Obrigada pelos coments, tô sentindo que essa história vai ser melhor que a primeira. Aqui vai o Capítulo 1, que eu já tinha escrito. Só esperei dar um tempo (espero não ter postado cedo demais)
Capítulo 1 – Planos
Seus olhos ardiam horrivelmente. Fora impossível dormir com a algazarra provocada nas ruas, durante a noite passada. Com o andar vacilante, Taura Minus caminhou pelo seu pequeno cômodo, atordoada. Não sabia nem mesmo o que procurava, apenas tinha consciência de que sua cabeça latejava de forma delirante. Taura dirigiu-se para a grande porta de madeira grossa.
Passando pelo imenso corredor e descendo um lance de escadas, ela chegou ao refeitório, apinhado de gritos e conversas animadas. Seus olhos cavalgaram pelo imenso salão, à procura do irmão e do rapaz cujo rosto angelical povoava seus sonhos com frequência: Nevan.
Para seu profundo desgosto, não encontrou nenhum dos dois. Contentando-se em fitar seu cereal, ela permaneceu ali, cabisbaixa. O falatório de costume ia diminuindo, à medida que todos iam se retirando.
-Noite de sono ruim, ah?
Taura fora surpreendida por uma senhora baixa, cabelo grisalho e olhos reluzentes.
-Hum... Sim, Madame Chacal.
Após um gracejo, Margareth Chacal dirigiu-se para a cozinha, com um pilha de pratos nos braços. A moça levantou-se, enquanto observava sua segunda mãe indo para o outro cômodo, as mãos entulhadas de tigelas. Alguns minutos depois ele já punha os pés nas ruas movimentadas de Carlin, deixando para trás a pousada Ciclope Caolho, sua atual moradia. Onde estaria seu irmão? Já teria voltado da caçada? Não era comum ele passar mais de dois dias fora da cidade. Possuía um gênio aventureiro, porém prudente.
De repente, um baque surdo içou-a de seus devaneios. Aturdida, ela olhou à volta, procurando aquilo com que colidira. Sua respiração acelerou-se por alguns breves instantes. Lá estava Nevan, tão assustado quanto Taura. Levantando-se e estendendo a mão para a namorada, ele disse, ofegante:
-Distraída? –seus lábios carnudos abriram-se num lindo sorriso.
Retribuindo-lhe o trejeito, a moça disse:
-Você... viu Iluminista?
-Não, querida. Até acho estranho, pois ele havia mencionado que voltaria hoje, pela manhã.
Os dois ficaram olhando um para o outro, enquanto quebravam o fluxo vicioso e atraíam olharem curiosos.
*****Nenhum som além do estalido de galhos secos podia ser ouvido. Iluminista fora amarrado fortemente a um tronco de árvore cortado. Uma grande roda de homens e mulheres com as faces peludas formava-se ao seu redor.
De repente, uma voz grossa foi emitida atrás de um grande arbusto ali perto:
-Olá, jovem caçador! É uma imensa honra tê-lo em nossa floresta.
O dono da voz, antes oculto pela folhagem, apresentou-se. Suas feições proeminentes brilhavam com a luz fraca da clareira onde estava,. Logo após sua aparição, todos os demais se curvaram para ele numa reverência exagerada. Iluminista disse, a voz vacilante:
-Porque estou aqui? O que querem de mim? – ele conhecia o perigo, sabia o que todos eles eram realmente.
Seguiram-se varias risadas, vindas dos indivíduos que cumpunham a assembléia. O líder finalmente falou, interrompendo o barulho:
-A pergunta é outra: o que você quer de nós? Não fosse o fato de estar sozinho, eu diria que faz parte dos Nótus, a maior e mais poderosa seita atualmente. A menos que... estejam escondidos, esperando para atacar. – lançou um olhar fuzilante para o interior da floresta.
Iluminista apressou-se a dizer:
-Eu não faço parte de seita alguma. Estava apenas iniciando uma caçada de cervos.
Ao ouvir a explicação, Rômulo, o chefe do bando, disse, escancarando os dentes afiados:
-Então, nesse caso, acho que devemos uma explicação a você. Bem, tudo começou quando essa seita miserável surgiu. Como deve saber, é formada quase integralmente por –fez uma pausa, despejando desprezo na voz – vampiros. Antes nós éramos caçados numa frequência normal, tolerável. Mas agora estamos quase desaparecendo por causa desses desgraçados. Só restou nosso bando na floresta inteira. Por isso, temos um plano: crescer em número, e, finalmente, destruí-los! Mas, como fazê-lo de forma rápida?
Dito isso, o lobisomem enterrou as presas mortais no braço de Iluminista, enquanto este se contorcia de dor e provocava uma revoada de pássaros na floresta.
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