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Tópico: Amor Eterno...Conflitos Insolúveis

  1. #61
    Avatar de cronus0590
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    ta bom =), realmente vc chegou ao ponto do inicio de tdo xD, o que vai esclarecendo nossas duvidas, sei la foi normal msm o narrador, continua

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  2. #62
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    Graaaaaande Dard \o/

    Olha, eu gostei do cap.
    Assim como da história inteira.

    O conto vai subindo um degrau de cada vez, e você ta conseguindo fazer isso sempre, assim você não pula nenhuma parte e o leitor não se perde.

    Eu não achei chato, muitas vezes é necessário que os capítulos não tenham ação por eles tendem a ligar os capítulos.


    Cap. PERFEITO. Mais uma vez, parabéns!


    Grato, Wakka H.
    _/_/_/_/_/_/_/_/_/

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  3. #63
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    Dae Dard!
    Tá mto bom o Cap. kra!
    adorei!

    Achei legal a parte do buzão =D
    Tá cada vez melhor o RP cara...e sobre a mudança de narrador naum ficou estranho não =D tá mto bom!

    Abraços.
    FERNANDO TORRES! LIVERPOOL'S NUMBER NINE





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  4. #64
    Banido Avatar de Karteler Iridia
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    Ae, parabéns. Para mim esse foi o melhor de todos os caps.

    Só achei uma coisa estranha. O Ícaro, como estava vigiando ele, deveria ter sentado do lado dele, assim, poderia vigiá-lo melhor ou até impedi-lo de levantar a ir ao encontro de João Carlos.
    Mas por outro lado, poderia chamar atenção demais. Bem, foi só para constar.

    [ironia=on]Lol, ele ainda tem coragem de pegar ônibus em plena São Paulo? xD[/ironia=off]

    ||KaRtElEr||

  5. #65
    Eu não floodo. Você sim Avatar de Dard Drak
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    Capítulo 8 – O Plano – Parte 2




    - Foi esperto.

    - É, Rafael sempre foi um rapaz formidável...

    - Mas, esse bilhete que ele lhe passou, é este que eu achei? – Indago. Mesmo ele tentando esclarecer tudo, ainda tinha dúvidas, e muitas...

    - Não, esse que eu falei foi no ano passado, dois dias antes do ano novo. Foram em torno de cinco trocas de bilhetes, sempre com o mesmo livro. Deixava no canto de um banco, mudava de lugar e depois eu o pegava, e aos poucos ele ia contando tudo que estava acontecendo. Eu fazia a mesma coisa, para poder falar com ele. Rafael aceitou ajudá-los no assalto, mas depois voltou atrás, e mandou esse bilhete aí que você achou...- Dá uma pausa, meio deprimido – E... E, depois disso, não o vi mais no ônibus. Pensei em ir na casa dele, ver o que houve, mas não fui, poderia piorar a situação... Mas há dois dias Paula entrou em contato comigo, desesperada, perguntando se eu sabia onde Rafael estava, mas não disse nada, fingi que não o via há tempos. Rafael queria que eu não contasse nada a ela, em nenhuma circunstância, e fiquei calado...

    - E depois?

    - Não me interrompa, calma. Depois, fui com Paula à polícia registrar o desaparecimento dele, e não disse nada, sobre os assaltantes, o banco, os bilhetes, nada... Fiz errado, eu sei, mas Rafael não queria que mais ninguém soubesse. Só tinha levado, como já disse, o bilhete que ele achou dentro do carro, no qual ele me passou por um livro, mas a polícia ignorou, disse que não devia ser nada sério. Idiotas...

    - É, tanto os policiais quanto você.

    - Já disse que me arrependo muito disso...

    - Isso não resolve. Mas, o que de importante os outros bilhetes diziam?

    - Depois que ele aceitou fazer o serviço, contaram como seria o assalto e também a data que seria realizado o assalto.

    - E, será quando?

