Continuando meu post, q n deu pra continua antes...
Rory Gallagher
Ele viveu durante 47 anos e morreu em uma cirurgia de transplante de fígado, em 1995. Foi um dos guitarristas mais hábeis de seu tempo. Bono, do U2, considera um dos dez maiores de todos os tempos e disse que sua morte foi irreparável. Patriotismo à parte, Rory acumulou bons trabalhos com o finado grupo Taste, nos anos 60, e em sua carreira-solo, nas décadas de 70, 80 e 90. O Irish Tour é seu segundo disco ao vivo e mostra uma banda coesa. Rory consegue vôos em músicas como Walk on Hot Coals, A Million Miles Away e Too Much Alcohol. Ele teve toda sua discografia relançada em 2000, com alguns discos recebendo capas diferentes. Por milagre, alguns saíram no Brasil.
Ele nasceu no dia 2 de março de 1948, na cidade de Ballyshannon, na República da Irlanda. Comprou o primeiro violão aos 9 anos. Aos 12 venceu uma competição em Cork e comprou sua primeira guitarra elétrica. Aos 13 formou a primeira banda. Com 15 anos, comprou uma Fender Stratocaster de segunda mão, instrumento que o acompanharia pela carreira toda. Em 1964 entrou na banda Fontana Show Band e passou o ano seguinte excursionando pela Grã Bretanha. O grupo muda de nome (The Impacts) e fazem shows em uma base norte-americana, em Madri (Espanha). Com 18 anos forma o Taste, um power trio junto com Eric Kitteringham (baixo) e Norman Damery (bateria).
A banda ganha novos integrantes em 1968: Richard McCracken (baixo) e John Wilson (bateria). Em 69 excursionam com o Blind Faith, sendo a banda de abertura. O grupo chega ao fim após o Festival da Ilha de Wight.
Já solo, em 1972, Rory ganha um disco de platina pelo álbum Live in Europe e ganha o prêmio de músico do ano da Melody Maker. Em 76, torna-se o primeiro artista a tocar no canal de TV Eurovision, em uma transmissão vista por mais de um milhão de pessoas.
No penúltimo ano de sua vida (1994), fica muito doente e morre em 14 de Junho de 1995, após uma cirurgia para transplante de fígado feita em abril. Não deixou esposa e filhos. Recebe a ovação da população de Cork após a morte.
Essa pequena biografia é uma mera introdução a um dos guitarristas britânicos mais originais e técnicos de todos os tempos. Rory Gallagher usou uma única guitarra em toda sua vida e quase não trabalhava com pedais, preferindo ligar a guitarra aos amplificadores, direto. Ele foi um artista que por onde tocou deixou sua marca. No final da década de 60, o Taste rivalizava com o Cream de Eric Clapton, Ginger Baker e Jack Bruce como o melhor power trio inglês. Seu maior parceiro solo foi o baixista com quem trabalhou entre os anos de 1970 a 1991, Gerry McAvoy. Gerry conta que conheceu Rory em 1968, em Belfast, durante um show do Taste. Gerry participava da banda Deep Joy e foi recrutado por Gallagher em 1970.
"Eu fiquei muito tempo com Rory porque existia uma conexão muito grande entre nós. Ele era um cara simples, mas muito perfecionista enquanto trabalhava. Como possuía um gênio afável, os músicos ficavam bastante tempo com ele e o entrosamento sempre era bom", lembra Gerry.
As formações da Rory Gallagher Band foram:
1970 - 1972 - Rory (guitarra e vocal), Gerry McAvoy (baixo) e Wilgar Campbell (bateria).
1972 - 1976 - Rory (guitarra e vocal), Gerry McAvoy (baixo), Rod D´eath (bateria) e Lou Martin (teclados).
1976 - 1981 - Rory (guitarra e vocal), Gerry McAvoy (baixo) e Ted McKenna (bateria).
1981 - 1991 - Rory (guitarra e vocal), Gerry McAvoy (baixo) e Brendan O´ Neill (bateria).
1992 - 1994 - Rory (guitarra e vocal), David Levy (baixo), Jim Levaton (teclados), John Cooke (teclados), Richard Newman (bateria) e Mark Feltham (gaita).
O disco Irish Tour é de 1974, usando então a segunda formação. O disco foi gravado durante alguns shows da excursão vitoriosa pelas duas Irlandas. Rory muitas vezes usava material inédito e gravava nos discos ao vivo que fez. Sempre bem recebido pela platéia e críticos, tocava com uma velocidade estonteante, passando seus blues e de outros artistas com grande galhardia. Rory nunca ensaiava os solos da canções, pelo contrário, eram espontâneos, o que mostra ainda mais seu talento. Rory e sua Fender Stratocaster de segunda mão passeiam pelas canções com um brilhantismo incrível. Mais incrível é saber que não usou nenhum pedal para efeitos. Todos os solos saíam no tapa mesmo. Era apenas o artista e seu instrumento. O disco contagia desde o começo e Rory toca guitarra, violão e gaita, além de todos os vocais. O disco vendeu bem na Irlanda e aumentou mais ainda o prestígio em seu país. Há quem o compare com Eric Clapton, Jimi Hendrix ou Jeff Beck, o que não é um exagero. Nas canções A Million Miles Away e Walk On Hot Coals, promove tremendos solos de guitarra, onde parece que viaja para o outro mundo. O trio acompanha com competência os improvisos de Rory, coisa tão normal em suas excursões.
