*tocando aleluia no último volume*
Sem mais delogas, a terceira parte do capítulo cinco. A conclusão do capítulo ainda está por vir, aguardem!
como sempre, to achando que a minha qualidade tá diminuindo, digam o que vocês acham.. eu to quase reescrevendo ><"
Anteriormente...
Achar um cabo externo havia sido relativamente fácil. Ele seguira até a beira da estrada e achou uma saída de um buraco que conduzia o cabo. Poucos minutos depois, ele estava vasculhando a rede da central à procura de uma planta, que foi encontrada na parte que fazia referência a uma reforma no prédio. Era daquilo que ele precisava, mas estava fácil, fácil demais. Algo iria dar errado, ele podia sentir. Mas, bem, não havia mais escolhas, e aquilo era o melhor que tinham.
Duas horas depois, encontrou-se com Sigma, que trajava roupas de um operário de construções.
— Eu achei essa roupa num campo de obras há alguns quilômetros daqui – disse Sigma – deve servir. E você, conseguiu alguma coisa.
— Consegui me conectar a um cabo, e achei uma planta do edifício, parece que uma ala dele está em reforma.
— Não acha suspeito – comentou Sigma – um complexo militar estar passando por uma reforma no meio de uma operação de guerra?
— Pode ser algo mais que uma simples reforma, ou pode ser uma pista falsa. De qualquer modo, é o melhor que nós temos, precisamos arriscar. Pegue aqui, comunicadores – disse, dando a Sigma um microfone de pescoço e aparelho para ouvir, ambos menores que grãos de arroz, e da cor da pele – tente disfarçar isso por baixo da roupa, não deve ser detectado pelos sensores. Tecnologia de ultima geração, achei que poderia ser útil um dia, sempre tenho isso nos bolsos.
— Inteligente. Bem, depois dizem que eu sou doido, mas não vem ao caso. Dê-me isso e me mostre a planta, vamos bolar a nossa estratégia – disse.
Capítulo 4(parte três)
Três horas mais tarde, Sigma, sob seu disfarce, era escoltado por cinco soldados pela base e estava sendo levado à sala de interrogatório. Ele observava os corredores e o ambiente em volta. Tudo era de uma liga de metal poderosíssima, sempre em um tom prateado e uniforme, parecia que o lugar inteiro havia sido moldado a partir de uma coisa só, as portas se camuflavam por entre as paredes e, apesar dele saber que existiam, era impossível ver os slots de metralhadores que ficavam nas paredes, nas junções com o teto.
Ele tentava se lembrar da planta. Reto, reto, reto, direita. Quinze metros, ai esquerda, depois a direita novamente em uma encruzilhada, e a esquerda novamente. Se a planta estivesse certa, quando andasse mais cem metros ficaria exatamente em cima de um dos geradores de energia do complexo. O objetivo era, é claro, destruí-lo. Ser pego tinha sido relativamente fácil, ele havia dito que tinha informações sobre um grupo terrorista que planejava um ataque ao complexo. Os soldados ficaram desconfiados, mas o manual mandava levar o suspeito a interrogatório e assim eles fizeram. Eles não chegaram a reconhecer o rosto daquele operário, porque não sabiam da existência de um guardião com aquele mesmo rosto, a operação de captura executada no santuário havia sido extremamente sigilosa. Ele também estava algemado, mas não que isso fosse um problema, claro.
Os soldados eram do mesmo estilo de antes, armaduras negras e capacetes multifuncionais, afora as metralhadoras automáticas. Segundo a planta, haviam quatro slots de metralhadoras a cada trinta metros, que disparavam automaticamente contra qualquer um identificado como intruso caso soasse o alarme. Faltavam dez metros. Sigma estava tenso, aquilo ia ser difícil. Se aquelas balas não fossem compostas de metal, só a sua armadura o protegeria, e a sua armadura, apesar de forte, tinha um limite de resistência. Cinco metros. Dois metros, um.