    - Dia vinte e cinco... Vinte e cinco de janeiro, feriado, aniversário de São Paulo. Será mais fácil para o roubo, e além disso, haverá, como Rafael citou...

    - Mais dinheiro no caixa-forte – Completo, como se tivéssemos ensaiado...

    - Sim.

    - Mas hoje já é dia quinze, só faltam dez dias, temos que fazer algo, e rápido!

    - Mas o que? Rafael está sumido, não sabemos onde os bandidos estão ou quem são, e eu já fui à polícia, mas nem ligaram, e prometi a Rafael que não diria nada a ninguém, mas fui obrigado a lhe contar tudo, depois de você me ajudar, e também por achar o livro e esse bilhete...

    - Droga... Mas ainda não entendi, por que ele?

    - Disse que o principal motivo era por ele possuir e saber parte da senha do caixa-forte principal, tornando assim mais fácil o assalto.

    - Então o Sr. Augustus, dono do banco, corre perigo também. E...

    E...

    Não! Sua idiota, você agora também possui parte da senha! Submersa pela história, pelo que João Carlos contava, nem se lembrou disso... Idiota! Mas, quer dizer que... Davi! Gustavo!

    - Não...

    - Vanessa, que foi?

    - Minha família, corre perigo!

    - Mas, por quê?

    - Agora eu tenho parte da senha do caixa-forte! Rápido, enquanto ligo para meu marido, você vá à polícia, com Paula, e leve os outros bilhetes, e conte tudo o que sabe.

    - Mas prome...

    - Esquece isso! Por sua causa ele já pode estar morto!

    Não devia ter dito isso, o deixo magoado, se sentindo culpado. Sua burra...

    - Bem... Tá bem, eu vou. Mas, e você?

    - Eu irei com meu marido, e pedirei proteção para minha família, eles não vão poder recusar depois que souberem de tudo...

    - Certo, até mais...

    Pago a conta, saio correndo para um lugar mais calmo do shopping e ligo para Gustavo, que deveria estar ainda no hospital, trabalhando:

    - Alô, Gustavo?

    - Querida, ta ofegante. O que houve?

    - Não dá tempo de explicar. Preciso que pegue Davi na escolinha e...

    - Mas, ele só sai daqui a duas horas, e é você quem sempre pega...

    - Me ouça! Pegue Davi na escolinha, o leve para casa, e me esperem lá.

    - Mas, por quê?

    - Meu bem, apenas faça isso e depois nos falamos. Tchau.

    - Tchau...


    **********


    Mas, o que foi isso? Ela liga para mim e me diz para fazer coisas sem sentido, sem ao menos se explicar? Que desrespeito foi esse? Que loucura foi essa? Querendo ou não, a contragosto, farei o que ela pede, mas depois terá que me explicar tudo!

    - Ângela, terei que sair mais cedo hoje, Diga ao doutor André me substituir, está bem?

    - Claro, Dr. Gustavo.

    O dia passou e acabei me esquecendo do tal sujeito que rondava o quarto de Rafael. Desde que entrou no banheiro não o vi mais. Deixo pra lá...

    Antes de sair, visito uma paciente. Uma garotinha, de apenas dez anos. Tem uma grave, e fatal, doença, e a cirurgia para curá-la é muito cara, infelizmente os pais não têm dinheiro suficiente para paga-la.
    Sinto pena, mas, não é uma coisa rara de se ver, triste... Cuidarei disso depois, não tenho tempo para pensar nisso agora, minha querida... E louca... Esposa, me espera.

    Ligo meu carro e vou em direção à escolinha de Davi. A maior parte do caminho transcorre normalmente, porém... Curiosamente, um carro, uma pick-up, para ser mais exato, parece me seguir. Pega as mesmas ruas, para nos mesmos pontos. Coincidência em fazer o mesmo caminho, só pode...

    De repente se distancia de mim, some. Paranóia minha mesmo. Dados dez minutos, chego onde Davi estuda, tendo que tira-lo no meio da aula.