"O improviso é muito importante para mim porque depois de vários shows tocando o mesmo repertório você fica enjoado e quer dar um colorido novo para a canção. Como sempre trabalhei com músicos competentes e minhas formações eram estáveis, facilitava. O que eu pensava, Rod, Gerry e Lou acompanhavam, sem atravessar a melodia. Foram bons tempos.", lembrou Gallagher após um show.
Rory era o chamado cara básico. Usava um colete e calça jeans, camisa de manga comprida, cabelo longo e nunca pensou em trocar de guitarra.
"Trocar para que se sempre foi minha companheira? Em time que está ganhando não se mexe, não é assim o ditado? Eu fico com minha Fender mesmo."
Veja o que pensam alguns conterrâneos irlandeses:
'Bono: 'Rory foi um dos grandes guitarristas de todos os tempos e um grande cavalheiro, muito simples",
Van Morrison: "Era um músico monstruoso. Não tínhamos muito contato, mas sempre acompanhei sua carreira. Foi uma morte triste."
Bob Geldof: "Minha geração aprendeu a odiar o que era velho, talvez porque não sabíamos tocar bem, já que éramos punks. Mas Rory sempre teve grande prestígio na Irlanda e no resto da Europa, além de ser uma pessoa muito simpática. Fiquei triste quando soube que ele morreu."
Caso você não conheça Rory Gallagher e fique interessado, pode começar a ouvir o Irish Tour que saiu no Brasil em 2000 ou pelo BBC sessions, disco duplo e importado. Se achar qualquer disco, compre. Se você gosta de blues e rock básico, gostará de toda sua discografia.
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Michael Schenker
Michael Schenker, nascido em 10 de Janeiro de 1955, em Savstedt na Alemanha. Foi seu irmao mais velho, Rudolph, quem "acendeu" seu interesse por guitarras. Michael aprendeu a tocar guitarra sozinho, e gracas a tocar constantemente o instrumento, nao demorou muito para demonstrar grandes habilidades com o instrumento, e pelo inicio dos anos 70, juntou com seu irmao, e juntos formaram o Scorpions.
Michael gravou o album de estreia da banda, "Lonesome Crow" e excursionou com a banda. Porem, foi durante o tour para divulgar o primeiro album, que Michael se juntou ao UFO e abandonou o Scorpions. Schenker gravou seu primeiro album com o UFO, "Phenomenon", em 1974, com duas musicas em maior destaque, "Doctor Doctor" (esta que chegou a ser regravada pelo Iron Maiden) e "Rock Bottom", esta ultima onde Schenker demonstra grande habilidade em um solo maravilhoso. Foi tambem nessa epoca em que Schenker comecou a tocar a guitarra que continuara a tocar pelo resto de sua carreira, uma Gibson Flying V.
Gracas a tours de longas duracao e outros 2 trabalho, "Force It" (1975) e "No Heavy Petting" (1976), o UFO seria uma banda de grande sucesso pelo mundo.
Ao final dos anos 70, o UFO lancou 3 grandes albuns classicos para o rock, "Lights Out" (1977), "Obsession" (1978) e o album ao vivo, "Strangers in the Night" (1979), com um excelente tracklist. Os 3 albuns venderam bem, mas o tempo de Schenker com o UFO acabou ali, pois Schenker foi expulso da banda devido ao abuso de alcool e outras drogas, e tambem devido ao seu comportamento. Ainda em 1979, depois de ter deixado o UFO, Schenker volta ao Scorpions, porem novamente, ele so gravou um album, "Lovedrive" (1979) e deixou a banda novamente.
Ainda em 1979, Schenker foi convidado a substuir Joe Perry no Aerosmith, porem Schenker nao chegou a aceitar. Sentindo-se livre de qualquer obrigacao, Schenker decide tentar carreira solo, e forma o Michael Schenker Group, que lanca seu primeiro album, auto-entitulado, em 1980, depois em 1981 sai "MSG (Chrysails)" e em 1982 sai "Assault Attack" e "One Night at Budokan". Depois desses 4 bons lancamentos, surgem lancamentos sem muita repercusao, e ai acaba o interesse de Michael Schenker com o MSG.
Em 1982 Schenker eh convidado a substituir Randy Rhoads, morto em um acidente, na banda de Ozzy Osbourne, mas assim como a oferta do Aerosmith, Michael nao aceitou.
No comeco dos anos 90, Schenker voltou a lancar albuns solos, incluindo "Thank You" (1993), um album mais voltado para a linha acustica, e "Unforgiven" (1999), este, jah mais voltado para o rock.
Mas a melhor parte sobre Michael Schenker nos anos 90 foi o seu re-integramento no UFO, em 1993. Sua volta para o UFO foi curta, porem teve seus bons momentos, entre eles o album "Walk On Water" (1995) e algumas tour pelo mundo. Depois disso, Schenker continuou a lancar albuns solos. Em 2000 lancou um album todo instrumental, entitulado "Adventures of the Imagination", e em 2001 lanca 3 albuns, "MS 2000: Dreams and Wxpressions", "Odd Trio" e "Be Aware of Scorpions".
Em 2002 Schenker novamente volta ao UFO, e eles lancam o album "Sharks", porem agora, Schenker novamente esta trabalhando em sua carreita solo.