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Capítulo X: Os laços de Amizade
Saiu apressado de Kazordoon, Luckaz corria o máximo que podia, com um único pensamento em sua mente: Salvar Ivone.
Sua amada estava em perigo... E Guitano contava com sua ajuda. Deveria chegar em Thais, e encontrar Guitano rapidamente para em seguida, irem ao salvamento de sua amada.
Nunca se perdoaria se algo de grave acontecesse com Ivone. Por que fôra idiota o suficiente para dar ouvidos a um velho caduco? Deveria ter criado raízes em Thais, e se casado com Ivone. Sua mente o atormentava com os perigos que a garota poderia estar. Guitano não dera muitos detalhes sobre as condições que Ivone estaria. A angústia que o corrompia por dentro estava estampada em seu rosto. Aprendera com o tempo a esconder seus verdadeiros sentimentos, mas não ligava nem um pouco com isso agora. Não se importava com o que os outros poderiam estar pensando sobre ele agora, não se importava nem ao menos com o que seus amigos pensariam, e pediria ajuda assim mesmo se encontrasse algum em seu rumo a Thais.
O dia estava frio, e um vento gélido e forte corria pelo tibia. Tentava ao máximo chegar em Thais ainda hoje, pois talvez a única pessoa que pudesse fazê-lo feliz algum dia, poderia não suportar mais tempo.
Foi pego de surpresa, quando na tão famosa “Ponte dos Anões” havia uma aranha gigante atraída por ali.
Não sabia quem a atraíra, mas não podia demorar-se ali. Teria que matá-la.
Desceu pela rampa da esquerda e viu oito enormes olhos vermelhos o desejarem.
Correu o máximo que pôde, e atirava flechas precisas nas patas e nos olhos da aranha, mas como era enorme, possuía uma resistência grande. Viu de relance mais quatro pares de olhos os desejando também à sua direita.
- Por Fardos! – Praguejou o arqueiro.
Havia mais uma aranha gigante a desejar o meio-elfo.
- Utani hur – Disse Luckaz, e magicamente seus pés ficaram mais leves, fazendo o garoto correr com velocidade sobre humana.
Mas...
<Pam>
E o garoto caíra no chão. Tropeçara em uma raiz. Como poderia ser tão estúpido a ponto de não olhar por onde pisava?
Arriscou virar a cabeça e enfrentar a morte de frente... Mas onde estavam as aranhas?
Um homem, com vestes negras, braços nus com cicatrizes segurava as duas aranhas e gritava freneticamente para Luckaz correr.
- Corra! Vá salvar sua garota! – Era Epsilon.
Com os olhos lacrimejantes com a atitude de seu irmão, Luckaz levantou-se rapidamente, e viu seu irmão levando patadas e picadas das aranhas. Uma delas já estava debilitada, e estava com varias flechas fincadas em sua cabeça.
- Já disse! Vá salvar sua garota! – Repetiu Epsilon.
- Como sabe de Ivone? – Perguntou Luckaz enquanto atirava mais algumas flechas nas aranhas.
- Li sua carta, depois que a jogou fora. Corra. Eu tomarei conta dessas daqui. – E Epsilon estava envenenado e perdia sangue constantemente.
- Não posso te deixar aqui!
- Vá! Ivone está em perigo.
Com os olhos cheios de lágrimas... Luckaz correu dali... Sem ao menos olhar para trás.
Seu irmão era uma das pessoas que Luckaz mais amava naquele mundo. Seu irmão estava presente na época mais importante de sua vida. A época em que Luckaz amadurecera, e se tornara um homem. Desejava de todo o coração que seu irmão se salvasse. Pois arriscara a própria vida para salvar a do irmão...
Chegara finalmente a Thais sem mais nenhum inconveniente.
Adentrou os portões, e rumou para a casa de Guitano. Thais não mudara nada desde que Luckaz a deixara. As mesmas casas, as mesmas lojas, os mesmos vendedores, as mesmas pessoas, os mesmos gritos...Chegara então à porta em que se despediu de Ivone e de Guitano há aproximadamente dois anos atrás. Estava igual.
