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Tópico: Onda de Choque

  1. #41
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    Cara...

    Não vou ler agora, mas te prometo que ainda esta semana eu posto aqui. Estava sem computador e nem pude entrar aqui no fórum e nem em nada. E quando postar os capítulos, ficaria grato com uma mensagem offline no msn.

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  2. #42
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    Vamos ver se sigo adiante! 8D

    Mais um capítulo apresentativo. O último.

    Capítulo VII
    Diferente de Nós

    Caminhando a passos largos pelos corredores de passagem única da Pedra de Ulderek, Klaar admirava a enorme construção de pedras, que para ser desenhada pelos campos ao nordeste do continente contara com a indireta ajuda de rios e montanhas, paisagens naturais que entregaram seus serviços aos orcs. Havia sido erguida sobre uma antiga fortaleza destruída pelos humanos. Fora um dia terrível repetia o atual comandante de guerra da raça, Grimgor Grutater.

    O grande herói dos orcs, exemplo de coragem e asco aos humanos, um deus para eles, Ulderek, havia lutado por dias para defender sua fortaleza com a própria vida. Por uma infelicidade do destino, sua alma se perdeu junto com a construção, tirando os dois braços de cada orc que ainda lutava pelo seu espaço no mundo. Fora erguida outra sobre aquela, mas nunca se recuperariam as vidas perdidas e os esforços de centenas de bons orcs para erguer ela. Klaar sentiu um aperto no peito, aperto que nunca sentira e nem deveria sentir. Só conhecia a fortaleza por histórias, não estivera vivo quando a Grande Guerra estourara.

    Andou mais lentamente, chocando-se com as paredes, com o pensamento vago, perdido em memórias que não eram suas nem de ninguém. Perdido em um misto de ódio por aqueles seres que destruíram o maior símbolo do poder orc de todos os tempos e uma tremenda piedade por aqueles que deram suas vidas pela raça. E se Grimgor quisesse, morreria por ele. Era fiel aos ideais e era capaz de tudo para ver os humanos erradicados. Por isso apoiava incondicionalmente o plano de seu supremo general. Só não gostava da idéia de Orcus assumir aquela missão da qual dependia toda uma raça. Ele que devia estar no lugar dele na missão, ele que deveria receber as honras por encontrar o que era procurado, ele e não Orcus!

    Ele merecia mais do que tinha, mas ninguém reconhecia isso. Esperava que as notícias que ia levar com tanta satisfação para Grimgor ajudassem a mostrar para o soberano seu valor e como ele poderia ser um soldado fiel à causa. Enfim Orcus serviria para algo. Recuperou-se do choque das lembranças tristes de um passado de glórias e acelerou o passo, pisando fundo e com a mente clara. Não podia se descontrolar por medos, precisava ser forte. Saiu do corredor e cruzou os jardins centrais, olhando torto para um grupo de orcs que treinavam golpes com os pés. Sentiu-se bem ao ver a cena, e se não fosse tão rabugento, sorriria. Jovens forças de guerra treinando tarde da noite para morrerem para que os humanos fossem exterminados.

    Entrou no prédio central, que crescia preso a uma montanha. Fez menção de subir as escadas quando viu, longe no horizonte, um estranho pescando. Não era costume dos orcs a pesca muitos menos fazer qualquer outra atividade em tempos de guerra que não fosse treinar. Saiu do prédio e esgueirou-se pelas sombras projetadas na grama seca pela luz da lua. Encarou o vulto com certo desdém. Uma pequena apreensão cresceu dentro dele. Estava de costas, mas mesmo assim podia se ver que não era verde e que não usava as armaduras de couro dos novatos e muito menos as armaduras pesadas das tropas mais avançadas.

