Porra fiquei comovido com sua historia sahuahuuhauhasdhd
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Porra fiquei comovido com sua historia sahuahuuhauhasdhd
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Cara, sério, faz um livro. Juro que compraria... leitura divertida ;D
Já li alguns livros de cotidiano que fui obrigado a ler pela escola, e o seu texto está melhor que a maioria.
Você tem futuro ;P
.:: ÄndersOn ::.




Hehehe, valeu aos comentários :D
Eu agora vou sair, só volto amanhã e devo voltar meio cansado, mas tento escrever.
Eita, você escreve rápido em =P, pra quem tinha escrito que ia demorar uns 4 dias :o.
Li todos bem legal D: achei a terceira um pouco melhor que a segunda, e a primeira empatando com a terceira, continue assim.
Continua pow! >.<
hhe colégio rigoroso, no meu pode namorar e fumar no pátio




Hoje eu continuo! Porra, tava muito cansado >.<.




Ah, vai de post duplo mesmo...
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Parte 4
Sábado, 1 semana após o carnaval.
O carnaval já tinha terminado, que ódio! Nossa, era tão bom poder ficar em casa e descansar com aquela brisa refrescante. Agora teria que voltar para o inferno, subúrbio, quente que é uma desgraça.
Se bem que eu já estava começando a simpatizar com a minha turma, descobri que um garoto voltava no mesmo ônibus que eu, então por uns vintes minutos eu podia conversar um pouco, aliviar a viagem. Ele mora na Piedade, gente finíssima. Pessoal da sala dizia que ele parecia aquele Cauê do Bom dia & Cia, de fato parecia mesmo.
A viagem estava até melhorando, pois o meu pai me deu um discman que eu havia pedido para poder amenizar o sufoco. Era ótimo, em tempos de MP3 ele era muito bom mesmo, foi um dos últimos a serem fabricados com boa tecnologia, eu conseguia colocar mais de quatrocentas músicas nele, durava menos de uma semana para ter ouvido todas, mas quebrava um galho enorme.
Hoje é sábado, dia de prova. Sim, as provas acontecem todos os sábados no colégio e, hoje, seria de línguas: Português, espanhol e inglês. O melhor de Sábado, sim, ainda existem pontos positivos nessa história, é que a roupa poderia ser livre. Sim, livre! Poderia usar o tênis que eu quisesse, a roupa que eu bem entendesse, aliás, não é bem assim. Obrigatório calça, de qualquer tecido, e camisas devem ter manga, nada de regatas. Mas porra, do que estou reclamando?!
Liguei meu aparelho de tranqüilidade sonora, estava tocando uma banda australiana não muito famosa chamada AC/DC. Eu estava apenas com um medo, não sabia se a minha linha circulava naquele horário aos sábados. Enfim, precisava ver antes de qualquer coisa.
Cheguei ao ponto de ônibus e aquela joça não passava. Trabalhadores no ponto, aquilo enxendo, eu preocupado com a hora. Se bem que sábado o trânsito era bem mais tranqüilo.
O ônibus passou, acenei. Quando entrei no ônibus, só deu para ouvir a gritaria. Puta merda, era a galera da noitada voltando para casa totalmente bêbada. O cheiro era horrível, eu ficava tonto só de cheirar. A galera do "Toca Raúl" estava lá, um cheiro de cigarro e tantas outras coisas que se podia fumar. O motorista e o cobrador estavam com um humor não muito bom, mas tinham que aceitar.
Juntavam-se então os playboys, góticos de meia-tigela, punks e tantas outras tribos com descendentes nordestinos trabalhadores de cada dia. Eu sentei e do meu lado tinha um playboyzinho cheio de sono que toda hora caía no meu ombro querendo dormir. Cada curva era um tormento. Até que eu dei uma ombrada no ombo dele para ele se tocar, ele acordou:
- Porra, irmão, foi mal por estar dormindo aí, mas não precisava bater com toda essa força.
- Eu? Eu nem bati com força, rapaz. É que tu tá dormindo e fica caindo no meu ombro, pega mal pra caralho.
- Porra, parceiro, eu transei muito essa noite, preciso dormir.
- Ah, cara... senta na janela vai.
Eu não tava nem com paciência pra discutir com bêbado, sério, deixei ele lá e pronto.
Viagem que passa, chegando na Praça XV e uns caras gordos com roupa de rapper americano entram por trás. O motorista pára o carro e fala:
- Pode descer, fiel.
Obviamente eles recusaram:
- Poxa irmão, a gente tá sem dinheiro, dá uma carona aí...
- Não quero saber, entraram por trás com onda de malandro, se ainda pedissem carona eu deixava, desce já.
- Porra parceiro, na boa cara, por favor.
- Ae pessoal, eu não vou andar enquanto os dois ali não descerem!
Aí que começou a revolta da classe trabalhadora:
- Ô piloto, aqui só tem trabalhador, anda com essa coisa aí!
- Trabalhador? Que que tu acha que eu tô fazendo aqui?
- Anda com isso, cara, eu paguei por isso, se não eu desço e pego o que está vindo atrás.
- Desce aí, ora.
O motorista abriu a porta traseira. Passaram-se alguns minutos até que os dois rapazes cederam e desceram:
- Vai pra merda você! Um dia a gente se cruza e eu te mato.
- Já é, parceiro. Liga pra mim depois.
Fechou a porta e falou com o cobrador:
- Porra, não fode, detesto esses caras que pagam de malandro.
Eu desci. Graças a Deus desci, que saco que estava aquela viagem, embora eu adore um barraco de ônibus.
Peguei o outro ônibus, vazio, ainda bem. Podia sentar e ficar mais relaxado. Revisei a matéria, até que deu tempo para rever algumas coisas. Até o temido ponto da Central estava com pouco movimento, alguns entraram, mas nada gritante.
Para minha felicidade geral, o motorista ainda gritou:
- Alguém vai descer na UERJ?!?
Que ótimo, iria passar direto daquela volta, iria seguir reto para o morro da Mangueira!
Porém, nem tudo são flores. Chegando na 24 de Maio, mais gente do copo. Agora era o pessoal que morava nos lugares ruins do subúrbio. Aquele pessoal com bermuda da Billabong falsificada que estava voltando dos Bailes das noitadas cariocas, onde a lata de cerveja custa menos de um real e a mulherada vai sem calcinha.
Quando não eram três pessoas passando a catraca juntas, era o pessoal entrando por trás, numa dessas entrou dois afro-descendentes que faziam muito barulho. Poxa, não dava mais. Nem meu fone de ouvido estava dando conta.
- Aí, piloto! Leva nós lá pra comunidade!
Porra, quem é o criminoso que dá carona para um chato desse? Que saco, sério.
Foi essa barulheira até a estação de Madureira de trem, aliás, todos eles desceram lá. E eu na minha, agüentando os bêbados cantando, dançando, gritando, nossa senhora.
Eu acho que já tinha até esquecido que tinha prova hoje.
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A quarta parte ficou pequena, mas é legal. Só pra dar uma quebra clima nessa volta do reveillón :]
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Escutando: A Mais Bela Flor
via FoxyTunes
Gostei, mas isso vícia, já quero a 5. T-T
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vo por o topico nos favoritos, muito bom !