Sua mão tremia quando por fim, bateu na porta entreaberta...
Com um rangido, de uma porta malcuidada, a porta se abriu, e Luckaz resolver entrar.
Dois anos antes era sempre bem-vindo na casa de Guitano, por que não seria agora?
Adentrou a sala e encontrou Lílian, mãe de Ivone, sentada em uma cadeira cabisbaixa.
Chorava muito... Guitano a consolava, Cardosis estava sentado mais adiante, com o desgosto e a infelicidade estampados em sua face. Tinha a aparência doentia, de alguém que não comia há dias.
- Com licença – Disse Luckaz, e todos o encararam.
- Posso ter perdido a minha filha, mas o juízo eu não perdi! Saia já da minha casa. Eu nem ao menos lhe conheço. – Esbravejou Cardosis levantando-se de sua cadeira.
- Espere tio... – Disse Guitano – Quem é você?
- Luckaz – Apresentou-se.
E Lílian continuava chorando, mas levantara-se e aproximou-se de Luckaz.
Passou a mão em seu rosto, e acariciou-lhe o cabelo.
- Salvarás Ivone? – Perguntou a mãe desesperada.
- É o meu dever e obrigação, senhora. – Respondeu Luckaz fazendo-lhe uma cortesia.
Guitano estava pasmo. Não acreditava como o amigo havia mudado com o tempo.
Apenas o abraçou...
^_^
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Aff, deixou a war pra mais tarde, mas, ok, fazer o que?
tá legal
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WOW!!..a historia enfim,Ta muito boa!!..mto rox!!
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posta rapido aew ! tha lkaaaaaaaaaaaaaaaaaaa ~^ tem qntos capitulos ?? qro lee tah rox a lot :silly: :enaccord1 :palmas: :blush:
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Capitulo XI: O labirinto
Foram para Greenshoore em passos largos. Luckaz sentia que precisava se apressar.
Estava com ódio, e preocupação dentro de seu coração. Guitano havia contado a Luckaz, que Johann, o minotauro-anão que cuidara de Lílian, mãe de Ivone, quando pequena, fôra quem raptara Ivone. Luckaz não teria pena dele. Em seus pensamentos, o minotauro era um monstro, e deveria ser morto com qualquer outro. Seu ódio por Johann era grande.
Chegaram em Greenshoore, e rumaram diretamente para a propriedade de Johann. Luckaz viu sua antiga casa ao longe. Não poderia perder tempo, e teria que deixar a visita para outra hora.
Sua preocupação era tanta com Ivone, que nem ao menos pensou sobre passar em sua casa e pedir ajuda para Ivanhoeh, seu tutor.
A casa de Johann era pequena, com uma fachada um tanto quanto pequena, embora escondesse o verdadeiro tamanho da casa.
Tinha uma porta de entrada pouco convidativa, parecendo ser feita de carvalho, que com o tempo ressecara e ficara velho e empoeirado. Guitano com um chute a derrubou facilmente.
Entraram em um hall pequeno, e pouco iluminado. Havia apenas uma labareda mínima ao canto esquerdo. Era uma tocha já muito velha esgotando-se. Suas paredes eram cinzas, dando uma impressão sombria, e com ausência de cores. Luckaz leu alguns nomes de famílias antigas nos brasões e quadros comidos pelos cupins que jaziam nas paredes. Havia uma tapeçaria muito interessante ao fundo do hall. Havia o nome das mesmas famílias dos brasões, bordadas na tapeçaria, embora todas elas estavam circundando uma única pessoa, chamada Zathroth.
Pelo que os cupins deixaram para trás, Luckaz pode ver que todas as famílias tinham laços entre si. Aquilo era um clã, de seguidores de Zathroth. Luckaz ficou surpreso ao descobrir que Zathroth era cultuado por pessoas do tibia.
O ambiente ali era desagradável, e exalava um cheiro realmente esquisito.