    Entro na escola, ando a passos rápidos pelo corredor até a diretoria, para depois pegar Davi em sua sala, que no momento estava desenhando alguma coisa que a professora pedira.

    - Mas, senhor Gustavo, por que está levando ele mais cedo hoje?- Pergunta a professora de Davi, uma velha, chata e rabugenta...

    - Médico... Dentista, marcado – Invento.

    O levo pro carro e seguimos caminho, desta vez para casa, onde teria que esperar por Vanessa, sem nem saber o por quê...

    - Papai, pó que tenhu que ir no médico?

    - Você não vai não filho, vamos para casa. Lá sua mãe nos espera....

    - Espera po que?

    - Não sei filho, não sei...

    Finalmente chegamos em casa. Só que, parece vazia, sem ninguém...

    - Filho, espere aqui no carro, jájá volto com a mamãe.

    - Ta.

    - Querida...Vanessa! – Grito por ela, sem resposta...

    Porta da frente aberta, escancarada. Entro em casa, grito novamente – VANESSSA! – Mas só ouço minha voz, mais nada...

    Vou à sala. Que coisa, toda bagunçada, com almofadas espalhadas pelo cômodo, tapetes desarrumados, abajur no chão... Quem fez isso?

    - PAPAI!

    Meu filho, gritando! O esqueci no carro, sozinho... Seu irresponsável!

    - JÁ VOU DAVI!

    Corro para fora da casa. Tropeço no abajur, me machuco, mas não foi nada... Está um vento, um vento forte, incessante. Vejo Snoopy, preso, latindo feito doido, mas só faz assim quando tem estranhos por perto... Vou em direção ao meu carro, vejo, do lado dele, aquela pick-up, a que eu achava que me seguia... Droga, eu estava certo...

    - Davi? – Carro vazio, ele não está mais lá. – DAVI! – Grito por seu nome, mas não adianta... Viro-me para ver a pick-up novamente, só que dessa vez a porta do motorista estava aberta, mas anteriormente quando as vi na primeira vez estavam todas fechadas...

    Hã, que foi isso? Ouço barulhos vindo de dentro da casa, talvez seja ele! – Davi? – Porta entreaberta, passo por ela, não vejo ninguém... Ouço um barulho atrás de mim, vindo da porta, o que...


    **********


    - Um momento senhor João Carlos, um oficial virá lhe atender em breve.

    - Obrigado.

    - SEU CANALHA, POR QUE NÃO ME DISSE NADA?

    - Paula, compreenda, foi o que Rafael pediu, que eu não contasse nada. Entenda, foi para seu pró...

    - SAI DE PERTO DE MIM!

    Saco. Que pessoa é essa que faz a mulher de seu melhor amigo chorar aos prantos? Tudo minha culpa... A deixo sentada numa cadeira qualquer, precisa ficar sozinha, absorver os fatos, compreender tudo, não tem como falar com ela agora, está fora de si... Mas, cadê esse oficial que não vem logo?

    - Boa tarde, senhor?

    - João Carlos.

    - Senhor João Carlos. Sou o capitão Cláudio, desculpe-me pela demora, fui visitar minha filha. Bem, soube que você tem informações sobre um possível assalto a banco e seqüestro, então, no que posso lhe ajudar?








    Não sei se foi por que o dia todo ficou chovendo ,ou se por que morri no Tíbia XD, sei lá.. Mas, não fui muito com a cara desse '-.-... Mas ta ai o/
    Dard*




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    Última edição por Dard Drak; 22-05-2007 às 22:46.

  6. #66
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    Fala Dard!

    Você não foi com a cara do cap.?
    Eu gostei (novidade HAHA ;x) e muito!

    Que saco, eu queria alguma coisinha, algum errinho pra me fazer de crítico, mais só que você é muito mal e não me da oportunidades!

    Cara, eu gostei muito desse narrador em primeira pessoa, mesmo sendo mais complexo que os outros narradores, a disposição do texto evita que o leitor se perca.

