Muito booooooooom! Mas eu fiquei curioso, pocha, porque não falou logo a estratégia de entrar em La Roche-Ogre? Isso deixa os outros curiosos cara. \o/
Muito bom o capítulo cara, muito bom mesmo.
E veja bem heim, não vá demorar muito pra postar!
Bl~
Versão Imprimível
Muito booooooooom! Mas eu fiquei curioso, pocha, porque não falou logo a estratégia de entrar em La Roche-Ogre? Isso deixa os outros curiosos cara. \o/
Muito bom o capítulo cara, muito bom mesmo.
E veja bem heim, não vá demorar muito pra postar!
Bl~
Argos é GRUNGEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE \o/Citação:
Postado originalmente por Kaoh
hahah
bah, falando sério agora,
muito bom mas só uma coisa...
pelo que você disse, aquele era o sexto ataque naquela cidade, se em cada ataque morreu tanta gente quanto morreu nesse...puta merda esse exército é bem grandinho eim?! :P
Simples amigo... era uma parte do Exército Real de Thais. Se caia 50 pessoas por ataque, 6x50 = 300. 300 mortes, e aí? Um exército desse porte tinha algo perto de 1000 homens.Citação:
Postado originalmente por Rattlehead
Bom, sobre o "grunge": Argos se veste de preto e barbeia o rosto, por isso era notado facilmente (além de ser um homem alto). Os outros se vestiam de qualquer modo, mas o arqueiro era vaidoso.
Comentários, agradeço.
Sem mais;
Asha Thrazi! ;)
Bom capitulo, espero os inéditos pq no momento são ótimos fillers xD
Continue assim em suas narrativas
Bom. Isso é raro.
Porém, é o primeiro capítulo que escrevi depois que parei então tá caprichado.
Postei dois capítulos em um final de semana, para todas as crianças do brasil!!!!! ASHUeASHE :)
Divirtam-se ae.
Próximo capítulo só virá com MUITOS comentários. E dessa vez é sério.
Capítulo 12 – Sir Simon e o último assalto.
Na tarde daquele dia, quando o soldado morto com o crânio rachado ainda estava preso à escada abandonada, Sir Simon Skeat cavalgou em direção à cidade e lá trotou o cavalo de um lado a outro junto às pequenas setas de besta com penas pretas que marcavam o limite do alcance das armas dos defensores. Seu escudeiro, um rapaz magrelo, desbocado, com olhos que refletiam dúvidas, observava a uma certa distância. O escudeiro segurava a lança de Sir Simon, e se qualquer guerreiro da cidade aceitasse o desafio implícito da zombeteira presença de Sir Simon, o escudeiro deveria dar ao seu senhor a lança e os dois cavaleiros lutariam na relva até que um ou o outro desistisse. E não seria Sir Simon, porque ele era um cavaleiro cuja competência não tinha par no exército do mago de Edron, Havoc Bohun.
E era também o mais pobre.
Seu cavalo estava com dez anos, da época de ouro de seu pai, era duro de boca e enselado. A sela pertencera ao pai dele, enquanto sua cota, uma túnica de malha que o cobria do pescoço aos joelhos, pertencera a seu avô. A espada tinha mais de cem anos, era pesada e não conservava o gume. A lança empenara na chuvosa estação do inverno, enquanto o elmo, era um velho pote com um forro de couro desgastado pelo uso. O escudo, com o seu brasão de um punho em malha agarrando uma clava de guerra, estava gasto e desbotado. As manoplas de malha, como o resto da armadura, estavam enferrujando, motivo pelo qual o escudeiro tinha uma orelha grossa e avermelhada e trazia uma fisionomia que retratava medo, embora o verdadeiro motivo para a ferrugem não fosse que o escudeiro não tentasse limpar a malha, mas que Sir Simon não tinha recursos para comprar o vinagre e a areia fina usados para polir o aço. Ele era pobre.
Pobre, amargurado e ambicioso.
E bom.