-Que cheiro estranho é esse?- disse Guitano
-Desconheço...Acho que é poeira – respondeu Luckaz
Luckaz aproximou-se da tapeçaria novamente para ver se encontrava algum nome familiar, e leu muitos nomes ali: Rohin, Suitlar, Delcortes, Platais, Reigh...Nenhum conhecido.
Foi quando ouviram vozes...
Da escada que se situava no canto do hall, surgiram três homens vestidos de negro.
Eram necromantes. Feiticeiros maléficos, seguidores de Zathroth, que usavam a morte como sua fonte de poder.
-Dêem bom dia à sua morte - Disse um dos três homens, ao fazer surgir uma múmia a sua frente.
Com o ódio preenchendo sua alma, Guitano esbravejou:
-Lutaremos até com os deuses se for preciso!
E sem ao menos pensar em nada, Guitano investiu contra os feiticeiros, mas múmias, zumbis e esqueletos o barraram.
Carregando Kaon com uma flecha de fogo e atirando-a contra os mortos vivos, carbonizando seus corpos, Luckaz disse:
-Abra espaço Guitano!
Prontamente, Guitano obedeceu, e assim abriu espaço para Luckaz atacar os necromantes.
Risadas ecoaram pelo hall, e um dos necromantes lançou um feitiço em Guitano, mas foi repelida pelo escudo do rapaz.
Luckaz atingiu outro necromante com suas flechas, quando Guitano partiu para cima do mesmo, nocauteando-o com sua maça.
-Tome isso, desgraçado! – Gritou Guitano, ao acabar com a vida do necromante.
Com surpresa pela força dos garotos, os dois necromantes restantes espalharam-se pelo hall.
-Tome isso, menino insolente! – Disse um dos necromantes, usando uma runa em Luckaz.
Agilmente o garoto se desviou, e com a rapidez de verdadeiro arqueiro, Luckaz atirou uma flecha explosiva no meio dos dois necromantes. Um deles foi atingido, sendo levado ao chão, e mais uma vez, fôra atingido na face, por uma segunda flecha que Luckaz atirara.
Guitano olhou para o necromante restante e aproximou-se do mesmo, quando disse:
- Exori! – E sua maça soltara-se da sua mão, e em seguida girou em volta de seu corpo com uma velocidade incrível.
Luckaz ficou impressionado com a habilidade que os guerreiros possuíam sobre suas armas, sem nem ao menos tocá-la.Luckaz utilizou uma runa de morte súbita, e o necromante foi dilacerado.
Deviam descer as escadas. Ivone estava em perigo.
Guitano foi primeiro. Desceu e encontrou três ciclopes raivosos investindo contra ele.
- Exori!
Quando Luckaz desceu, encontrou os corpos dos três ciclopes já ao chão.
Guitano estava com uma expressão seria em seu rosto. Parecia medo. Não sabiam o que enfrentariam até encontrar Ivone.
Continuaram andando por um longo corredor. Luckaz perguntava-se como aquela casa poderia ter um subterrâneo tão imenso?
Chegaram a mais uma escada, e a desceram juntos.
Estavam em uma sala escura, muito pouco iluminada, pois a única luz ali era uma vela acesa em uma mesa.
Deram alguns passos e aproximaram-se da mesa, onde havia muitos livros, de cores variadas, e em línguas estranhas para Luckaz. Era uma biblioteca?
Haviam muitas prateleiras de livros e coisas nojentas. Luckaz viu olhos em uma substancia parecida com formol. Unhas humanas jaziam em um pote naquela estante, estava ao lado de cabelos ou pelos negros. Haviam também línguas de sapos,rabos de ratos.
Era um laboratório.
Foi quando escutaram um grunhido às costas.
Viraram-se e depararam com dois grandes olhos verdes como esmeraldas ali.
- VOCÊS VAO QUEIMAR!!!
Com certeza não era uma voz humana. Nem ao menos era amigável.
A adrenalina percorreu pelas veias dos dois garotos. A reação de Guitano foi rápida, colocou o escudo a sua frente, e tentou se proteger do que o atingira.