    Avançou alguns passos na direção dele, mas foi parado por uma mão em seu obro. Virou-se, pegando uma faca que jazia presa em sua calça negra e se preparando para um ataque.
    - Chega Klaar - Disse a voz brava e ao mesmo tempo cortês do grande Linak. Era um orc conhecido por suas feitiçarias, um dos favoritos de Grimgor e mais habilidosos em guerra. Tinha incontáveis honrarias e era muito querido pela população da Pedra. Um exemplo a ser seguido.
    - Desculpe senhor - Respondeu prontamente Klaar guardando a faca e olhando fundo nos olhos de Linak para demonstrar sua lealdade - Vi um soldado afastado e vim checar e...
    - Deixe-o comigo - Disse o feiticeiro olhando o rio por cima do ombro de Klaar - Agora vá ver Grimgor, está a sua espera.
    - Sim meu mestre.

    Klaar saiu e avançou na direção do prédio, com a mente desnorteada. Quem era aquele misterioso orc? E o que Linak fazia naquele lugar àquela hora? Geralmente se trancava em alguma torre com suas feitiçarias pela noite... Algo muito estranho estava acontecendo ali, e ele tinha certeza que Linak sabia perfeitamente o que era. Olhou para o rio pelo canto do olho enquanto entrava no prédio e surpreendeu-se ao ver que o vulto e Linak já haviam sumido

    ---
    Manteiga.
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  3. #43
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    Opa. Achei legal pacas. O único problema, que tu já tinha alertado, foi do número de personagens.
    - Chega Klaar - Disse a voz brava e ao mesmo tempo cortês do grande Linak. Era um orc conhecido por suas feitiçarias, um dos favoritos de Grimgor e mais habilidosos em guerra. Tinha incontáveis honrarias e era muito querido pela população da Pedra. Um exemplo a ser seguido.
    - Desculpe senhor - Respondeu prontamente Klaar guardando a faca e olhando fundo nos olhos de Linak para demonstrar sua lealdade - Vi um soldado afastado e vim checar e...
    Chega, Klaar e Desculpe, senhor, acho eu.
    - Sim meu mestre.
    Sim, meu mestre, novamente acho

    Só achei o último parágrafo fraco. ''Quem era aquele misterioso orc? ''. Tá claro que ele não é um orc, já que nem verde a criatura é. A não ser que seja uma mutação :wscared:

  4. #44
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    Só respondo agora porque como previ, se eu postasse pra responder teria que double-postar pro capítulo.

    Bem, eu disse do inicio que seriam muitos personagens. Mas as apresentações acabaram, agora todos os novos que aparecerem só ficam uns poucos capítulos, ai nem precisa de concentrar muito neles. Apesar de que todos são importantes.

    E sobre o final, Klaar é burro. Não deixem bem claro no capítulo, mas ele é burrinho. Mesmo vendo que não era verde, podia achar que era um orc amaldiçoado ou sei lá. E também se não era um orc o que estaria fazendo ali? Logo ele imaginava ser orc... Mas não, não é uma mutação. Você vão descobrir que(m) é ainda ;D

    Capítulo VIII
    Filho do Fogo, Filha da Terra

    Quem poderia imaginar tanta história um andar abaixo do glorioso templo de Kazordoon? Nem mesmo o culto Avalanche poderia. Jamais tivera a ousadia de atravessar a tal porta no fundo do templo que pouco conhecia. Tudo que sabia dali ouvira de amigos ou histórias que contavam em mesas de bares ocultas em Thais. Agora se dava conta que estava cometendo uma infração atrás da outra, coisas que ninguém em sã consciência faria. Primeiro atacara guardas da cidade e tentara libertar uma prisioneira e agora invadia uma propriedade privada.

    Nem em seus sonhos mais loucos pensara que faria uma coisa daquelas. Sentia algo estranho, algo que jamais sentira antes. Um misto de arrependimento pela justiça que obstruíra e prazer por violar as regras. Surgia um novo Avalanche, que há muito jazia adormecido em seu peito. A noção pelo perigo e o medo não existiam mais. O que existia era a excitação pela aventura e a idéia fixa de salvar Chronus, não importava como. Todos seus valores morais e ética estavam mortos e o que havia sobrado era sua nova essência: um ser inconseqüente, sem medo de quebrar as regras. Ele havia se tornado tudo que era contra.

