Citação:
FANTASIA DE COMPENSAÇÃO - NOTA DE ESCLARECIMENTO
A série Fantasia de compensação foi realizada há quatro anos, utilizando procedimentos que mesclam produção plástica (real) e manipulação digital (virtual), não causando sofrimento e morte ao animal em questão, cujo corpo foi obtido mediante autorização formal (documento por escrito), concedida pelo Centro de Vigilância Ambiental da Prefeitura do Recife, visando utilização exclusiva para fins artísticos – tal qual são concedidas autorizações para fins científicos.
O animal – que antes esteve em quarentena no aguardo de seus proprietários ou possível interesse de adoção – foi eutanasiado como procedimento padrão e final do processo legal e considerado necessário pelas autoridades sanitárias no controle de doenças transmissíveis a populações urbanas. Portanto, o cão não foi eutanasiado pelo artista, mas pelas autoridades responsáveis. O artista também não teve qualquer influência sobre os procedimentos adotados pelo centro municipal de controle de zoonozes. Ao invés de seguir para a cremação (como todos os outros animais recolhidos nas ruas e submetidos à eutanásia), o cão foi utilizado pelo artista seguindo cuidados higiênicos, legais e éticos.
Neste mesmo site, o texto Dos bastidores de um auto-retrato esclarece o processo de realização da obra, ressaltando a relação de respeito que tem o artista em relação às questões éticas problematizadas pela sua obra.
Santa hipocrísia.