Bem pessoal, pra compensar o atraso, vou postar o resto da parte dois hoje mesmo, em tempo recorde :riso: (tá bem, é pequeno, mas eu faço o que posso).
Sexta prometo vir a vocês com uma parte bem maior que essas ultimas!!
Na parte anterior...
— O QUE VOCÊ FEZ COM ELE? – berrou Sigma, descontrolando-se. Um pequeno filete de fumaça começou a sair das algemas de plástico.
— Fique calmo, fique calmo, já vou lhe mostrar – disse a voz, aparentemente impaciente – queira observar o espelho à sua frente, por favor – terminou ela, com uma súbita seriedade.
À frente de Sigma, o espelho se transformou numa tela e passou a exibir uma imagem em tempo real.
Sigma perdeu a fala.
Capítulo 5(parte dois, final) - Sombra, gelo e céu
Em segundos a temperatura da armadura de Sigma foi abaixo de zero e acima de 150 graus, coisa que causou um choque térmico forte o suficiente para que as algemas de plástico se rachassem.
Sigma sentiu ódio. E não era o mesmo ódio de antes, era uma fúria avassaladora, era um desejo de matar, estilhaçar, torturar, destruir completamente a pessoa com quem falava. Ele não conseguia tirar os olhos do espelho, era uma visão horrível. O que eles haviam feito, o que eles haviam feito, O QUE ELES HAVIAM FEITO?!
Sem ter consciência do que fazia, Sigma arrebentou as algemas rachadas que o prendiam pelas mãos e pelos pés e socou o espelho com toda a sua força, fazendo-o em pedaços. Ele respirava arfante. Após tentar jogar uma bomba de ácido no cubo, sem resultado algum, começou a socar as paredes, logo percebendo que elas começavam a derreter... É claro! Havia uma camada de plástico revestindo o cubo, que na verdade era de metal! Sigma começou a socar a parede com mais força, em um mesmo ponto, cada vez mais cego pela fúria, e quando percebeu que entrara em contato com o metal, colocou a palma aberta sobre o orifício que havia feito no plástico e fez o ácido se espalhar pela parede do cubo, corroendo-a instantaneamente.
Mas que lugar era aquele? Agora, ele se via preso em um cubo de plástico transparente, que estava suspenso no meio de um cubo de aço, sustentado por várias máquinas e engrenagens complicadas. Sem hesitar, pegou o aro de plástico que o prendera e começou a bater na parede que o confinava. Ele não pensava, ele não raciocinava, ele não percebera que a voz havia parado de falar há muito, ele só pensava em bater aquele aro contra aquela parede de plástico com toda sua força.
Após pouco tempo, rachaduras começaram a aparecer e a aumentar na região onde Sigma batia, e com um golpe particularmente forte, a parede se quebrou. Sigma, antes que pudesse pensar, pulou pra fora do cubo de plástico e, ainda no ar, lançou uma bomba de ácido na parede que estava de frente para ele, abrindo uma saída por onde passou, aterrissando em uma... Estrada?
Ainda ofegante, Sigma se viu em uma estrada, em meio a um comboio de caminhões cinzentos e negros parado, de onde saíam muitos soldados que procuravam saber o que estava acontecendo. A surpresa fez Sigma recuperar um pouco de lucidez, e após um rápido olhar em volta ele se desviou e começou a correr para dentro da mata que cercava a estrada, sumindo de vista em poucos segundos.
—... E após algum tempo – concluía Sigma – eu enfrentei um grupo de soldados e roubei-lhes esse manto, no caminho para cá. Desde então, tenho ficado esperando que outro guardião aparecesse, e você foi o primeiro a chegar.
O peso da notícia pairou no ar por vários minutos. Um guardião havia caído, um guardião estava morto. Shalkan tentava imaginar o que havia acontecido, tentava absorver as duras informações, e Sigma tentava não se lembrar da cena horrível que havia presenciado. Bárbaros, uma barbaridade enorme, simples torturas não se comparavam com aquilo. Uma lagrima deslizou pela face de Sigma, porque no final das contas ele ainda era um ser humano, e a morte de um amigo o abalava muito.