Introdução
Gostaria de saber o que seria de mim mesmo, se cada vez que eu me sentisse assim, tivesse desejos de escrever. Pois me sinto assim á longas datas, talvez antes mesmo de tudo que eu não esperava, ter acontecido. As palavras nesse momento, ao meu ver, são meu único e último consolo em relação a viver.
Desde que perdi a noção do que é amar, ou do que é viver, não consigo me manter em equilíbrio emocional, afinal é assim que a vida me faz sentir, um pouco solítario e cheio de momentos de reflexão, momentos únicos que me fazem sempre querer desejar o indesejavel. Me fazendo todas as horas aumentar o desejo de ver o capuz negro, que dos céus desce para a mim levar ... a morte.
Este objeto em minha mão, tão simples e tão mortal, é capaz de em apenas alguns segundos fazer o que o meu desejo manda. Basta carrega-lo e dispara-lo contra minha cabeça, um pequeno projétil rasgando minha pele adentro, atingindo os nervos e assim por diante até provocar rápida e sofrida morte. Seria quase que impossível que eu pudesse me libertar de tal mortalidade neste mesmo momento, pois assim me sinto e assim é que não vou me deixar de se sentir.
Ja não rezo mais pelos outros, quanto mais por mim mesmo, neste exato momento nem a fé me resta, apenas o que me resta são um terço e falta de boa vontade. O milagre a essas alturas ja não existe, mas parece estranho que mesmo desejando estar de papo pro ar, desejo um milagre, há quem diga que seja apenas os mistérios da vida. Mas não, isso é de mim mesmo, isso nasceu com os homens e há de ser a ultima coisa que vai morrer junto com todos eles.
Esperança.