Sigma parou de se mover subitamente. O soldado atrás dele disse, com a voz amplificada:
— Não lhe foi dito para parar de andar!
Sigma não disse nada. O ácido já começava a corroer as algemas.
— Prossiga, ou o obrigaremos a isso usando a violência!
Silêncio.
— Abata ele! - disse o soldado a um companheiro que estava à frente. Este, por sua vez, imediatamente selecionou o cartucho tranqüilizante de sua arma e virou-se para Sigma. Naquele momento, os pedaços das algemas caíram no chão. Estático por causa do choque, o soldado não conseguiu perceber o que estava acontecendo antes que respirasse um gás paralisante.
Os soldados que o escoltavam caíram no chão, inconscientes. Sigma, Sem dizer absolutamente nada ou hesitar, apontou suas mãos para os próprios pés e começou a lançar rajadas de ácido, fazendo o chão embaixo destes se corroer. Ele continuou fazendo isso, descendo numa rapidez impressionante, enquanto o alarme era disparado, provavelmente por vigias que monitoravam as câmeras. Porém, quando as metralhadoras saíram dos slots para imobilizar o suspeito, ele já havia desaparecido num buraco no chão.
Luzes vermelhas banhavam toda a base naquele momento. Soldados corriam de diversos pontos para seu interior, para a atender à emergência e prender o suspeito que havia escapado das metralhadoras automáticas, era alerta máximo.
— Todos os soldados, suspeito localizado na ala F, corredor desesseis, descendo através de um buraco no chão numa velocidade estimada de dois metros por segundo, aparentemente usando uma mangueira de ácido para abrir caminho. O suspeito deve ser imobilizado ou morto, repito, imobilizado ou morto! – Heenett conseguia ouvir perfeitamente os auto falantes da base através do comunicador, enquanto observava esta do lado de fora do muro. Ele se preparou, estava quase na hora.
A cerca de cinqüenta metros de distância de Heenett, o motoqueiro observava tudo, oculto por entre as sombras.
Quando os primeiros soldados chegaram ao ponto indicado, eles apontaram as armas para baixo e começaram atirar para a escuridão, aparentemente sem sucesso pois lhes diziam que o suspeito continuava cavando. “Mas quem diabos conseguiria entrar a aqui com uma mangueira de ácido com o bastante pra fazer algo assim??”, indagava o comandante principal da defesa da base, enquanto observava tudo pelos monitores. Um deles mostrava um corte transversal da base onde aparecia o suspeito atravessando as fundações da base com o se fossem água. Outros monitores mostravam os soldados atirando e lançando granadas contra o buraco, mas elas sempre atingiam algum ponto em cima do suspeito, como se tivesse uma barreira invisível o protegendo. Aquilo era inacreditável demais, ou impossível demais para estar acontecendo. Um soldado adentrou o recinto e disse:
— Comandante, telefonema para o senhor.
— VOCÊ ACHA QUE VOU ATENDER UM TELEFONEMA DURANTE UMA INVASÃO? – berrou o comandante.
— É general senhor. – disse o soldado, impassível.
Sem dizer uma palavra, o comandante pegou o telefone e começou a ouvir o que seu comandante tinha a dizer. Ele deveria seguir algumas instruções na crise que estava acontecendo, e quem as passava era o general pessoalmente. O comandante, por um instante, ficou assustado. O general passando instruções pessoalmente. Aquilo era mortalmente sério, e era melhor ele fazer exatamente como a coisa era falada, ou provavelmente seria executado.
Pouco depois, Sigma caiu sobre o gerador que ficava cem metros sob a base, protegido por uma barreira praticamente impenetrável de aço. Sigma lançou uma bomba de ácido e a barreira se dissolveu. Em seguida, mirou no gerador e lançou um rajada de acido fortíssima, destruindo-o por completo.
Heenett viu parte das luzes do complexo de apagarem. A voz de Sigma veio ao seu ouvido:
— VAI!
Heenett se envolveu em uma bola de fogo e partiu, como um cometa, em direção a base. O motoqueiro ainda observava, silencioso.