    Parabéens!
    Vo torcer pra você morrer mais vezes no Tibia! ;x
    Brincadeira.



    Grato, Wakka H.
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  7. #67
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    Depois de um tempinho sem entrar aki..resolvi da uma passada e recebo um presente!

    Nada melhor doq ir dormir, sem antes ler um historinha ahuah fico meio gay isso mas azar XD

    Bom cara..curti mto o cap. fico um dos melhores...(bom a maioria ficou otimo)

    Chuva, sempre faz agente pensar na vida, ou em coisas do passado, ou em coisas triste, mas esse trouxe uma coisa boa..um ótimo cap. =D

    Continua assim...escrevendo cada vez mais cap. com tipos diferentes de narrador..e MORRENDO NO TIBIA HAHAHAH!! Tibia faz mal pro cara..para de jogar isso ai ;P

    flw.

    PS: Como vai teu PC? ;o
    FERNANDO TORRES! LIVERPOOL'S NUMBER NINE





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  8. #68
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    davi .-.


    gostei do cap o.o faz otro logo >=(

  9. #69
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    mio dios, othemo capitulo, agora só no proximo para sabermos u.u

    cya

  10. #70
    Eu não floodo. Você sim Avatar de Dard Drak
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    Capítulo 9 – Justiceiro





    Sete da manhã. Ainda está cedo, só entro no trabalho as onze hoje. Volto a dormir...

    ...

    Nove horas, antes adiantado, agora atrasado. Porcaria...

    Minha mulher, Ivone, já não está mais em casa, talvez tenha ido visitar nossa filha mais cedo hoje. Também queria ir vê-la, mas o dever me chama.

    Pego meu uniforme, e o visto o mais rápido possível, muito atrasado estou. Olho-me no espelho, ah, como você ta ficando velho, esse trabalho está lhe matando, dia após dia... Estando pronto, todo arrumado, vou para o meu serviço, a pé, não tenho carro, nem dinheiro para tal, no que eu trabalho o salário não é lá essas coisas, mesmo sendo um serviço muitas vezes perigoso, até para a minha família...

    Trinta minutos mais tarde, chego ao meu destino: 35º Distrito da Polícia Militar de São Paulo, lugar onde trabalho à quase vinte e cinco anos, minha segunda casa, praticamente...

    - Bom dia, capitão – Cumprimenta Bruno, meu parceiro de trabalho, um jovem rapaz no qual admiro muito seu esforço para se tornar alguém nesse lugar sujo, imundo...

    - Bom dia, Bruno.

    - O senhor tem um recado, da sua mulher. Quer que ligue urgente para ela.

    - Ah, obrigado, depois ligo – Fico preocupado, tenso... Será que tem a ver com nossa filha?

    - PORRA MEO, eu não fiz nada, nem sabia que era de menor! - Meus pensamentos se esvaem de minha mente com o grito de um delinqüente que acabara de chegar, algemado em companhia de um policial.

    - O que foi que ele fez? – Pergunto.

    - Estava em um motel junto com uma jovem de dezesseis anos, e ainda por cima com cinqüenta gramas de cocaína.

    - Pode deixar que eu falo com ele – Interrompe outro policial. Seu nome, Guilherme. Violento, ele batia, para depois bater mais ainda, para depois começar a perguntar o que aconteceu. Corrupto, tinha tratos com os bandidos mais influenciáveis da cidade, na qual dava proteção a eles e informações sobre operações e investigações policiais. Era assim que ele conseguia seu segundo “salário”. Muitos do departamento sabiam de suas ações, mas provas, não tinham, não existiam...

    - Okay Guilherme. Mas cuidado para não deixa-lo “fugir”, hein?

    - Engraçadinho – Responde, com certo desgosto.

    - DROGA, mas ela falou que tinha vinte anos!

