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Tópico: Os doze guardiões

Visão do Encadeamento

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    Atenção!

    Na parte três do capítulo um, eu alterei os nomes de alguns guardiões e o poder de um deles, agora ficou assim:

    "— Bem, senhor, os guardiões eram doze, e o templo dizia o nome e alcunhas desses guardiões. Eles eram Heenett, o Guardião do Fogo, Augustus Sigma, o Guardião do Ácido, Stryder, o Guardião das Sombras, Onilink, o Guardião do Céu, Dard, o Guardião da Terra, Thresdárius, o Guardião das Tempestades, Shalkan, o Guardião do Gelo, Wind, o Guardião da Luz, Lalkiam, o guardião do Raio, Hurin, o Guardião do Metal, Morozesk, o Guardião da Força, e Akus, o Guardião da Água."

    E peço a aqueles que ainda não responderam o quiz do post anterior que respondam, por favor ^^

    Mas ai está, com vocês, a parte dois do capítulo cinco!

    Na parte anterior...

    Minutos antes, no esconderijo de Shalkan, Onilink estava com uma arma apontada para sua cabeça. O soldado atrás da arma disse:

    — A espada.
    — Vai ter que me matar. – disse Onilink.
    — Nesse caso, o matarei. Primeiro você, depois a sua família.
    — DEIXE-AS FORA DISSO – berrou Onilink, com toda a força que seus pulmões poderiam suportar.
    — Então encostei na ferida. – Disse o soldado. – Elas já estão lá na base principal, saiba disso, e se você não colaborar pode dizer adeus a elas.

    Onilink golpeou o soldado com a sua espada, arremessando-o do outro lado da sala com um grande corte no peito. Os outros dois soldados, alarmados, tentaram atirar, mas Onilink foi mais rápido e voou e direção à parede, arrebentando-a e indo céu adentro, com um filete de sangue escorrendo de seu peito.

    Capítulo 5(parte 2) - Prioridades


    Não muito longe dali, no jardim do santuário, surgia naquele momento uma nova silhueta. Se alguém estivesse observando aquele jardim naquela hora, ele iria ver partes do corpo de alguém se materializando aos poucos, como se ele estivesse invisível e fossem jogando tinta dourada aos poucos. A pessoa estava quase completamente coberta por um sobretudo dourado, mas que estranhamente não brilhava ou refletia a luz, a luz parecia vir do próprio sobretudo. As mãos da pessoa, única parte do corpo que estava à mostra, pareciam muito enrugadas e velhas.

    Um soldado que naquele momento patrulhava o santuário viu a nova silhueta no exato momento em que ela terminava de se materializar. Rápido como um raio, o soldado recuou e se pôs sob a cobertura da parede do santuário. Após algum tempo, ele usou um espelho para observar a silhueta de detrás da parede. A silhueta estava imóvel. A luz do sol, porém, foi refletida através do espelho e ofuscou o soldado por um instante. O soldado piscou e voltou a olhar para o espelho, e quase caiu pra trás. Como num passe de mágica, a silhueta tinha sumido. “Só pode ser um guardião”. Pensou ele. “Somente um guardião não seria detectado pelas câmeras, mas pra onde ele foi? Só falta estar atrás de mim...” e naquele exato momento o soldado sentiu uma palma de mão enrugada tocar as suas costas. “Não é possível...” Pensou o soldado, começando a se virar. Antes disso, porém, ele voou em uma velocidade inacreditável e se chocou contra o muro. Não foi uma visão agradável para o guardião. Este voltou lentamente ao lugar onde originalmente estava, e começou a caminhar em direção do portal do santuário, cuja porta havia sido destruída. Enquanto andava era possível se ver seus pés, tão enrugados quanto as mãos, que usavam sandálias douradas bem simples.

    Vagarosamente ele adentrou o santuário, e parou de andar ao ficar a um metro do pilar central. Durante bons minutos ele ficou naquela posição, imóvel, até que ele começou a se dirigir para uma porta na extrema esquerda. Ele parou em frente a ela e levou a mão ao peito, dentro do sobretudo, retirando de lá um cristal completamente transparente que estava preso a um cordão que circundava seu pescoço. Ele retirou o cordão de seu pescoço cuidadosamente e acomodou-o junto com o cristal em um orifício no centro da porta. O encaixe foi perfeito. Poucos segundos depois ele retirou o medalhão e recolocou-o em seu pescoço, escondido sob o manto, e a porta se abriu. Ele andou em direção ao centro do salão e lá se ajoelhou, virado para a porta, que se fechava. Lá fora, começava a chover.

