Em tempo recorde, está ai, a parte final do capítulo 4, espero que esteja aceitável.
No capítulo anterior...
Apoiado com uma das mãos no chão, antes que pudesse abrir os olhos ele só conseguia pensar: “por favor, que o computador não tenha queimado, por favor, que ele esteja protegido por uma barreira antichamas, por favor!”. Dito e feito: ao abrir os olhos ele se aliviou, o computador estava atrás de uma forte parede de vidro e não tinha sido danificado. Ele olhou rapidamente para os lados. Como previsto, portas de ferro haviam lacrado a sala para evitar que um possível incêndio se espalhasse, os medidores de calor da sala haviam estourado. Por fim, ele olhou para os tetos: os slots de metralhadoras estavam completamente destruídos. Ótimo. Rapidamente, ele soldou as portas de ferro para evitar que o inimigo as abrisse por fora, e respirou aliviado, ou quase aliviado. A primeira etapa havia sido concluída, agora ele precisava pegar aqueles dados. Ficando d frente para a porta da barreira de vidro, ele começou a procurar uma maneira de entrar.
Capítulo 4(parte 5)
“Insira o código” era o que dizia o painel ao lado da porta. Heenett testou um aleatório. Cinco caracteres podem ser letras ou números. Impossível, não daria tempo de testar todas as combinações, teria que abrir caminho. Ele encostou as mãos na porta e começou a soltar um fogo azul, extremamente quente, e o calor na porta foi aumentando, aumentando, aumentando, e aos poucos o vidro começou a derreter. Assim que a chama atravessou a porta, os alarmes do banco de dados se acenderam, e o sistema anti-incendio foi ativado. Heenett podia observar as gotas de água sendo vaporizadas ao se aproximarem da chama. Logo, um segundo alarme foi ativado e uma porta de ferro lacrou a entrada do banco de dados, bloqueando a passagem de Heenett. Uma luz se acendeu no painel, e estava escrito: “Sistema de despressurizarão ativado”. “Porcaria, agora não!” Pensou Heenett. Aquele sistema iria retirar daquela sala todo o oxigênio, apagando qualquer incêndio e de quebra matando qualquer invasor que resolvesse entrar. Pelo calor não era possível entrar, teria que ser pelo código. Heenett navegou pelo painel, e logo começou a testar possibilidades. Aquilo ia demorar demais, não dava, e ele já podia ouvir os soldados se reunindo do lado de fora da sala.
O comandante da defesa digitava os comandos e códigos que o general lhe instruía. Aquilo era muito estranho, haviam muitas coisas desconhecidas ali, um cabo de alta tensão subterrâneo? O que era aquilo? Após terminar de digitar, apareceram na tela os seguintes dizeres: “Reconduzindo energia através do cabo externo emergencial. 10%”. O comandante começou a entender, e começou a sorrir. Logo, disparou a rir loucamente.
Sigma corria pela rampa. Ao explodir a bomba de ácido na sala, ele havia encontrado um corredor na forma de rampa que subia em zigue-zague, a única saída possível. Os soldados não pareciam estar lá, provavelmente Heenett atraíra a atenção deles. Ele ofegava. Já havia subido pelomenos quarenta lances e nada de ver o topo. Ele também já havia consumido muita energia para desativar as metralhadoras das rampas, mas uma vez que chegasse à superfície, estaria a salvo. A rampa terminou numa porta lateral, pela qual ele passou, quando viu num salão cúbico completamente fechado.
“Mas o que...” Pensou Sigma. “Deve haver alguma porta escondida, vou encontrá-la”. Logo em seguida, preparou outra bomba de ácido e a fez explodir, detonando todas as paredes, o chão e o teto, revelando a estrutura por baixo deles. “Plástico? Como assim plástico?” Pensou Sigma, encarando o piso. Aquilo era plástico, simplesmente. Espere... Dava para ver as vigas de sustentação por baixo dele, então aquilo significava que...
— Não... – disse Sigma, enquanto o ar da sala era sugado. – Como eles sabiam que eu não conseguia corroer plásti...
Enquanto o cubo de plástico se fechava a sua volta, Sigma não conseguiu pensar em nada, senão na surpresa que aquilo havia lhe provocado.
— PORCARIA! – disse Heenett, dando um soco no monitor. Não ia dar era impossível. Mesmo quando tentava abrir o caminho pelo fogo, a sala voltava a ser despressurizada e ele precisava se afastar. Ele ouvia os soldados se posicionando lá fora, provavelmente ponto cargas na porta de ferro soldada, para que explodisse. Aquela ia ser provavelmente a única chance deles, não era possível, CHEGA!
