depois dos shows de divulgação, o baixista Rob Fioretti é convidado a entrar para a banda e no ano de 86 é lançado "Pleasure to Kill". Marcado por um som mais cru que o trabalho anterior, saiu novamente pela Noise Records e foi produzido por Harris Johns, que já trabalhou com o Immolation, Sodom, Pestilence, Therion, Voivod e o Helloween.
Jorg Trzebiotowski é então recrutado para a segunda guitarra da banda e ainda em 86 é lançado o EP "Flag of Hate", pela Combat Records, contendo 3 músicas inéditas e mais as faixas "Endless Pain", "Tormentor" e "Total Death" do Endless regravadas. Em 87 é produzido um clip para a música "Toxic Trace" do EP.
No ano seguinte o Kreator lança "Terrible Certainty". Produzido por Roy Rowland, foi considerado um dos mais pesados álbuns dos anos 80.
"Extreme Aggression", sai em 89 pela Epic Records. Gravado em Berlin (Alemanha), contou com uma participação especial de Greg Saenz (mais tarde ele se tornaria baterista do Suicidal Tendencies) fazendo backing vocal. O álbum foi produzido por Randy Burns, que também já produziu bandas como Death, Nuclear Assault, Megadeth e Suicidal Tendencies.
Alguns fãs o encaram como uma fase de maturidade da banda, num álbum onde eles provam serem capazes de fazer boas músicas. As letras continuam depressivas e as músicas ficam mais lentas, revelando um outro lado da banda.
O Kreator entra em tour pela Austrália, Japão, Moscou, Checoslováquia, Argentina, Chile, Brasil e Estados Unidos. Porém a banda tem problemas com sua formação novamente e Jorg Trzebiotowski sai durante a tour, entrando em seu lugar o guitarrista Frank Gosdzik.
No mesmo ano é produzido um clip para a música "Betrayer", seguido dos lançamentos do EP "Out of the Dark, Into the Light" e do vídeo "Extreme Aggression: Tour 1989/'90, Live in East Berlin".
Em 90 sai o álbum "Coma of Souls" pela gravadora Epic Records. O Kreator surpreende novamente e o álbum se torna mais um marco do thrash metal. "Coma of Souls" contou com o engenheiro de som Jason Roberts, que já trabalhou com House of Pain e Cypress Hill. A capa é de Andreas Marschall, que já fez os trabalhos das capas de "Dawn of Possession" (91) e "Here in After" (96) do Immolation; "Dangerous Meeting" (92) do King Diamond; "End Complete" (92) do Obituary; e "Pile of Skulls" (92) e "Wild Black Hand Inn" (94) do Running Wild.
No final do ano mais um clip é produzido, agora para a faixa "People Of The Lie".
Dois anos depois, em 92, é lançado o álbum "Renewal", que contou com a produção de Tom Morris, conhecido por já ter trabalhado com o Savatage, Kamelot, Morbid Angel e feito a mixagem do "Beneath the Remains" (89) do Sepultura.
A banda muda muito seu estilo, ficando mais leve, lenta e com vocais menos rasgados. As influências industriais são evidentes e o álbum fica longe das idéias do antigo Kreator, mesmo nas letras. A credibilidade e sinceridade do som do Kreator parecia ter sumido e dado lugar a uma forçada evolução, nada natural. Não para o Kreator, que havia se consagrado como uma das mais autênticas bandas de metal até então. A banda perde assim muitos de seus fãs.
O Kreator é acusado, inclusive, de mudar de estilo radicalmente por causa das baixas vendas da época para o público thrash. Parecia que o thrash e as boas bandas que haviam, tinham entrado em decadência. "Renewal" desapontou os fãs, principalmente porque eles achavam que o Kreator seria uma das únicas bandas do verdadeiro thrash que sobreviveriam à década de 90. Alguns dizem que seis álbuns em sete anos fizeram a criatividade ficar em baixa. O álbum permanece até hoje como o mais controverso da banda.