Luckaz não teve a mesma sorte. Foi atingido por algo que parecia um cometa de fogo. Foi lançado ao fundo do laboratório.
Das profundezas da escuridão ali, um dragão vermelho como o sangue que haviam naqueles potes, caminhou calmamente em direção à Guitano, atingindo com sua cauda.
- GROARRRR!!!
E com um rugido enorme, o fogo preencheu aquele lugar mais uma vez.
Luckaz levantou-se um pouco atordoado ainda.
Viu Guitano ser jogado para trás de uma estante, e o dragão incendiar todos os livros que caíram em cima de Guitano.
E o dragão marchou contra Luckaz, com sua cauda balançando ameaçadoramente. Seus olhos brilhando fúria, e suas escamas refletindo a destruição que seu fogo causara.
- AHHHHHHHHH!!!! – Guitano levantara-se da pilha de livros – Eu estou aqui seu dragão estúpido – E falando isso, atirou um livro no monstro.
- GROARRR!!!!
E com um rugido ameaçador, o dragão mudou seu alvo, e investiu contra Guitano.
- VOCE VAI QUEIMAR!!! – Disse o dragão mais uma vez.
E Guitano levava patadas, mordidas, rabadas e era atingido pelo fogo do dragão.
Como de imediato, ao ver o amigo sendo massacrado por força tamanha, Luckaz carregou Kaon com uma flecha e a atirou contra o dragão, perfurando suas escamas. Usou também, runas de morte súbita, e muitas vezes ajudava Guitano recuperar sua energia com runas de cura.
Aqueles minutos de luta pareceram horas. O desespero tomava conta dos garotos, e Guitano estava prestes a cair. Não agüentaria por mais muito tempo.
Seu escudo já estava totalmente carbonizado, assim como suas roupas.
- Rápido... – Disse Guitano, com a voz rouca.
Guitano caiu de joelhos. Provavelmente morreria.
- AHHHHH!!!
E gritando, Luckaz usou uma ultima runa de morte súbita no dragão.
Que caiu estatelado no chão. Morto.
Luckaz correu para ajudar seu amigo, muito ferido. Usaram mais algumas runas de cura, e Guitano se sentia bem novamente, mas ainda cansado.
Então, foram os dois para uma escada ao longe.
Desceram-na e viram uma parede à sua frente.
Havia dois lados para seguirem. O da esquerda e o da direita.
Era uma parede de pedra escura. Com musgo. E algumas tochas em sua extensão.
Resolveram seguir o da esquerda, mas alguns minutos depois, foram parar no lugar da escada novamente.
Estavam em um labirinto...
Comentem aew!
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Parte da guerra(aff)
Essa parte, sinceramente, é uma das mais loucas da tua história, sinceramente, o amor entre Luckaz e Ivone é lindo de mais para ser escrito por inteiro, o que o amor faz com os humanos, vocês vêem isso, caros leitores? O amor embrutece os seres humanos!
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war ?? what war?? n li qndo era o otro forum -.-" posta logo aew !! :mad2: :eek12: :Blurp_ani :icon058: :756: :xmas:
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LoL...meu amigo falou sobre sua historia e li ela inteira hj...pow tah mto rox...espero q vc fassa mais capitulos ;) Flw...
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Capítulo XII: A esfinge
Totalmente perdidos, entraram em desespero.
As lágrimas marejaram os olhos de Guitano. Seu amor por Ivone era grande. Sua prima era sua melhor amiga além de tudo.
- Nunca sairemos desse maldito lugar! – Gritou em desespero.
- Sim, sairemos. – Consolou-o Luckaz, mesmo sabendo que as chances iam contra isso.
Em seu interior, Luckaz se sentia angustiado. O que diria para Lílian se voltasse sem Ivone?
Sacudiu a cabeça para espantar pensamentos pessimistas e continuou seu caminho sem rumo, pelo labirinto.
Andaram por mais alguns minutos, e acharam uma parede sem saída. Estavam definitivamente perdidos.