    Continua berrando o infeliz. Jovem, vinte e cinco anos, mas com quatro passagens pela polícia, por roubo e assalto à mão armada. Será solto em instantes, faz parte de uma gangue na qual o líder é “amigo” de Guilherme. Ficará livre como se nada tivesse feito...

    Mas, apesar disso, é um dia comum no departamento. Um lugar feio, barulhento, mal-cuidado. De um lado vejo uma mulher fazendo um B.O. de seu marido que a espancara mais uma vez. Não irá adiantar nada, e semana que vem estará aqui novamente. No fundo, passando por algumas portas trancadas com grossos cadeados, tem os presos, que ficam aqui até um camburão vim pega-los e leva-los ao presídio mais próximo, e cheio. Vejo também um policial dormindo em sua cadeira de seu escritório, outro lendo um jornal, outro juntando as pistas de um homicídio que ocorreu na noite anterior. Que milagre, alguém trabalhando...

    Reparo em um novato, perdido em seus afazeres, cumprindo à risca as regras que aprendeu no treinamento, e que todo mundo esquece ou ignora tempos depois. Ainda é inocente, com a ilusão de que ser policial é que nem nos filmes americanos, aquelas merdas...
    Um dia ele verá e sentirá a verdade, e será tão trabalhador quanto o dorminhoco do meu lado...

    Devo ser um dos únicos que ainda sabe de cor as regras, os artigos, as penas, os códigos, tudo. Devo ser também um dos mais velhos que ainda trabalha nas ruas. Quarenta e cinco anos, mas mais rápido e efetivo que muitos de trinta. Prendi mais de mil e quinhentos bandidos em toda a minha carreira, mas pelo menos metade estão por aí, soltos, livres, protegidos...

    Atualmente, estou em um caso de assaltantes de banco, e isso já faz dois anos. Começaram com pequenos bancos do interior, mas nos últimos anos assaltaram quatro grandes bancos do estado. Quase os peguei uma vez, mas fugiram, por pouco... São liderados por um tal de Marcos, já fora preso uma vez, por assassinato. Ele eu conheço bem, já os outros integrantes do grupo, nem tanto... Mas um...

    - Capitão, sua mulher, esqueceu? – Indaga Bruno, me fazendo deixa de lado o que estava pensando.

    - Opa, vou ligar logo, deve ser importante... – Procuro meu celular, uma “coisa” na qual ainda não me acostumei...

    - Alô, Ivone? O que houve?

    - Por que demorou para ligar?

    - É que...

    - Deixa pra lá ! Venha logo no hospital, é urgente!

    - Mas, o que houve?

    - Nossa filha, Cláudio, está morrendo, está morrendo! Vem logo! – E desliga subitamente o celular, mas pude ouvir ela começar a chorar...

    Não penso em nada, só corro instintivamente para fora do departamento, afim de pegar um ônibus e chegar logo ao hospital.

    - Capitão, o...

    Não ouço ninguém, só corro. Pego um ônibus, dez minutos até chegar ao hospital. Trânsito. Tudo parado. Saio e vou a pé mesmo. Demoro, chego exausto, mas não ligo, tenho que ver minha filha!

    Chego no balcão, pergunto pra atendente:

    - Por favor, onde está internada Sophia, Sophia de Oliveira?

    - O senhor é algum parente?

    - Pai – Cansado, mal consigo falar...

    - Quarto 12B, terceiro andar, no fim do corredor, Mas tem que as..

    Não presto mais atenção. Saio correndo novamente,em direção ao elevador. Espero, espero, e espero. Ahhhh que droga, Demora demais, vou pelas escadas mesmo, três andares apenas...

    Enquanto vou subindo degrau por degrau sem descanso, me pergunto no que pode ter acontecido de tão grave com Sophia. Será que o estado dela piorou? Meu Deus, dez anos, tão jovem, tão nova, uma criança... Não sei o que faria sem ela...