O Kreator percebe o que está acontecendo e entra numa longa tour européia. Logo depois o baterista Ventor Reil, um dos fundadores, sai da banda. É lançado na seqüência um clip para a música "Renewal".
Três anos após "Renewal", é lançado em agosto de 95 "Cause for Conflict". Voltam peso e velocidade com pouco espaço para experimentos, como os do álbum anterior. Com o novo batera, Joe Cangelossi, o CD é produzido por Vincent Wojno, que já trabalhou com Machine Head, Testament e Pro-Pain. As ilustrações são do percussionista Junior, "especialista" em participações especiais em álbuns de bandas e artistas famosos de vários estilos. Entre eles está o brasileiro Carlinhos Brown, e sua participação no álbum "Alfagamabetizado" (97), onde é um dos timbaleiros. As fotografias do encarte são de Dirk Rudolph, que fez também a capa de "Astral Sleep" (91) do Tiamat; "Night of the Stormrider" (92) do Iced Earth e "Sehnsucht [Slash]" (98) do Rammstein.
Mais tarde, são produzidos clips para as músicas "Lost" e "Isolation" e o vídeo "Hallucinative Comas".
O álbum "Scenarios of Violence" é lançado em 96, ano seguinte. Produzido por Siggi Bemm, que trabalhou também com Samael, Grip Inc., Tiamat, The Gathering,, Rotting Christ e Moonspell, o álbum teve capa idealizada pelo vocal Mille Petrozza e pelo artista Peter Dell, que fez as ilustrações.
Em meados de 97 sai "Outcast", mixado por Ronald Prent (Def Leppard, Queensryche e Rammstein) e novamente com produção de Vincent Wojno. As fotografias dessa vez, são de Harald Hoffmann, que também fez as de "Deeper Kind of Slumber" (97) do Tiamat.
A influência industrial volta e o Kreator perde um pouco da adrenalina. Sente-se uma atmosfera doom que insinua novos caminhos e mudança de estilo da banda. Depois do lançamento, a banda entra rapidamente em tour e são feitos clips para "Leave This World Behind" e "Outcast".
Abril de 99 trouxe muita confiança para alguns fãs da banda e recusa de outros com o álbum "Endorama".
Com elementos progressivos como guitarras sintetizadas e até piano em algumas introduções, ainda há um toque industrial, como distorções no vocal, e teclados com melodias um pouco arrastadas.
As músicas "Endorama" e "Chosen Few" também ganham clips e a banda faz alguns festivais pela Europa.
A coletânea "Voices Of Transgression - A 90s Retrospective" é lançada no mesmo ano pela Gun Records. O álbum trazia 17 faixas dos discos "Cause For Conflict", "Outcast" e "Endorama", e 3 bônus que saíram junto com o lançamento desses discos. Depois desse lançamento, o Kreator entra em tour pela Europa com o Moonspell.
No ano 2000, é lançado o single "Chosen Few" pela gravadora BMG, com as músicas "Endorama" e uma versão de "Children of a Lesser God" que não foi para o álbum, além dos dois clips "Endorama" e "Chosen Few" em Cd-rom.
O Kreator foi uma banda que mudou muito de formação e de estilo ao longo do tempo, por isso enfrentou muitos problemas com os fãs. Porém, o Kreator é considerado uma das mais autênticas bandas de metal. Em tempos em que o black era o esperado da maioria das bandas alemãs, surgiu o Kreator, não apenas como mais uma banda pesada européia, mas com a personalidade que marcou seu lugar na história do metal.
