Mais uma vez, vamos lá...
Neste sábado chegamos a inglória marca de 500 mil mortos pela Covid-19. 500 mil mortes no período entre 17 de março e 19 de junho, 459 dias, uma média de 1.066 mortos por dia. É como se num período inferior a um ano e meio uma cidade como Betim, em Minas Gerais, simplesmente deixasse de existir. Quase uma Ribeirão Preto, ou ainda uma Florianópolis.
E frente as 500 mil mortes, num espaço de tempo tão curto, temos o ensurdecedor silêncio do grande responsável por estas mortes, o genocida a frente do cargo máximo do executivo do Brasil. Um genocida, que hoje sabemos que ignorou mais de OITENTA e-mails da Pfzier, oferecendo vacinas a preços muito mais baixos que os oferecidos a tantas outras nações. Entretanto, respostas a e-mails de remédios que comprovadamente não funcionam – a infame cloroquina – estes foram respondidos em questões de minutos.
Não bastasse isso, a maravilhosa gestão econômica que recolocou o Brasil no mapa da fome global, sob a brilhante declaração de que a fome existe no Brasil porque o brasileiro desperdiça muita comida. O mesmo ministro que permite o descontrole completo do câmbio, levando itens básicos como gás e energia a valores exorbitantes, aumentando o índice de inadimplência em contas básicas a recordes históricos. Política econômica que tirou a carne da mesa de boa parte das famílias, que levou brasileiros a usarem lenha para poder cozinhar, pois o botijão de gás excede 10% do salário-mínimo em alguns locais.
Aliás, antes fosse apenas a gestão econômica e da saúde! A gestão do meio ambiente com os maiores índices de desmatamento da Amazônia em anos, levando a uma estiagem recorde, e questiona-se: o que o ministro do meio-ambiente deveria fazer? Não seria justamente evitar isso? Mas parece que as ligações deste com madeireiros está mais clara que a ligação do genocida a frente do executivo com as milícias cariocas. A ligação? O desmatamento altera o ciclo das águas, que diminui as chuvas, e com isso, leva a estiagem nos grandes centros, diminuindo a produção das hidrelétricas que correspondem a mais de 60% de toda a energia produzida no Brasil, levando ao uso de termoelétricas, com uma energia muito mais cara e suja. Alguém que tenha terminado o Ensino Médio saberia disso.
Aliás: até mesmo o combate a corrupção, bandeira deste que hoje “preside” o país virou motivo de piada. Engavetamentos, proteção de amigos e familiares, como o filho que é um verdadeiro Willy Wonka, ou ainda, que tal falarmos da famosa mamata, que deveria ter acabado, mas pagamentos vultuosos a defensores do governo estão aí para quem quiser ver. Sikera Neto, Allan dos Santos, dentre outros. De jornalistas sensacionalistas a propagadores de fake-news. Todo tipo espúrio de comentário ganha espaço no governo. Exceto a realidade e a ciência, essa não tem vez.
Mas vamos falar da pandemia, não é mesmo? Sequer uma nota de pesar melo meio milhão de vidas perdias, e eu questiono: Não era um governo a favor da vida? Ou será que só algumas vidas importam? Ou melhor dizendo: algumas vidas valem mais do que outras. Essa é a impressão que este governo passa para nós, que vivenciamos o dia a dia. Enquanto governos estaduais se desdobram para vacinar a população, o governo federal vem tentando boicotar vacinas, fazendo todo tipo de ilação, utilizando de suas redes de mentiras para propagar fake-news a respeito delas, mentindo a respeito da eficácia. E por quê? Porque não segue o absurdo tratamento ineficaz, segundo os próprios laboratórios que produzem os referidos medicamentos a partir de cloroquina, ivermectina, zinco e vitamina D. Absurdo, surreal, mentiroso. São alguns dos adjetivos possíveis de utilizar para definir este governo.
