Ae galera.. desculpem o atraso de três dias, mas eu tinha muito o que fazer no fim de semana, realmente.. taí, a parte dois do capítulo 5, espero que gostem
PS: Obrigado pelos elogios, eles significam muito pra mim =)
Na parte anterior...
— Nossas roupas são resistentes a qualquer forma de frio, não há saída, renda-se e venha conosco! – Apesar da confiança do soldado, ele e sua roupa resistente ao frio foram congelados do mesmo jeito. Nesse exato momento, os soldados apertaram o gatinho. Chamas deveriam ter saído dos canos e indo direto contra o homem, que ficaria inconsciente por causa do calor, mas ao invés disso suas armas se desmantelaram. Um a um, foram caindo no chão, completamente desacordados. Atrás deles, um homem de sobretudo branco se aproximava, mas o homem ajoelhado no salão não se mexeu. De repente, o de sobretudo disse:
— Shalkan.
E o outro homem respondeu:
— Olá Sigma.
Capítulo 5(parte 2) - Sombra, gelo e céu
— Vejo que já percebeu a gravidade da situação – disse Sigma, com uma voz sombria.
— Nunca em dez mil anos o santuário foi invadido – respondeu Shalkan, com uma voz pesada.
— Feche a porta – disse Sigma, ajoelhando-se ao lado de Shalkan. As portas lentamente se foram se fechando, até lacrarem-se por completo.
— É, velho amigo, aconteceu algo terrível. – continuou Sigma, pesaroso. – Em resumo, um general descobriu praticamente tudo sobre nós e agora está liderando uma operação de extermínio, porque ele não quer que nós atrapalhemos os planos dele de dominar esse país. Não faço idéia de como ele descobriu sobre nós, e Heenett e eu falhamos na tentativa de conseguir essa informação.
— Falharam? – Perguntou Shalkan, alarmado – Como aconteceu? – continuou ele, sem nem ao menos virar a cabeça.
— Eu vou te contar... – Disse Sigma, lentamente se lembrando dos terríveis acontecimentos de seis meses antes...
Lentamente, Sigma abria os olhos. Onde estava? Ele só via branco, branco, um cubo branco? Espere, havia um espelho na parede oposta à dele! Imediatamente ao olhar para o espelho se lembrou, ele havia sido capturado pelos soldados ao ser preso em uma sala feita de plástico, e agora estava preso pelos braços e pelas pernas em um aro, em uma sala desconhecida totalmente branca, de frente para um espelho. Ele conseguia ver que ainda estava com sua armadura de ouro, não haviam pego nada. As algemas e o aro que o prendiam eram de plástico. “Droga” ele pensou. “Não tem como escapar, como diabos eles sabiam que eu não corroia plástico?”. De repente, uma voz ecoou pela sala:
— O Guardião do Ácido – a voz era inquieta e energética. – Vejo que, após tantos milênios, os guardiões sucumbiram perante a tecnologia avançada!
Sigma ficou em silêncio.
— Vejo que não está interessado em responder, hein? Ótimo, nesse caso não serei interrompido. Imagino que você deva estar se perguntando como eu sabia dos seus segredos, do plástico e tudo mais...
Sigma começou a encarar o chão. Apesar de tudo, era verdade. Aquele cara sabia tudo, e ele havia sucumbido, havia falhado em sua missão. Como será que Heenett havia se saído? Se ele pelomenos tivesse conseguido fugir com as informações, teria valido a pena...
—... Bem, Guardião, sinto dizer-lhe que sua ordem foi descoberta. Após meses de investigação nós comprovamos, ou melhor, eu comprovei a existência da sua ordem, e tratei de tomar providências para destruí-la, afinal, não queríamos nada atrapalhando nossos planos, sim... “Guardiões que mantém o equilíbrio da Terra”, conforme é dito no santuário de vocês. Bem, parece que a terra está bem desequilibrada, hein? Pois é... Após o estudo da sua ordem, nós deduzimos que vocês poderiam ser uma ameaça aos nossos planos e cá estamos, dois guardiões presos e dez sem saber o que os espera...
— O que você fez com Heenett? – disse Sigma incisivamente, sem conseguir se conter. O ódio crescia cada vez mais em seu interior, e sem ao menos notar ele já encarava aquele espelho com um olhar de fúria que poderia ser capaz de rachá-lo. Sem que ninguém percebesse, as algemas de Sigma começaram a derreter.
Existe algo sobre a armadura dos guardiões que nem mesmo eles sabiam. Mais que uma simples proteção, por estar tão ligada ao seu possuidor, as armaduras muitas vezes refletem em si os sentimentos do seu guardião, de maneiras sempre diferentes: quando ele está calmo, a armadura fica normal; Quando ele esta se sentindo imponente, a armadura começa a levitar(se fosse como uma roupa) ou emanar uma aura( se fosse como uma armadura); Quando o guardião se sente ameaçado ou com medo, a armadura esfria como o gelo, e quando o guardião sente fúria, a armadura se esquenta. Apesar dos próprios Guardiões não perceberem essas “reações”, elas variam de acordo com a intensidade do sentimento do Guardião, e naquele momento Sigma começava a sentir um ódio intenso pelo seu interlocutor. Uma coisa era o prender, mas outra coisa era prender o seu parceiro, o seu companheiro, o seu amigo. Aquela pessoa já estava destruindo tudo que eles lutaram tanto para manter, e agora ainda estava ameaçando destruir uma pessoa de quem gostava. Aquilo tinha que parar de qualquer maneira.
— O que eu fiz com Heenett? Ah, então esse é o nome do Guardião do fogo, suponho – disse a voz, debochadamente. – Bem, acho que vai gostar de saber que o tratamos muito bem – completou.
— O QUE VOCÊ FEZ COM ELE? – berrou Sigma, descontrolando-se. Um pequeno filete de fumaça começou a sair das algemas de plástico.
— Fique calmo, fique calmo, já vou lhe mostrar – disse a voz, aparentemente impaciente – queira observar o espelho à sua frente, por favor – terminou ela, com uma súbita seriedade.
À frente de Sigma, o espelho se transformou numa tela e passou a exibir uma imagem em tempo real.
Sigma perdeu a fala.
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pela próxima parte!