SODOM
O Sodom foi formado em 1983 por Tom Angelripper (vocal e baixo), Aggressor (vocal e guitarra) e Witchhunter (bateria), enquanto eram jovens músicos alemães inspirados pela música extrema da época: Motörhead, Venom, Celtic Frost e Anvil, ou seja, bandas de thrash a black metal. Já neste mesmo ano de fundação e com o nome da banda já definido, o trio começou a preparar suas primeiras composições. Foi com estas primeiras músicas que o grupo lançou o seu primeiro trabalho, o EP “In the Sign of Evil”, no próximo ano, em 1984. O lançamento do álbum de estréia aconteceu em 1986, quando o line-up do Sodom foi alterado: Aggressor foi substituído por Grave Violator, que mais tarde foi trocado pelo conhecido Frank “Blackfire” Gosdzik. O ‘full-lenght’ do Sodom foi batizado com o nome de “Obssessed By Cruelty”.
Felizmente, o thrash metal estava vivendo o seu período áureo, na segunda parte da década de 80, com os conterrâneos do Sodom; as bandas Kreator e Destruction. Para a banda, não era nenhuma vantagem diminuir o ritmo dos lançamentos, e em 1987 saiu o então novo álbum do trio, “Persecution Mania”. A partir deste álbum, o Sodom começou a ser conhecido mundialmente, graças à produção de Harris Johns, e principalmente, pelo som agressivo e letras baseadas em guerras e arte negra.
Durante esta turnê européia, ao lado do Whiplash, saiu no ano seguinte o álbum ao vivo “Mortal Way of Life”, que ficou marcado na história por ser o primeiro disco duplo ao vivo do thrash metal. No seguinte ano saiu “Agent Orange”, que serviu para consolidar o nome do Sodom na Europa, e o single “Ausgebombt” levou o Sodom ao posto de primeiro grupo de thrash metal a entrar na parada musical da Alemanha. Na turnê de “Agent Orange”, o Sepultura foi a banda de abertura de uma boa parte desta turnê, e foi nesta ocasião que surgiram as diversas confusões envolvendo os integrantes das duas bandas.
Frank Gosdzik deixou o Sodom em 1990, para incluir-se no Kreator, e no seu posto entrou Michael Hoffman. As turnês estavam tornando-se cada vez maiores e mais constantes, o que levou o grupo a tocar no Japão e no Brasil neste ano. Também em 1990 saiu o álbum “Better Off Dead”, para complementar a discografia do Sodom, já repleta de clássicos. Com dois anos para férias, a banda produziu e lançou em 1992 o álbum “Trapping the Vein”, que contava com mais uma mudança no line-up do Sodom: Andy Brings tornou-se o novo guitarrista, assim como Chris Witchhunter deixou a banda, para a entrada de Atomic Steif (ex-Living Death). Neste mesmo ano, o Sodom gravou o segundo EP da carreira: “Abert Mitte Mit Sahne”, lançado somente em 93.
Atomic Steif permaceu no Sodom por mais dois anos, gravando os álbuns “Marooned Live” de 1994 e “Masquerade In Blood” de 1995, que contava com o guitarrista Strahli, substituindo Andy Brings. Com dez lançamentos na bagagem, a banda sentiu a necessidade de lançar uma coletânea, e esta realmente saiu em 1996, sob o título de “Ten Black Years - Best Of”.
Os álbuns “Til Death Do Us Unite” e “Code Red” foram os conseqüentes lançamentos do Sodom, o primeiro em 1997 e o segundo em 1999. As extensivas turnês destes dois CD’s fizeram com que o Sodom tirasse alguns poucos anos de férias, após quase doze lançamentos, um por ano. Estabilizando uma nova formação, com Tom Angelripper (vocal e baixo), Bernemann (guitarra) e Bobby Schottkowski (bateria), o Sodom lançou em 2001 o álbum “M16”, pela Century Media, que recebeu também a sua versão nacional. Este disco marcou o retorno do Sodom em alto estilo, novamente abordando a temática de guerras, e tornando-se assim, um dos melhores lançamentos em termos de thrash metal do ano de 2001. Com uma longa turnê que marcou o retorno do grupo aos palcos, assim como a apresentação dos novos integrantes, serviu para que banda pudesse retornar aos seus lares para o planejamento de um novo álbum.
Espero que tenham gostado do tópico...
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