    - O que fazemos agora? - Perguntou o ofegante Henry, deitado com o braço largado sobre a barriga ao lado do corpo. Encarava Ava com certa apreensão, como se não reconhecesse aquele que estava à sua frente. Sentiu um clima tenso e só de olhar para o amigo percebeu que a única coisa que lhe importava era salvar Chronus. Para ele era o mesmo, mas com mais urgência. Por tantas viagens nutrira um sentimento maior que a amizade pela amiga e nunca tivera coragem de contar. Era irônico, o mais corajoso dos cavaleiros tremendo de medo em revelar seus sentimentos. Já não se reconhecia mais. Sentou-se e quebrou pela segunda vez aquele silêncio tão desconfortável - Olha, também quero salva-la...

    Lembrou-se de suas mais loucas fantasias. Lagos refletindo a luz do luar, a grama verdejante molhada com o orvalho das manhãs, a noite gélida com os ventos uivantes e as estrelas prateadas a brilhar, as cascatas espatifando-se nas pedras musgosas... Cada paisagem bela lhe lembrava Chronus. A mais bela das borboletas, a mais exuberante das flores, a mais dourada das manhãs de sol... Tudo era ela. Não importava como, ele iria salva-la. Em nome de seu sentimento, em nome de tudo que viveram e daquilo que viveriam. Era em nome do amor que sujaria o próprio nome e cometeria os mais hediondos e imperdoáveis crimes. Ergueu-se e desceu a escada, carregando o corpo nos ombros. Ava nada disse, apenas baixou a cabeça e desceu atrás dele, pensando no que faria em seguida.

    A sala abaixo do templo era diferente de tudo que ele já imaginara. Estátuas de pedra empoeiradas e decoradas com teias de aranha que desenhavam no ar as mais belas formas jaziam entre pilares de mármore reluzentes que se erguiam imponentes sustentando o templo acima. Cada estátua havia sido habilmente esculpida por um grande mestre, cada detalhe e cada forma transformavam aqueles blocos de pedra em figuras vivas de seres mortos. Aqueles guardas os fuzilavam com seus olhos penetrantes e ameaçavam com suas armas: machados, clavas e lanças. A dança de arquitetura encheu os olhos dos dois, que por breves segundos se esqueceram de tudo enquanto olhavam os fantasmas sólidos de um passado. Em frente às estátuas, blocos de mármore mostravam belas peças de ouros, que juntas formavam nomes e títulos.

    Henry soltou uma exclamação de admiração, mas logo disse algo referente à parede mágica. Ava não deu importância, pois olhava fascinado para os nomes nas placas. Grande heróis, personalidades que quando partiram levaram lágrimas consigo. Filhos do fogo e filhas da terra agora jaziam ali, junto à lava e a terra fofa que irrompia de rachaduras nas paredes de tijolos quebrados e perfurados com nichos profundos. Uma sala em ruínas, mas forte como o valor histórico e sentimental que transmitia. A plenitude de espírito de andar por aquelas pedras cuidadosamente alinhadas naquele chão sujo era tanta que os problemas se esvaíam.

    Mesmo assim, pisava cautelosamente pelo chão. Não queria sujar-se nas impurezas de um lugar que não era limpo há muito tempo, mas sua face erguida que admirava as estátuas não lhe permitia desviar-se. Henry, que já havia saído do transe, encarava o amigo com certo pavor nos olhos.
    - Podemos sair daqui logo? - Questionou, arrumando o corpo nos braços. Ouviu um estrondo e escondeu-se atrás de uma estátua. A parede havia sumido e os guardas estavam descendo. Todo seu mundo veio abaixo e a magia da sala acabou revelando um lugar apropriado para morrer. Todo o esforço deles seria em vão se Ava não se desce conta que meia dúzia de anões fortemente armados estavam com a expressão mais sanguinária possível parados na escada, prontos para matar.