Ele se transformou em um cometa e começou a pressionar o vidro da sala, quebrando-o com relativa facilidade. Assim que o fez, dissipou o cometa e fez o calor sumir. Ao ficar em pé, viu que a sala não estava sendo despressurizada. “Não acredito que era só isso”.Ele pensou, quase chegando a rir. No instante seguinte, ele pegou um mini CD e inseriu no drive do gigantesco banco de dados. Após fazer uma breve busca, ele achou o arquivo que procurava, sem nenhuma proteção. Aquela sala já devia ser um acesso extremamente restrito, devia ser por isso. Sem ao menos olhar, começou a baixar os arquivos.
Do lado de fora da sala, um grupo de trinta soldados estava posicionado, com as armas apontadas para a porta. Um, que estava mais próximo, fez um sinal com a mão. Um minuto e as cargas explodiriam. Os soldados se afastaram.
10%, 20%, 26%. “Vamos lá, sua máquina lerda, seja mais rápida!” 47%, 55%. Faltavam dez segundos para a carga do lado de fora da porta explodir. Sete segundos depois, o download foi concluído. Heenett pegou o CD, colocou dentro do manto, e a porta explodiu. Antes que pudesse pensar, ele se transformou em um cometa e começou a se dirigir para a saída.
O comandante observava tudo pelas câmeras escondidas. Em um painel, o contador da recondução de energia chegou a 100%. Era hora do show. Ele apertou um botão, e as portas de emergência do complexo começaram a se fechar.
Até mesmo em meio ao caos, Heenett ouviu o barulho. Já havia se deslocado mais de cinqüenta metros, e as metralhadoras automáticas atiravam loucamente, sempre atingindo algum ponto atrás dele. Um pensamento apareceu pela cabeça de Heenett: “As portas estão se fechando?”. Muito antes do tempo, ele trombou com uma porta fechada. Ele continuou a girar em alta velocidade para arrombar a porta, mas por mais que cavasse, não conseguia quebrá-la. Barulhos ensurdecedores de impacto com o chão se alastravam por toda a base. “Será que eu bati numa parede?” Ele pensou. Não, não era possível, ele tinha certeza que não tinha errado o caminho. Era impossível parar para verificar sem ser atingido pelas metralhadoras, portanto continuou girando.
Dos monitores, o comandante via Heenett tentar atravessar a porta de um metro de espessura. A fascinação e o delírio estavam estampados em seus olhos, ele iria capturá-lo.
“Não tá dando, não tá dando, droga, droga, droga, droga, DROGA!” Heenett começava a se desesperar. Agora cerca de oito metralhadoras atiravam contra ele, mas a barreira de fogo resistia. O que quer que fosse que estivesse tentando perfurar, estava oferecendo muita resistência.Três segundos depois, porém, a porta cedeu. Aliviado, ele retomou a concentração para sair do complexo, mas bateu em outra porta. “Eu não acredito, as portas de emergência foram ativadas, então... Sigma?”.
Sem que ele pudesse ver, a sala começava a ser despressurizada. Aos poucos, a barreira de fogo foi diminuindo, até um ponto em que as metralhadoras acertaram o alvo. Heenett, que não havia percebido aquilo, só conseguia pensar no que poderia ter acontecido com Sigma, já que ele havia falhado. Mais de quinze balas estouraram, envolvendo-o numa gosma grudenta de secagem rápida e alta resistência ao calor. Ele estava imobilizado. Quando as portas de emergência se abriram, o comandante adentrou o recinto e ordenou que os soldados sedassem o alvo capturado e o levassem para o subsolo. Aquele iria ser o dia dele, ele iria ser promovido, com certeza. Que dia feliz.
Do lado de fora do complexo, o motoqueiro observou o alarme cessar. Procurou em volta, mas nada dos Guardiões que haviam entrado. Ele bateu com o punho na árvore. Ele não deveria ter feito aquilo, não deveria, mas agora era tarde demais. Não havia mais volta, e ele teria que seguir até o fim.
A luz do sol, naquele momento, refletiu na pulseira do motoqueiro. Havia uma palavra escrita nela, de sete letras.
“S t r y d e r”
E tão logo surgiu, o Guardião sumiu.
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Fim do capítulo 4.
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