    Passou-se cerca de uma hora antes que algo de anormal acontecesse. A tempestade rugia forte do lado de fora do salão, ventava muito, chovia e trovejava. Um raio se chocou contra o portal do salão, e foi naquele momento que uma nova figura apareceu. Era um homem muito velho, de quase noventa anos, mas que aparentava não ter mais de sessenta, e sua pele era muito menos enrugada do que normalmente em um velho daquela idade. Longos bigode e barba no estilo orientais, muito brancos, delineavam suas finais feições também orientais. Ele parecia ser bem magro, e vestia um robe vermelho adornado com linhas brancas na gola e nas mangas.

    A silhueta adentrou o santuário, afastando-se da chuva, e parou em frente o pilar central, e durante um longo tempo ele analisou cada uma das doze figuras lá pintadas. Após aquilo, ele começou a caminhar para a porta central do salão, mas foi interrompido pela abertura da porta por onde o outro guardião havia entrado. Ele virou-se com a mesma expressão serena para o velho com o sobretudo dourado, que estava parado em frente a porta aberta, e disse:

    — Tempos difíceis, velho amigo.

    — Muito, muito difíceis – disse o outro, sem se mexer.

    — Acho que você deveria disfarçar-se, para não chamar a atenção.

    — Sempre sábio, Thresdárius, sempre sábio. – Disse o outro, enquanto fazia um gesto com a mão. O sobretudo completamente dourado do velho foi substituído por uma túnica simples branca, e suas sandálias também mudaram de coloração. O cristal em seu pescoço diminuiu ao tamanho de uma pequena bijuteria, e uma bengala apareceu em uma de suas mãos. – Você vai ter que me ajudar – continuou ele – Sabe das minhas necessidades.

    — Sei, Wind, você não terá problemas comigo por perto.

    — Sempre o mesmo – sorriu o outro. – Sempre o mesmo, meu velho amigo.

    E então os dois se abraçaram afetuosamente, matando uma saudade de longa data. Durante vários segundos continuaram daquela maneira, até que por fim ambos estavam caminhando lentamente pelo salão, decidindo o que iriam fazer:

    — Você faz alguma idéia do que está acontecendo? – perguntou Wind.

    — Não, não soube de nada até chegar aqui. A única coisa de anormal que eu notei é que tentaram por diversas vezes me rastrear através do uso de pequenos aparatos eletrônicos. Eu acabava com eles em tempo, mas eles sempre persistiam e enviavam novos aparatos.

    — Eu confrontei muitos grupos de soldados no caminho pra cá – falou Wind, pensativo. – Eu precisei evitá-los durante todo o percurso, e por isso demorei pra chegar.

    — Digo o mesmo – falou Thresdárius calmamente – e as coisas são ainda mais complicadas para mim, que não posso usar o meu poder sempre.

    — Sim, concordo que seria muito suspeito... Mas de qualquer modo, precisamos definir o que fazer. Parece que já invadiram o santuário, e que tanto Heenett como Sigma tiveram que abandonar os salões. Os guardiões devem se reunir aqui, o que me leva a crer que os outros estão chegando, ou não estão muito longe.

    — O óbvio que nós devemos fazer é esperar aqui – disse Thresdárius, continuando o raciocínio. – Uma vez que a floresta não é segura, podemos nos lacrar em nossos salões e esperar que os outros cheguem, para então decidirmos.

    — Correto, então será isso. – Concluiu Wind. – Mas eu preciso lhe contar uma coisa, ouça atentamente – disse ele, abaixando a voz – é sobre Stryder...

    E enquanto os dois Guardiões conversavam, Sigma acordava em seu novo cativeiro...


    — Ahá! – Disse uma voz nada disfarçada no ouvido de Sigma. – Então, nos encontramos de novo.

    Sigma permaneceu em silêncio, e de olhos fechados. Ele tentou sentir o ambiente a sua volta, onde ele estava? Ele... ele havia sido tranqüilizado por um soldado enquanto buscava suprimentos... “Droga!” Ele pensou. Não, ele não podia se enfurecer, isso o havia ajudado naquela vez mas não o ajudaria agora... Ele precisava se concentrar...