    Sentiu-se pronto para explodir, queria pegar a espada e lutar, mas temia que não fosse capaz de vencer tantos guardas. Mas não era hora para aquilo, precisava defender seu amigo que naquele momento estava totalmente hipnotizado pelas figuras. Abandonou o corpo ao lado de um dos pilares e empunhou a espada, saltando no meio da sala.
    - Querem uma lasquinha de mim? VENHAM PEGAR!

    O berro fez Ava despertar e virar-se para ver a cena. Só ai percebeu onde realmente estava: numa câmara funerária. Parecia que tudo ia os empurrando para a morte. Sentiu o novo Ava murchar perante o medo da morte e tremeu, pensando em se encolher em um canto e esperar ser decapitado. Mas resistiu. Resistiu por Chronus. Fulminou os guardas com seus olhos com o medo disfarçado e apontou a mão na direção deles.
    - Libertem Chronus ou sofram.
    Eles riram.
    - A essa altura ela já está em Dwacatra - Disse o mais alto deles.

    Tudo acabou. Dwacatra! A ilha em meio a lava mortal no subsolo extremo daquele maldito vulcão. Um lugar de onde ninguém fugia, um lugar onde não há retorno. Sentiu-se morrendo lentamente, caindo eternamente por um poço sem fundo, no qual faces chorosas brotavam entre os tijolos sujos. Caiu de joelhos, olhando fracamente para o que dissera aquilo. Se Chronus realmente estivesse em Dwacatra, não haveria chance. Era hora de se entregar e arcar com as conseqüências.
    - Ei Ava - Disse Henry firmemente, encarando os guardas - Não podemos desistir dela. Quem te salvou do dragão aquela vez? Quem é a única pessoa capaz de fazer aquele peixinho? Quem é a pessoa mais corajosa e maluca, mas ao mesmo tempo meiga e doce que já conhecemos? A quem devemos nossa razão de existir?

    O medo, a depressão e tudo que o jogava para o fundo do poço sumiram com aquelas palavras. Não podia desistir, nem que precisasse invadir Dwacatra, matar o imperador, mover céus e terra. Ele livraria Chronus. Se era culpada ou inocente não importava. Estaria do lado dela para todo o sempre, lutando ao lado dela. Por ela iria ao infinito. Por ela mataria aqueles guardas.
    - Chronus - Voltou a estender a mão. Falou sério e calmo, sem gaguejar ou ao menos se dar conta do que saía de sua boca - Vão se foder. Exevo Tera Hur.

    Milhões de raízes venenosas e podres arrebentaram o chão e as paredes, avançando com os guardas com suas folhas cortantes. Entraram em suas bocas, olhos e ouvidos, explodindo suas cabeças e perfurando suas armaduras. Conheceriam a morte de uma maneira vil e sem coração, morreriam ali, perante seus exemplos. Sangue jorrou pelas estátuas e pelo chão, pedaços de seres que só estavam cumprindo seus deveres explodiram pelas paredes. Armaduras e armas caíram em poças de restos e raízes apareciam e sumiam do nada. A terra traía seus mestres.

    - Achei que fosse mestre no gelo - Disse Henry abismado com a cena. Nunca antes vira aquele Ava matando algum ser, muito menos de forma tão cruel. Era impressionante como o ódio e a determinação transformavam as pessoas. Só ai se deu conta da bomba relógio que tinha ao seu lado.
    - Pegue o corpo, vamos embora.

    Henry obedeceu e fez menção de sair por uma pequena escada de madeira postada ao final da sala.
    - Não - Disse Ava pisando sobre o sangue derramado, ainda sério - Vamos sair pela porta da frente, como heróis.