    Ando depressa pelo corre... Ai... Meu coração... Meu peito, dói demais... Será que vou ter um enfarte, de novo? Se sim, pelo menos já estarei no lugar certo e serei atendido logo...
    Ah, to quase lá, 4B, 5B, 6B, banheiro... Mas o que...Vejo alguém familiar saindo do banheiro, lembro do rosto, cabelos longos, mas quem... Não, que se dane, não deve ser nada. Continuo a procurar o quarto. Nove B, 10B, 11... Doze B, aqui!

    Abro a porta bruscamente...

    - Sophia!

    - Não grita! Ela está dormindo! – Replica minha querida Ivone. Olhos vermelhos e marejados, deve ter chorado até não agüentar mais...

    Realmente ela dormia. Dormia como um anjo, escondendo seus belos olhos verdes herdados da mãe. Vestia apenas uma roupa, um vestido, do hospital, de um branco puro, dando um ar angelical maior ainda a ela. Não tinha mais seus cabelinhos cacheados, estava calva, devido à doença...

    - Senhor... Cláudio, certo? – Entra no quarto um médico. Nunca havia falado com ele, mas o já tinha visto, cuidando de minha princesinha.

    - Sim, sou eu...

    - Dr. Gustavo, prazer. Esperei o senhor chegar para falar para ambos sobre o caso de sua filha.

    - Bem, cá estou, diga.

    - Como sabem, a filha de vocês tem tumor no cérebro e...

    - Sim, sabemos faz uns dois meses, doutor...

    - Deixe-me terminar, por favor. Mas já faz quatro meses que ela está com essa doença. Se tivesse sido descoberta antes Sophia já poderia estar melhor de saúde. E ela não tem um só tumor, têm três, que tem que ser tirados o mais rápido possível, com cirurgia.

    - Sim, sim, o plano de saúde vai cobrir os gastos, certo?

    - Infelizmente, esse tipo de cirurgia, não. Vão ter que pagar por ela separadamente.

    Não...

    - Como? E quanto é?

    Bem, contando a cirurgia de quimioterapia, radioterapia, entre outras, mais a parte dos médicos, mais o transporte e estadia dela em outro hospital, no Rio de Janeiro, por que aqui não poderemos fazer, entre outros gastos, ficará em torno de cem mil reais.

    - Meu Deus...

    - Mas, não temos tudo isso! Minha mulher está desempregada e eu recebo só dois mil por mês! – Falo, grito, irritado, perplexo, pasmo...

    - Sinto muito, mas tem que pagar pelo menos quarenta mil antes da cirurgia, e, tem que ser feita rapidamente.

    - Por que, para quando?

    - Duas semanas, isso dá até dia 29 de janeiro. Se demorarmos muito, ela pode...

    Ele pára de falar, titubeia por alguns instantes...

    - Pode o que doutor? Não enrole!

    - Morrer senhor Cláudio, morrer. Ela não aguentará mais do que três semanas, e então terá morte cerebral.

    Ivone não se contém, e começa a chorar, sem parar. Tento consola-la, mas em vão...

    - Bem, quando acordar tentem não fazer ela se esforçar muito, deixe-a em paz. Se me dão licença, tenho que sair mais cedo hoje. Qualquer coisa chamem Ângela, minha assistente...

    - Tudo bem doutor...

    Ele vai embora, e eu e minha mulher ficamos lá, olhando para a nossa adorável filha. Queria ficar mais tempo, mas recebo um chamado pelo celular, estão me procurando no departamento... Mas antes, fico mais alguns segundos observando minha doce Sophia dormir como se estivesse em plena saúde. Observando um pequeno ser que pode deixar de viver por causa de dinheiro, ou a falta dele. Malditos gananciosos, maldito plano de saúde... Mas, não importa como, farei de tudo para conseguir o dinheiro!







    Malz pela demora, mas PC fd...Desse capítulo nada tenho à reclamar, só acho que o dexei muito rápido =x
    Dard*

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    Última edição por Dard Drak; 22-05-2007 às 22:48.



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