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Materia em defesa do RPG
Eu jah avia postado issu a muito tempo, resolvir repostar, na tentativa de dar uma melhorada nissu aqui,
Crítica Feita em Resposta a Matéria na Folha Teen do dia 14/04
Depois dessa sessão de descarrego informativo com a qual fomos presenteados, deparamo-nos sempre com as mesmíssimas impressões:
1) O preconceito generalizado pela falta de compreensão daquilo que conhecem e não se esforçam em conhecer, daquilo que distorcem para satisfazer seus interesses e fazer prova de sua postura, que pré-concebem pela metade ou equivocadamente, que pré-julgam de acordo com os seus dilemas pessoais. Enfim, o germe da ignorância.
2) A hipocrisia, típica de um meio social medíocre - seja aqui, no Brasil, como nos EUA ou em outro Zoo - que aponta o dedo em riste para o nariz de um, indicando a sujeira, e não vê - ou não quer enxergar, porque ignorância é benção - a imundície, que ele próprio criou e alimenta, em que está submerso até o último fio de cabelo.
2.1.) A mesma hipocrisia assola o Estado, os Poderes, a Mídia, as escolas, as religiões, as famílias. Vide, por exemplo, a postura da opinião pública ultrajada querendo a "morte" do RPG - o qual não conhece e nem faz questão de conhecer -, mas que parece não vê os mortos de fome, os marginalizados de todos os gêneros, a corrupção dos líderes corruptíveis de um povo corrompido, e não faz nada, praticamente nada, para reverter os quadros de violência.
2.2.) Os pais, aliás, fazem-se de cegos ante as necessidades afetivas e cognitivas dos filhos. Será que podem realmente culpar um joguinho simples pelo desequilíbrio emocional, mental, moral e até mesmo físico de suas crias? Não seria primeiramente lógico perguntarem-se se vêm educando com esmero e amor incondicional os filhos seus, preocupados em estruturar as bases de seu caráter, para que mesmo diante de maior perigo e impasse, possam os mesmos sobressair-se? Por que é que a maioria esmagadora dos jogadores de RPG não sai "correndo pela vizinhança, achando que estava sendo perseguido pelos personagens do jogo" ? Afinal, o jogo provoca isso. E tamanho efeito deveria ser extensível a todos que a ele têm acesso diário. Não seria lógico? Pensemos: O que enseja o adolescente a suicidar-se, a drogar-se, a prostituir-se, a matar sem legítima defesa e necessidade alguma, é o jogo ou um desvio de personalidade, um trauma de consciência, um mal da alma, a ignorância, a alienação intensa? Recuso-me, terminantemente, a acusar um jogo que nem inteligência própria tem para replicar!
2.3.) E mais hipocrisia, minha gente! É assim que a sociedade "resolve" as suas questões e põe termo nos seus problemas: varrendo a sujeira para debaixo do tapete. Pega o mais fraco para bode expiatório e crucifica-o. Ah! Mas se for assim vamos crucificar também os programinhas e propagandas exibidos pelos canais televisivos, vulgarizando o sexo, banalizando a família, corrompendo ainda mais a imagem da mulher, idiotizando a juventude, falseando realidades. Vamos condenar à forca, sem ampla defesa prévia, a mediocridade do ensino nas escolas e universidades e promover a caça às multinacionais, ao FMI, ao governo classista. Vamos massacrar também a "educação" alienadora, formadora de preconceitos e afetiva/moral/intelectualmente quase sempre omissa, seguida à risca pela maioria das famílias ocidentais. Teremos assim uma bela fogueira na qual poderemos queimar anos de fingimento, cinismo e dissimulação da grande massa popular.
Afinal, se vamos ser justos, sejamos justos por inteiro e não pela metade.
E, na Enfermaria:
Segundo o neuropsicólogo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas Daniel Fuentes: "A pessoa pode usá-lo como um instrumento na sua doença. O RPG não é aliciador, não induz nem desenvolve [tendências nocivas], mas pode ser usado por uma pessoa perversa. Nós acabamos de ver alguém que usa da medicina para exteriorizar toda uma doença mental."
- Exatamente Doutor. Todo instrumento, meio ou recurso pode, na verdade, ser desvirtualizado, degenerado e pervertido por uma mente hedionda, moralmente perturbada. Hitler dizia-se cristão, leitor assíduo da Bíblia, principalmente o Velho Testamento, e não fez o que fez, utilizando-se dos Antigos Pergaminhos do próprio povo Judeu para persegui-lo, numa "guerra santa" em nome da "raça pura"? Quantas seitas já não induziram seus seguidores ao suícidio coletivo, utilizando-se de textos inofensivos que, na maioria, jamais incitaram quem os lêssem a cometer qualquer tipo de ato bárbaro e atroz?
Realmente Doutor...
Uma faca nas mãos da cozinheira é um utensílio imprescindível no seu dia-a-dia mas, que pode facilmente cortar e perfurar a carne humana nas mãos de uma "pessoa perversa". A questão é que, para muitos, a faca, e não a pessoa que a utiliza, é que é "perversa"...
Cordialmente e a quem possa interessar,
Luciane Barbosa da Silva,
Eterna Idealizadora e Aprendiz, Mensageira de Sonhos,
Defensora do Real, Filósofa por Vocação,
e, nas horas vagas, Advogada, Assessora e Consultora.."
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Postado originalmente por Anna
