O bruxo e o feiticeiro

[wicht'druid]

Capitulo 12: Esclarecimentos.

A noite chegou, e com ela trouxe a luz prateada da lua. Esta última iluminava toda a planície, uma fogueira crepitava no topo de uma montanha, nela era preparado uma sopa de legumes, em volta da fogueira estavam a Hydra, Grifft e o gran mestre, a planície estava molhada e não havia chovido naquela tarde.
– Mestre, por que as folhas das plantas estão molhadas sendo que não chove a dias?
– Ora, é por causa da cachoeira, a Hydra pode lançar as gotas de água de forma imperceptível, e isto ela faz para banhar as plantas. – O gran mestre preferiu não falar nada sobre a canção e omitiu a verdade.
– Mestre, não gosto de chamar-te assim tão formalmente. Posso te intitular de outra forma?
– Ahh! Claro, vamos lá, mas me chame de algo bonito, está bem?
Grifft gargalhou de forma despreocupada.
– Mas o senhor não é bonito, como poderei transformá-lo?
– Hahaha! Não seja mentiroso, a verdade é que posso ser bonito.
– Sim, claro como um repolho gigante. – e Grifft gargalhou de forma gostosa, rolou na grama, e batia as mão no chão.– Esta foi boa!
– Humm... Não estou feio, é que esta é minha forma solene, vou me por em forma humana.
O corpo espiritual sumiu, dando lugar a um homem de porte alto, de aparência rústica, com os cabelos acizentados, olhos na cor roxa, na face não havia uma cicatriz ou qualquer aparência de idade.
– Nossa mestre! Ficou ótimo, posso dizer que ficou belo, lhe passou uma característica jovial.
– Que bom que gostou. – Disse ele, enquanto mexia a sopa que estava no fogo.
– Mas os olhos, nossa! São roxos, olhos assim não são presentes na raça humana.
– Claro que são, verás isso um dia.
– Ahh! Lembrei-me agora, o teu nome novo, será... Antonny.
– Gostei! Me parece meio louco, mas , você é jovem e sabe o que faz, não me importo com o nome e sim com a personalidade.
– Humm! Você gostou Hydra?
– Fechhh!!
– Humm!!! Mestre, ela disse que sim ou não?
– Disse que não sabe.
– Ahh! Mas ela não sabe nem falar.
– Pelo contrário você que não sabe ouvir.
– Como assim?
– Ouça com o espírito, e entenderás, e também falará de forma que tudo e todos entendam.
– Ensina-me?
– Amanhã.
– Obrigado! Mas vou dar um novo nome para ela; o que você acha Hydra?
– Last nambre fiart me.
– O que ela disse?
– Que acha uma boa idéia, mas que não gostou de você ser surdo. – O mestre explicava colocando a sopa em uma tigela e servindo ao pupilo.
– Então será... Lyri.
– Humm... Me parece bonito.
– Mestre vamos ao que interessa, você me disse que tinha coisas importantes a falar.
– E tenho, irei começar. Você quer matar um feiticeiro, ele é filho do mais forte dos demônios presentes no continente, seu nome é Verminor. Ele reside nas Planícies Do Caos, nas mais profunda das cavernas de lá, e até hoje nenhum ‘’humano’’ o viu.
– Mestre, você já viu o Verminor?
– Sim é claro. E sirvo a ele, sou um dos vinte e cinco eternos.
– Mas mestre ele é uma criatura má, pare de servi-lo, o senhor é bom... Eu acho, mas pelo menos me passa tranqüilidade.
– Grifft, e isto que tenho a falar, o Verminor não é o que todos pensam, sobre ele existem apenas lendas. O único humano que o viu foi Ferumbras.
– Mestre, Dark me disse que este Ferumbras foi um feiticeiro insano que tentou dominar a terra a comando do Verminor.
– Na verdade isso é mentira, a verdade sobre Ferumbras e os Ruthless Seven, é que eles são chamados de cruéis, e que querem dominar o mundo; mas Grifft, os Ruthless Seven ou os sete cruéis, não são demônios maus que só querem a destruição da raça humana.
– Atualmente eles existem mesmo. Eles se chamam sete cruéis, mas só existem dois demônios com o título. Um se chama Verminor, que é o pai do feiticeiro, e o outro se chama Infernatil ou Infernal, o terceiro demônio existiu a muito tempo, mas deixou o posto de um semideus para ajudar a raça humana, este é Ferumbras, os semideuses são os sete cruéis.
– Eles são semideuses, um dia foram deuses mas deixaram a eternidade de uma vida no ‘paraíso’, para ajudar os humanos que se matam, e aniquilam tudo que podem, só pensam em ser fortes em combate, para matar mais gente numa possível guerra que venha à haver, sendo assim matam criaturas e plantas, e tudo quem vêem.
– Eles são sedentos de poder, e para isso matam, roubam e aniquilam o que se impor diante deles. – O mestre fala olhando para o céu como se buscasse a esperança de um dia melhor.
– Um dia um demônio quis parar com isso, seu nome é Orshabaal, ele reuniu o exército de demônios fez com eles uma grande magia que aprisionou a bondade de todos as criaturas em uma árvore, e assim a monstruosidade em cada ser surgiu, todos criaram nojo e capacidade de luta para se defender dos humanos.
– Veja um exemplo: Os dragões, sempre foram criaturas que voavam livres, até um humano matar um da espécie, causando ódio nos outros. A verdadeira destruição e morte provém não dos demônios e sim dos humanos, os Ruthless Seven querem que isso acabe, e por isso proibiu qualquer demônio de aparecer na superfície, mas permitiu que se um humano os procurassem no abismo, eles poderiam se defender, e assim o único demônio visto na superfície foi o Orshabaal e seu séquito, e também o Ferumbras com seus seguidores.
– Antonny levanta-se e vai a cachoeira, se abaixa e toma um pouco d’água. – Mas o quarto cruel veio, e você o chama de Feiticeiro, mas na verdade seu nome é Apocalipse, ele ainda não se transformou em um cruel, pois não despertou seu poder demoníaco, ainda... É isso que você luta para deter. O Orshabaal está feliz, por que este cruel, não quer paz e sim matar todos os humanos, só que Verminor está triste pois um cruel ou um semideus, não abandonaria seu posto para trazer mais discórdia a este continente, e até uniu-se com o outro cruel para discutir se o Apocalipse que ele viu nascer era o mesmo semideus que ele pedira aos deuses.
– Grifft a guerra pode ser acabada antes mesmo de começar e para isso você tem que matar o feiticeiro, e assim evitar os planos do Orshabaal, por isso vou te treinar, um dia você será o futuro do continente mas hoje é apenas mais um humano, e o último de meus alunos, então vamos parar de conversa e vamos dormir. Amanhã será um grande dia.
O mestre contou algo que deixou o pupilo sem saber no que acreditar, tudo que ele conhecia era mentira! E ele não queria acreditar, seu coração estava apertado e sua mente confusa, o sono chegou e ele adormeceu.