    ---
    Bem, depois de ver a história do Aguini, resolvi editar aqui ocm uma breve descrição da magia Exevo Tera Hur usada no capítulo, pra quem não joga entender.

    Ela é uma magia básica de ataque do elemento terra aprendida por druidas. Seu nome é "Terra Wave". Onda de Terra. Ela é teoricamente uma espécie de onda de raízes e coisas orgânicas disparadas da mão do druida contra o inimigo. Pra entender melhor,imaginem um dragão cuspindo fogo. Troquem o fogo por raízes e o dragão por um druida e façam as ráízes saírem da mão dele. Feito, Exevo Tera Hur.
    Última edição por Manteiga; 30-09-2008 às 21:32.
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  5. #45
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    Nesse capítulo seu estilo váriou muito! Começou muito extremista (lembrando descrições psicológicas muito semelhantes as minhas), depois foi mais detalhista (que diga-se de passagem, você foi preciso em descrições de cenários, pra ninguém botar defeito), teve partes em que você foi moderno demais (as partes que mais desgostei) e terminou sendo meritocracista e novamente extremista, que pra mim, foi um desfecho genial!

    Você ainda precisa criar um estilo totalmente seu, ainda é cedo para isso, eu sei, você precisa experimentar de tudo como vem fazendo, entretanto isso dá uma sensação ruim em quem lê. Tiveram partes que eu fiquei boquiaberto com o qual bom você estava e depois partes (poucas tenho que dizer) que foram ruins.

    Enfim, gostei do capítulo, foi bem impactante. E Chronus pelo jeito é uma mulher e tanto, musa inspiradora de suas personagens. Vamos ver se suas descrições e desfechos condizem com que se espera dela.

    Continue, abraços!




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    Última edição por Drasty; 29-09-2008 às 16:35.

  6. #46
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    Ganhei o dia XD

    Bom, sério agora, o estilo variou sim e é fato incontestável. É que eu escrevo muito de acordo com o meu humor. Quando não tou muito bem o resultado é mais corrido, de pouca qualidade. Quando tou concentrado, em sintonia com a história, eu costumo me apegar MUITO² a detalhes geralmente triviais e os epxlicar, o que quase sempre lota minha linhas e me obriga a encurtar capítulos. O que eu tento fazer é escrever tudo de uma vez, quando tou concentrado, mas ai acaba sendo corrida. O resultado é a concha de retalhos. Muito a ser corrigido, mas espero que o tempo se ocupe de ir mudando isso. Se não, mudo na marra. Até acho desagradável essas ossilações :s

    Bom, e sobre Chronus, eu posso dizer uma coisa: O ser humano é um ser ingênuo. Pensem nisso.

    Manteiga.
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  7. #47
    Banido Avatar de Hovelst
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    Demorei pacas.

    Li alguns capítulos que tinha no computador, pra não deixar acumular.:o

    Jogou Isimov na direção do guarda que acabara de soltar Chronus e atacou-o com sua varinha, atingindo-o na face.
    Aqui no capítulo V, não ficou exatamente claro quem Ava atacou. Apesar de eu ter sub-entendido que foi o guarda, não está claro.

    Sobre esse capítulo V...Só tenho a dizer que eu pessoalmente, odeio o surrealismo do Tibia. Só que não posso fazer muito por isso.

    Sobre o último capítulo que li, o VI, achei bom. Eu só acho ainda, um sério problema, os personagens. A personalidade deles parece ser comum. E isso, estou a generalizar todos os seus personagens. Não há nada que não faça deles um estereótipo de personagem...
    E como sempre, a cada capítulo tu me aparece com mais um personagem...

    Assim que arranjar tempo, eu leio mais.
    Hovelst

  8. #48
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    @Hove

    Nada vou argumentar, já te respondi via MSN.