Guitano recostou-se na parede e começou a esmurrar o chão.
Foi quando aconteceu...
Luckaz sentiu uma energia percorrendo-o. Desde sus dedos, até os seus cabelos.
Olhou para sua mão, e Kaon exalava uma energia estranha. Lembrou-se da primeira vez que tocara o arco mágico, e sentira toda aquela energia, mas desta vez era diferente.
Era como se Kaon estivesse inquieto. Sua energia era como se não estivesse disposto à algo, como se estivesse pouco a vontade.
Luckaz segurou o arco com firmeza e chamou Guitano para que continuassem a andar.
E Kaon continuava a exalar aquela energia. Era como se fosse atraído por algo. Como um instinto próprio.
- Pode parecer idiotice – Disse Luckaz – Mas meu arco está nos dizendo para onde devemos ir – Continuou o meio-elfo.
- O seguiremos então. – Respondeu Guitano com firmeza em sua voz.
Era a única esperança dos garotos.
Luckaz segurou Kaon com as duas mãos e tentou esvaziar sua mente, livrar-se dos pensamentos, para poder interpretar a energia de Kaon.
Fechou suas pálpebras e seguiu seu instinto. Andou com os olhos fechados por aproximadamente meia hora, com Guitano a o seguir, em seus calcanhares.
- Olho por Olho!
Luckaz abriu os olhos e viu claramente três olhos enormes, envoltos em um tipo de borracha verde.
Eram beholders. Três deles.
Cada um deles com cinco braços, e em sua terminação mais um olho. Somavam-se ali dezoito olhos mirando os garotos.
Os beholders possuíam um olho central, e foi onde Luckaz mirou sua flecha no mais próximo.
Atirou o projétil no olho do beholder, fazendo muito sangue sair dali, e ver o beholder fugir amedrontado.
Guitano, sabendo que não se podiam demorar ali, correu para perto dos outros dois restantes e atacou-os com sua maça.
Nocauteou um deles facilmente, mas o outro se protegeu invocando esqueletos que bloquearam a passagem de Guitano.
- Idiota! – Rugiu o garoto, chutando o esqueleto e destruindo o beholder.
Haviam dois corpos borrachudos ali. O outro fugiu ferido, pela flecha que levara no olho.
Novamente, Luckaz fechou seus olhos, e tentou ser guiado pelo arco novamente...
Mais uma vez, suas pernas responderam à energia do arco, e andaram por mais algum tempo sem que nada de mais acontecesse.
Quando Luckaz abriu os olhos pela segunda vez, viu que se encontrava em uma sala que parecia ser o final do labirinto.
Não era exatamente uma sala, era um caminho sem saída do labirinto.
As paredes dessa parte eram diferentes das outras. Eram claras, sem musgo. Limpas.
Olhou para Guitano e viu que o garoto expressava dúvida, mas, da mesma forma da qual duvidava, ficara impressionado com a magnitude de algo que se erguia em sua frente, em que seus olhos se fixavam.
Guitano olhava para o fundo da sala sem saída. Luckaz não reparara ali ainda.
Virou-se calmamente para checar o que o amigo olhava, e viu ali, imponente uma estátua de mármore branco. Tinha a forma de uma esfinge. Estava sentada sobre suas patas traseiras em um altar muito bonito, cravejado com pedras preciosas e jóias.
Nunca vira uma estátua com aparência tão real quanto aquela.
Lembrou-se do Oráculo, uma estátua em Rookgard. Era tão magnífica quanto essa.
Seus pensamentos voltaram para a esfinge, imóvel.
Seus olhos eram duas safiras, davam a impressão de seriedade e frieza.
Era tão linda... Parecia ser tão real...
E com uma voz assustadora, mas sem mexer os lábios, a estátua falou:
- Vocês conseguiram passar pelo labirinto, e agora estão em frente a mim. Se quiserem continuar, terão que acertar três perguntas. Se acertarem, deixo os passar. Se se calarem deixo-os partir ilesos. Se errarem, enfrentarão a morte.