    — Parece que, novamente, o Guardião do Ácido sucumbiu perante a tecnologia!

    “Vou te mostrar quem sucumbiu...” Pensou Sigma. “Não, não posso pensar assim, é isso que ele quer, devo continuar como estou...”. O que ele sentia? Ele podia sentir que estava livre para fazer movimentos... E estava deitado. Lentamente ele moveu o braço direito. Havia algo envolvendo seu braço, em uma espécie de traje, e ele estava deitado sobre uma espécie de plataforma, ou um bloco... Ele tentou tocar seu corpo. Não, não conseguiu tocar seu corpo, ele tocou o traje, sim, estava trajando alguma coisa, haviam colocado algum tipo de traje especial nele...

    — Não adianta fingir que ainda dorme! – Continuou a voz. – Eu posso ver a partir dos impulsos elétricos de seu cérebro que você encontra-se consciente. E não pense que não estou vendo essa mãozinha se mexer...

    Ok, fingir era irrelevante. E Sigma abriu os olhos. Ele estava, em primeiro lugar, enxergando através de um vidro, ou através de outra superfície transparente. Sem dúvida eles o haviam prendido em algum tipo de traje... E o que mais ele via? Um teto branco, simplesmente branco...

    — Vamos lá, sente-se, quero que conheça seu novo quarto!

    Obedientemente, Sigma sentou-se na plataforma, ou melhor, cama. Ele estava em uma cela, agora aquilo havia ficado claro. Era tudo cem porcento branco, desde o traje que usava até as paredes à sua volta. A sua direita ele podia ver uma superfície transparente, uma das paredes era feita do material, e a vista dava para um corredor branco.

    — Ótimo, ótimo! – Continuou a voz, com uma simpatia fingida. – Agora observe seus novos trajes.

    Sigma desceu os olhos para si próprio e analisou o traje que vestia. Era completamente branco, feito de um material estranho, e tinha a aparência de um traje anti-radiação.

    — Feito com um composto à base de plástico, o traje é altamente resistente e imune a qualquer tipo de corrosão ácida! – Disse a voz, como se o traje fosse um produto de televendas. – Com saída especial para a oxigenação, ele garante ao usuário oxigênio e estabilidade de pressão mesmo no vácuo!

    Sigma arregalou os olhos levemente. Vácuo? Ele passou as mãos nas costas e sentiu um tubo que se ligava à parede.

    — Sim, Guardião. – Disse a voz, séria, porém excitada. – Você está, nesse exato momento, preso em uma novíssima cela a vácuo, sem nenhuma presença de ar atmosférico ou qualquer outro gás. A única coisa que garante a estabilidade de temperatura, pressão, e o fornecimento constante de oxigênio é o tubo ligado à parede. E nem pense em tentar retirá-lo, pois caso o faça um mecanismo automático irá sugá-lo parede adentro e você vai ficar preso sem nenhum fornecimento de oxigênio e pior, haverá um orifício em sua roupa e ela será despressurizada, o que obviamente lhe causará morte imediata, ou os Guardiões também são imunes ao vácuo?

    “Não, não somos imunes a vácuo”. Pensou Sigma, sem alterar sua expressão facial.

    — Mas fique tranqüilo amigo, o tubo é extenso o suficiente para você andar pela cela, mas não o mataremos, ainda precisamos de você. Mas logo, isso acabará, portanto trate de aproveitar seus últimos dias sem fazer nenhuma confusão. Ah, e nem tente corroer sua roupa ou a cela, é tudo feito de um composto à base de um plástico altamente resistente. Agora, preciso ir, Guardião. Obrigado, e tenha um bom dia. – Concluiu a voz, como se fosse uma atendente de telemarketing.

    “Maldito cientista!” Pensou Sigma, ainda sem alterar sua expressão facial. A prova de fugas, era o que aquela cela era.


    — E então? – Perguntou um homem a Gustaf, logo após este desligar o microfone.
    — Tudo, – disse ele, sorrindo – exatamente conforme o planejado. – Completou, sorrindo como um tubarão na praia.

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    Última edição por Heenett; 17-06-2006 às 10:52.



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