    Capítulo IX
    O Que Acontece em Darashia, Fica em Darashia

    Andou pelas areias frias do deserto naquela noite gelada e com pouco vento. Não havia estrelas no céu, apenas nuvens negras que ocultavam a beleza da iluminada rainha do céu. Os passos arrastados pela areia não eram ouvidos, algo perfeito para um serviço bem feito. Oculta pelo turbante e pelos grossos casacos que usava para resistir ao frio, arrastou-se por entre as tendas fechadas do Mercado Negro. Localizou sem demora a tenda que estivera a pouco. Sem cerimônia, sacou uma faca e furou-a, invadindo o lar daquele pobre comerciante. Este estava deitado sobre um tapete, e, ao ver a mulher entrar, saltou para trás e praguejou em um idioma há muito perdido.

    - Não vou aceitar aquele preço ridículo - Dizendo isso, cortou-lhe a garganta, espirrando sangue pela sala. Abandonou o corpo ali, ensangüentado, em meio ao dinheiro, para que o primeiro comprador do dia seguinte o encontrasse morto. Morto pela avareza, morto por querer lucrar mais. Era deprimente ter que chegar a aquele ponto, mas as circunstâncias a obrigavam. Sem olhar para o morto, saiu pelo deserto para Darashia, de onde seguiria o rumo para seu próximo alvo. Eremo.


    Manteiga.
    Última edição por Manteiga; 07-10-2008 às 12:35.
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  9. #49
    Avatar de Scholles
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    Achei legal o capítulo VIII, só acho que foi um pouco de exagero um cara só matar vários e ambos sentirem tanto amor por Chronus a ponto de ficarem super-fortes e tão motivados...
    Destaque para:
    Cada paisagem bela lhe lembrava Chronus. A mais bela das borboletas, a mais exuberante das flores, a mais dourada das manhãs de sol...
    Lindo *-*
    O IX foi curto e foda.
    Gostei.

    Abraços.
    Última edição por Scholles; 07-10-2008 às 22:26.

  10. #50
    Avatar de Manteiga
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    Podem ir guardando as bandeirinhas, os cartazes e os apitos. Eu não fiu sequestrado pela Al-Qaeda. Há. Só minha internet - que pra variar - escafedeu-se. Mas depois de uma exata semana ela voltou ^^

    Capítulo X
    Dwacatra


    Os risos e acusações de indigentes que estavam a ponto de se matarem não doíam. O que doía era ser presa injustamente. Não podia ter cometido todos aqueles crimes, era impossível! Não tinha distúrbios mentais nem dupla personalidade, não podia ter matado aquelas pessoas, roubado aqueles lugares... Não podia ter feito tudo o que os guardas disseram que fez. Tinha de ser um engano, era a única explicação aceitável! Mas seria difícil provar aquilo.

    Engoliu as lágrimas, e, sem protestar, foi jogada na terra quente e seca da ilha de Dwacatra. Ali, chegara ao inferno. Chegara ao fundo do poço, chegara aonde jamais queria ter chegado. Chegara ao extremo que um ser vivo poderia chegar. Dali, nunca sairia. E se um dia, por acaso, saísse, seria morta. Mesmo com tal perspectiva, não perdeu as esperanças. Ava e Henry iriam salva-la, ela precisava acreditar naquilo! Sabia que era impossível, mas precisava acreditar.

    Olhou para a porta que fora fechada na torre de pedra que marcava a entrada da prisão. Do lado de fora havia certamente dezenas de guardas fortemente armados. Na torre havia atiradores e soldados empunhando bestas e arbaletas. Seria loucura acreditar que uma fuga poderia ser possível. O sonho de liberdade apodreceu, murchou, morreu. Ficou ali, encolhida, olhando a lava. Queria chorar, mas o calor era tanto que as lágrimas sumiam antes de caírem. Queria gritar, mas a voz morrera com a esperança. Chegara ao inferno, chegara ao local de onde ninguém regressa. Iria morrer ali, seca, queimada, mutilada. Não importava como, mas iria morrer.

