Capitulo 15: Mestres e pupilos.
– Mestre, o senhor está com uma cara de preocupado a muitos dias.
– Não se preocupe meu caro.
– Sim senhor.
Como naquele lugar horripilante existia a maior tranqüilidade, a paz emanava dos dois amigos que conversavam numa sala. Antes esta sala era feia, marcada pela morte e pela dor de muitos, durante anos foi usada na aniquilação de pessoas. Mas, tamanha era a paz imposta pelos que ali habitavam que nasciam pequenas flores aos cantos das paredes. Uma sala ampla de aparência purificada , cuja as paredes que um dia foram banhadas em sangue, hoje, eram até belas de se observar, as sólidas rochas que a compunham pareciam sorrir, e o senhor delas correspondia ao sorriso.
– Ó mestre, o senhor e essa sua mania de sorrir para as paredes. De tanto eu vê-lo fazer isso já contei as pedras desta sala. E as nomeei.
– Já atribuiu uma magia sua a cada uma delas?
– ....
O mestre simplesmente sorriu. Fazia muitas luas que o Grande Morgaroth como assim era chamado pelos mais medrosos súditos, tinha feito sua visita ao Orshabaal, e deixado bem claro o que o aconteceria se ele tentasse levar seus planos adiante.
Em outra sala sombria e sem vida, onde os maiores medos da terra se escondiam, uma conversa acontecia.
– Mestre, o Morgaroth esteve aqui, me ameaçou me disse que se continuasse com os planos me mataria.
– Seja paciente meu filho, as doces pétalas da crueldade não vão cair por terra, as flores da destruição ainda não abriram seus botões. Se fazer o rito que lhe ensinei, tudo dará certo.
– Mas mestre....
A voz do tímido Orshabaal não saiu perante seu mestre.
– Acalme-se eu ainda vingarei a sua humilhação sofrida, por enquanto prepare as coisas para o dia.
– Sim mestre.– O Orshabaal saiu e fechou a porta as suas costas, dizendo em seguida um feitiço para vedar a porta; não que ele pudesse trancar o que estava ali, por que Ele, simplesmente não necessitava de portas...
A um canto qualquer a respiração pesava, as baforadas de névoa saiam daquela boca, a cor de seu corpo era azul como o gelo, as lâminas eram parte de sua couraça. Seu punho se fechou, seus olhos se abriram, e sua voz ecoou.
– EU ACORDEI MEU SENHOR!!!!!!
Numa tarde mais que ensolarada as nuvens tamparam o sol de repente, Antonny olhou para o céu e ouviu as uma voz trazida pelas nuvens, pelos ventos, pelo mundo.
Então até ele será necessário para acabar com esta maldição, que as lâminas rujam.
Grifft tentava usar o poder dele para criar uma pequena labareda, esta serviria para assar um peixe, que ele acabara de pescar, Lily sorria da cara feia que ele fazia, e dizia:
– Se cara feia, fosse poder, você seria o rei do mundo.
– Bahh!! Em vez de falar por que não me ajuda aqui?
– Eu não mexo com fogo, faz mal para minha saúde.
– Aahhhh!! Venha aqui vou tocar fogo neste seu rabo verde se vai ver!!
– Sai para lá! Isso Dói. Mestre!
O mestre olhava tudo e sorria, dentre destes dias, seu pupilo tinha feito grandes progressos, estes dias nas aulas com fogo consegui queimar as sobrancelhas, e saiu gritando, e correndo.
Ás vezes ele conseguia uma pequena chama e ficava a colocá-la no rabo de Lily, a Hydra logo fazia cara feia e lhe dava um banho, soltando um jato de água, e no final tudo virava festa.
Mas o tempo corria e a cada segundo a maldade aumentava no coração dos demônios, sabia que Grifft conseguiria nem que ele tivesse dar sua vida em favor disso.
Hoje Grifft aprenderia o bem da cura, ele já conseguia se curar, misturando poder espiritual, com concentração na área afetada.
Mas a lição de hoje era curar uma pata quebrada de um lebre que caiu em um buraco, e ali estavam, pupilo, mestre, dragão e paciente, paciente não, lebre.
A pata do animalzinho havia sido quebrada devido ao jeito em que batera contra o solo quando ela caiu.
– Meu pupilo, a arte da cura é bem ampla, para curar a si mesmo é bem fácil, não é? Basta apenas que se concentre na lesão e diga algumas palavras, e libere poder pela sua corrente sangüínea até a lesão e a cura se fará, mas, como agora a lesão não está em você, deve fazer fluir o poder pelo vento, e levá-lo a perna da lebre e assim com concentração conseguirá. Uma coisa que poucos conseguem é o que eu quero aqui, curar as pessoas de maneira prévia só para estancar o sangue qualquer druida faz, quero que use as plantas em sua cura, ou seja, deve passar seu poder por elas, e extrair delas suas propriedades vitalícias, toda planta quando cortada brota novamente, elas tem uma cura fantástica. Tire proveito disso. – o mestre abriu a mão e dela saiu uma labareda enorme de fogo. Neste momento a Hydra arregalou os olhos, e já era tarde, o fogo havia queimado suas costas com tamanha intensidade que ela, urrava de dor. Grifft arregalou os olhos e quando ia dizer algo, viu seu mestre mas uma vez abrir a mão. Dela emanou uma luz verde e clara esta luz correu os campos se entrelaçando com os galhos das árvores e foi de encontro a Lily. E o ferimento sumiu.
– Viu não é difícil, basta dedicação!
– Ahhh! Mestre o senhor é mal, precisa me machucar daquele jeito. – Falou a Hydra com um suspiro de alívio.
– Mestre vou conseguir. – Disse Grifft com convicção.
– Sim irá. – Disse o velho mestre se levantando e percorrendo o caminho até uma roseira no meio da planície.
Até quando poderei desfrutar da beleza das flores, da companhia de meu querido pupilo, neste tempo que estamos juntos seu espírito amadureceu, e como o dia de hoje superou o de ontem, ele também se supera, e vem fazendo grandes feito, já consegue pular montanhas...Não, isso já é exagero.
O sorriso brotou na face do mestre, seus pensamentos vagavam, ele não queria que o tempo fosse tão cruel. Mas as marcas daquele despertar na cachoeira ainda vagavam por sua mente.
Não sei se aquilo foi real ou irreal, mas sei que o que vi, me encheu daquele sentimento que não tinha a muito tempo, talvez mil anos ou mais, esperança.
– A esperança é o sentimento mais puro e mais forte que existe, sendo equiparada apenas com a dor, pois nem como muitos pensam, a dor, não é apenas a dor física de quando você se machuca, a dor é algo complexo que você sente de várias formas, uma delas é a saudade, como a que sente pelo Dark seu antigo mestre.
– Aprenda que muitos mestres usam a esperança para impulsionar seus aprendizes outros, a dor, tenho esperanças em tu, conto contigo, não me decepcione.
E assim o mestre terminou seu pensamento ao redor da fogueira, entre ele e Grifft o mutuo respeito e confiança, o silêncio dos pensamentos, sonhos, olhares perdidos dos dois, soava.
O ILUMINADO.
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