Porém, novamente, é de surpreender o silêncio retumbante daqueles que apoiam o governo. Silêncio apenas quebrado quando veiculam mentiras e questionamentos falsos sobre vacinas, que quando respondidos com dados e verdades, escondem-se na esgotoesfera dos grupos de WhatsApp, onde jamais serão respondidos, pois conversam apenas com sua bolha de convertidos, completamente cegos pelos antolhos que optam por utilizar-se. Utilizam-se de falácias e argumentos torpes e simples para rebater, quando não tentam utilizar-se a máxima de “é apenas minha opinião”, ou ainda “apenas trouxe outro ponto de vista”. Não existe outro ponto de vista ou opinião. Existe a verdade e a mentira, e hoje sabemos que estes estão a mando da mentira. Pior: de forma consciente.
A mentira que veiculam sobre números irreais de “manifestações pró-governo”, uma invenção criada por governos populistas para falsear um apoio, para fingir que todos gostam daquele que está no poder. Uma motociata com mais de um milhão de motos em São Paulo? É preciso ser um completo imbecil para acreditar nesses números, ainda mais quando sabemos que com poucos cálculos simples, que um aluno do Ensino Fundamental seria capaz de fazer, é possível descobrir que se isso fosse verdade, a fila de motos teria mais de 400km, praticamente uma fila do Rio de Janeiro até São Paulo.
Enquanto isso, manifestações contra o governo multiplicam-se por todo o país, não mais centradas as capitais. O interior grita, o litoral grita. Do sertão a capital, da casa grande à senzala, o povo vive e percebe o verdadeiro genocídio e a desastrosa gestão do país, conduzida por um incapaz que em mais de 30 anos de vida pública nada mais fez do que colocar os filhos milicianos no governo, e participar do SuperPop na RedeTV! com a Luciana Gimenez.
São 500 mil mortos. Os mortos hoje têm nome, sobrenome e rostos. É difícil hoje encontrar uma pessoa que não tenha perdido alguém próximo por essa doença. Número que poderia ser muito menor se o governo tivesse tomado atitudes para coibir a propagação da doença. Máscara, distanciamento, rastreio de doentes e lockdown. Medidas simples e eficazes, mas que o governo foi contra, e é contra. O motivo? Talvez o guru da seita de mentiras que estes seguem diga que é o caminho. Um incapaz que sequer concluiu o fundamental. Mas o discurso agrada. O discurso é fácil e aponta culpados, em situações complicadas. Aponta vilões, cria situações maniqueístas, cria uma ilusão de preto e branco, de dualidade, que não existe na vida real. É o desejo de viver num conto de fadas de bem contra o mal, que não existe na vida real.
Questionam os valores, mas dispendiam mais de 20 bilhões de reais em orçamento paralelo para comprar o apoio, mais que os últimos 3 governos gastaram juntos. 20 bilhões que seriam capazes de pagar 1 mês de auxílio emergencial a mais de 33 milhões de brasileiros. O dinheiro tem, não existe o interesse. É mais fácil culpar os outros pela própria incompetência.
O antolho aperta, o cabresto pesa, e mentiras a respeito do processo eleitoral vem à tona. Pedidos para votos impressos, falsas acusações de urnas. Mentiras que se multiplicam sempre que se nota a iminente derrota nas urnas. Derrota que deve ser credita apenas ao próprio governo. Inepto e incapaz. A primeira derrota que se tem em sede de reeleição desde que esta tornou-se possível ainda nos meados dos anos 90.
Qual será o próximo passo? Ataques à democracia? Chamamentos de extremistas? A sensatez da maior parte da população sobrepujar-se-á a isto, e este governo ficará apenas nos livros de história, onde iremos nos lembram como o pior governo da história do país levou a 500 mil mortes por uma doença, nos trouxe a retrocessos no combate a fome, colocou em risco a maior floresta tropical do mundo, e causou outras incontáveis mortes indiretas. Àqueles que ainda apoiam este governo: quando alguém próximo morrer de Covid, ou por não conseguir atendimento num hospital devido aos leitos cheios, são as mãos de vocês que estão sujas do sangue dos seus entes.