Olá galera, esse texto é um trecho único.
Comentem, apoiem, elogiem, critiquem, joguem pedras e paus, façam o que voces sabem e o que quiserem, só não ofendam minha maezinha rsrs
Ao Pó
De longe era possível ver a silhueta de uma cidade, olhando dentre as árvores altas e densas da floresta próxima, era possível notar um fazendeiro surrado, com calças rasgadas, pés descalços e respiração ofegante, trabalho duro, já se aproximava a noite e ele não havia carregado a carroça para partir ao raiar do sol. Olhando ao lado do fazendeiro, podia se ver Bill, o boi, animal de estimação criado pelo fazendeiro surrado, boi que possuía muitas histórias, algumas dela de como conseguir alcançar o capim mais verde antes de seu rival Fredd.
Ao procurar o lar deles, você provavelmente de pronto avistaria uma casinha, apagada, suja e mal cuidada, de tochas apagadas a não ser por um lampião do lado de fora e sem nenhum movimento, pois o fazendeiro não tinha uma mulher para agitar seu lar. A casa era um tanto afastada da cidade, do local só seria realmente possível ver a silhueta das altas muralhas e a torre de guarda, mas ao andar algumas centenas de metros você começaria a ver melhor a ampla construção, até começaria a ver seus portões por debaixo, e sentiria o cheiro do ferro enferrujado nas pontas das grades interiores que o grande arco possuía, veria as tochas tremulantes apoiadas em seus devidos suportes nas paredes e outras nas mãos velhas e firmes dos guardas.
Guardas que vestiam as cores e brasões de Tibianus III, guardas que perambulavam para manter a ordem por toda a cidade, guardas que pisavam no velho chão de pedra das ruas, ruas que percorriam quase todos os lugares daquele território e tinham a função de permitir a chegada das pessoas até eles, ruas que guardavam muitos segredos e muito sangue derramado, ruas que escondiam o esgoto, por onde toda a escória da cidade escoava para longe, onde estavam as coisas que ninguém queria ver, inclusive uma passagem para uma cidadela antiga e praticamente esquecida, mas os ignorados não são inexistentes e por várias vezes sobem a superfície para trazerem terror aos humanos preguiçosos.
Ruas que levavam até as construções, castelos, depósitos, templos, lojas e casas. Casas de moradores, casas de ferreiros que possuíam espetos de pau, até a casa de um jovem que discutia com sua mãe que não o deixava partir a sua aventura com o cair do sol. Ele levava consigo uma mochila muito cheia e uma armadura que provavelmente pertencia a seu pai. Jovem que pretendia deixar sua mãe, que era viúva, para conquistar glórias e fama, só era necessário passar no ferreiro Jack para recuperar sua lâmina. Jack, grandioso e mítico Jack, herói de guerras passadas, aprendiz dos Cyclops antigos, homem de grande renome que terminara esquecido e apenas lembrado como ferreiro.
A casa começara a ser tomada pela escuridão, as tochas iluminavam pouco comparado a fornalha, que emitia seu calor as costas do homem com martelo pesado em punho, na outra mão apoiava um pedaço de ferro quente sobre uma bigorna, forjava a espada com poderosas marteladas, comprimindo todo o material e suas minúsculas partículas entre ferro de martelo e ferro de bigorna, trabalhando como sempre, energicamente, intensamente e cuidadosamente em seu trabalho, caprichando em cada um dos detalhes.
No momento em que o sol beijava o contorno da muralha e que Jack forjava a espada, que o fazendeiro preparava a carroça e o filho puxava energicamente o braço para se soltar da mãe. Nesse momento, se observasse as coisas de uma visão mais ampla, tudo se transformara, Tibia teria se tornado a bigorna, a cidade seria a espada, o martelo seria o punho de Brog, filho de Zathroth e Fafnar, que assim como Jack tinha trabalhado energicamente, intensamente e cuidadosamente em seu trabalho, caprichando em cada um dos detalhes. Como recompensa conseguira como em um sopro forte de vento em uma pilha de sal, levar Thais, de gloriosa para a nobreza e burguesia e injusta para os pobres, até a posição de lixo, havia sido comprimida assim como a espada na ferraria de Jack, porém se transformado em pó e depois varrida do local.
Assim o fazendeiro jamais partiu, o boi jamais contou suas histórias, os pobres jamais viram riqueza, assim como os ricos jamais viram humildade, os guardas não tiveram tempo de perceber o ataque, nem dos sinos soar, o menino não conseguiu partir e nem sua mãe de se sentir só e Jack, grande e glorioso, jamais conseguira terminar de forjar sua espada, espada que seria conhecida como Assovio, famosa pelos seus feitos na mão do guerreiro que a encontraria em um cadáver.
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