Guitano estava com o olhar firme. Luckaz não chegara até ali para fraquejar e fugir.
Iriam enfrentar a esfinge.
- Quais são as perguntas? – Disse Guitano, com os nós dos dedos fechados, mostrando impaciência.
Os olhos da esfinge brilharam, e palavras saíram de sua boca:
- “Mais forte do que qualquer espada, mais resistente do que qualquer metal, nem uma força natural ou sobrenatural pode destruí-lo quando este é verdadeiro”.
Pensaram por alguns instantes...
Guitano mostrava dúvida em seu olhar. Não arriscaria a vida deles por uma resposta incerta.
Luckaz pensava no que a esfinge disse-lhes. O que era tão resistente e tão forte ao mesmo tempo?
Sabia a resposta. Era a razão pelo que estavam ali este tempo todo.
- O Amor. – Respondeu Luckaz com firmeza em sua voz.
- Certo.
Era exatamente o que Luckaz sentia pro Ivone.
Sentia que o amor que sentia era a coisa mais resistente do Tíbia, e a mais forte também.
Guitano olhou o amigo com carinho, com um olhar de agradecimento pela ajuda na resposta. Luckaz sorriu como resposta.
E as palavras saíram da boca da esfinge pela segunda vez:
- "Estes são virtudes aprendidas. É a luz, a estrela guia de alguém. É o que leva as pessoas serem o que são”.
Luckaz pensou, mas não achou a resposta.
Guitano sabia essa resposta.
Fora criado desde pequeno com esses ensinamentos.
O que levava ele a ser o que era... Sua fidelidade com o rei, sua lealdade com as pessoas, sua amizade com os outros...
- Valores – Disse Guitano.
- Certo – Respondeu a esfinge mais uma vez.
Os dois amigos trocaram olhares de felicidade, por já terem passado em dois testes da esfinge.
E os olhos da besta brilharam mais uma vez, e o som seguiu-se:
- “Para alguns, mais importante do que sua própria vida. Para outros, é abstrata, inexistente. É o que diferencia um herói de um grande guerreiro. É o que faz uma morte trágica uma morte gloriosa”.
E os garotos ficaram pensando por minutos, que pareceram horas, para quem estava preocupado com o que aconteceria com Ivone...
Nos devaneios de suas mentes, os garotos pensaram o que aconteceria se morressem ali.
O único consolo dos garotos era ao menos que morreram tentando... A honra deles o fez valer, ao menos...
- Honra! – Disseram os dois garotos, ao mesmo tempo.
- Certo mais uma vez. – Concordou a esfinge.
O patamar onde a estátua estava moveu-se para trás, revelando uma escadaria abaixo do altar.
Os garotos sorriram um para o outro, e deram as mãos, como agradecimento pelo esforço que tiveram até ali.
Desceram a escadaria, que era muito longa, dando a impressão de levá-los a uns três andares abaixo.
No final da escada encontraram uma porta de mármore, como a estátua.
Empurraram-na e entraram em uma sala redonda, bastante iluminada pelos archotes de velas.
Havia um altar do sacrifício, e Ivone estava amarrada ali. Estava nua, e em seu corpo haviam desenhos místicos, em tinta negra. O altar estava no meio de uma estrela de cinco pontas desenhada no chão. Ivone estava desmaiada.
Ao fundo, via Johann segurando um punhal, ainda sentado em sua mesa, lendo um livro grosso.
Na mesa onde Johann estava, havia um garoto sentado de pernas cruzadas. Era aproximadamente da mesma idade deles. Aparentava ser delicado. Suas feições eram finas.
Tinha orelhas levemente acentuadas, como as de Luckaz. Era um meio-elfo com certeza.
Seus cabelos eram castanhos, e o garoto carregava uma mexa deles em cima do olho direito, como que quisesse fazer charme.
Usava roupas finas, de seda, e uma capa longa e negra estava em suas costas.
Seu nome era Zefyr...
comentem...
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Muito bom, realmente, vo manda você sf porque você é um ótimo escritor(eu estou brincando).