    Sentou-se e olhou ao redor. Gêiseres de lava explodiam do chão, pedaços inteiros de terra e pedras se desprendiam e afundavam na lava. A ilha desapareceria um dia, e certamente que estava preso afundaria com ela. Havia buracos no solo acidentado, por onde a lava nascia. Torres de madeira em combustão, fortes de pedra mal empilhados e buracos por todos os cantos marcavam os territórios das tribos. De um lado orcs, presos provavelmente desde o último grande confronto com os anões. Minotauros também estavam ali, junto com ciclopes e anões traidores. De humana ali, só ela.

    Sentiu-se só, perdida entre estranhos ameaçadores. Queria pular na lava mas as imagens de Ava e Henry impediam o suicídio. Tremeu e sentiu-se desmoronar ao ver os olhos acusadores dos demais presos, empunhando as armas e marchando lentamente em sua direção. Andou para trás, sem nem olhar. Para onde ia não importava. Importava que ia a algum lugar: a lava incandescente. Era seu destino morrer como culpada para libertar os inocentes. Que perspectiva mais nobre, seria admirável se não fosse a parte em que ela morria.

    - Saiam todos! - Urrou uma voz forte e explosiva das costas dela. Virou-se assustada e viu, sobre uma pedra gigantesca, um anão em pé, empunhando um enorme martelo de madeira. Tinha uma longa barba ruiva como seus cabelos igualmente enormes. Usava trapos podres e queimados, de cor marrom. Seus sapatos eram botas de ferro sujas de fuligem e seus olhos negros transmitiam ódio e vingança. Os demais obedeceram, voltando aos seus afazeres. Parecia ser uma figura de tremendo respeito ali, alguém de quem se deveria ter medo. Ele a encarou - Você quem é?
    - Chronus Tamos - Disse com a voz firme e a cabeça erguida, enfrentando-o com os olhos. Não deixaria de ser a mulher forte e decidida que sempre fora por causa do medo e da injustiça. Passaram-se minutos incontáveis até ele responder.
    - Tamos, por que está aqui?
    - Fui condenada injustamente. Sou inocente.

    Todos - menos o anão - riram. Alguns até caíram no chão de tanto gargalhar. Mas ao verem a expressão assassina na face do anão, calaram-se e voltaram a fazer aquilo que ele mandou que fizessem.
    - Claro. - Ele se virou - Não tema. São sempre assim com novatos.
    - E você quem é?

    Ele desceu da pedra e parou. Uma pergunta que há muito não ouvia, nem sabia se tinha a resposta para ela. Seu eu se perdera quando fora jogado cruelmente para apodrecer ali, no lugar que mais admirava. Cansara de mandar criminosos bastardos para Dwacatra, mas jamais pensara que seria um deles. Mastigou bem sua resposta, perdido em identidades que tivera ou nunca teria.
    - Um homem de quem toda Kazordoon teve orgulho uma vez. Um homem que foi desgraçado por mentiras daquele que mais odiou.
    Chronus arregalou os olhos e sentiu seus miolos queimarem. Do que raios ele estava falando? Não seria tão mais simples dizer seu nome?

    - Mas qual seu nome? Quem é você de verdade? - Ela se viu dizendo.
    - Não tenho nome. Ninguém sou. Minto, sou alguém. Sou a sombra de um alguém glorioso, preso por um engano.
    - Quem fez isso com você? - Disse ela o encarando fortemente, com a curiosidade aumentando cada vez mais. Sem notar tinha quebrado a barreira do respeito ao passado e estava agora num fogo cruzado.
    Ele levou um tempo pensando. Quando disse, pareceu morrer pela boca pronunciando aquela simples palavra, mas que em seus lábios era uma faca rasgando sua carne e fazendo-o sangrar.
    - Basilisco.
    Manteiga.

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