Ninguém negava que ele era bom. Vencera o torneio de Fíbula e recebera um prêmio de 40 mil moedas de ouro. Em Thais, sua vitória fora premiada com uma bela armadura vermelha, usada pelos cavaleiros da coroa do Rei Tibianus. Em uma vila ao sul de Thais, fundada alguns meses antes do início da guerra contra as amazonas de Carlin, 15 mil moedas de ouro, e no torneio realizado próximo à montanha dos Cyclops ele quase matara um carliniano de tanto golpeá-lo antes de receber uma taça folheada em ouro cheia de moedas de platina, e onde estavam todos aqueles troféus, agora? Nas mãos dos senhores de Guilda e mercadores que tinham o direito de penhor sobre a propriedade em Venore que Sir Simon herdara dois anos antes, embora na verdade a herança não representasse nada, a não ser dívidas, e no instante em que seu pai fora enterrado os credores cercassem Sir Simon como lobos sitiando um veado ferido.
- Casa-se com a herdeira de uma fortuna – aconselhara sua mãe, e ela fizera desfilar uma dúzia de mulheres para serem inspecionadas pelo filho, mas Sir Simon estava decidido que a sua mulher fosse tão bonita quanto ele. E ele era bonito. Ele sabia disso. Olhava no espelho de sua mãe e admirava sua imagem refletida. Tinha espessos cabelos pretos, um rosto largo e uma barba curta. Na montanha dos Cyclops, onde havia derrubado do cavalo três cavaleiros em três minutos, alguns homens o confundiram com o rei, que tinha a fama de lutar anonimamente em torneios, e Sir Simon não iria desperdiçar sua bela aparência real com uma mulher velha e enrugada só porque ela tinha dinheiro. Iria se casar com uma mulher que fosse digna dele, mas essa ambição não pagaria as dívidas do espólio e por isso Sir Simon, para se defender dos credores, procurara obter uma carta de proteção assinada pelo rei Tibianus de Thais. A carta protegia Sir Simon de todos os processos legais enquanto ele servisse ao rei numa guerra no exterior, e quando Sir Simon atravessara a Ponte dos Anões, levando seis soldados, 12 arqueiros e um escudeiro desbocado de sua propriedade comprometida, deixara os credores impotentes em Thais. Sir Simon também levara consigo a certeza de que em breve iria capturar algum nobre de Carlin ou das ilhas geladas cujo resgate seria suficiente para pagar tudo o que ele devia, mas até ali a campanha do inverno não tinha produzido um único prisioneiro de classe, e o espólio fora tão minguado, que o exército, agora, era obrigado a consumir a metade da ração. E quantos prisioneiros bem nascidos poderia ele esperar conseguir numa cidade miserável, apenas uma colônia de Carlin, com o nome de La Roche-Ogre? Aquilo era uma fossa de merda.
Apesar disso, ele cavalgou de um lado para o outro abaixo dos muros da cidade, na esperança de que algum cavaleiro aceitasse o desafio e saísse pela porta sul, que até ali resistira aos ataques thaisenses, mas em vez disso os defensores zombaram dele e o chamavam de covarde por ficar fora do raio de alcance de suas bestas, e os insultos espicaçaram tanto o orgulho de Sir Simon que ele cavalgou para mais perto dos muros, as patas de seu cavalo às vezes batendo em uma das setas de besta caídas. Homens atiraram nele, mas as setas caíam muito longe, e foi a vez de Sir Simon zombar.
- Ele não passa de um louco – disse Daniel, observando do acampamento thaisense. Daniel era um dos criminosos de Vince Farz, um assassino que tinha sido salvo da forca. Era vesgo, mas apesar disso conseguia atirar com mais precisão do que a maioria. – O que é que ele está fazendo agora?
Sir Simon fizera o cavalo parar e estava de frente para a porta, de modo que os homens que estavam olhando pensaram que talvez um cavaleiro de Northport estivesse desafiando o cavaleiro de Thais que escarnecera deles. Em vez disso, viram que um único besteiro estava em pé na torre da porta e fazia gestos para que Sir Simon avançasse, desafiando-o a chegar ao raio de alcance.
Só um louco aceitaria um desafio daqueles, e Sir Simon, obediente, aceitou. Ele estava com 25 anos de idade, era amargurado e valente, e sabia que uma demonstração de arrogância descuidada desanimaria a guarnição sitiada e estimularia os desanimados soldados de Thais e, por isso, esporeou o cavalo bem para dentro do campo de morte, onde as setas tinham aplacado o ânimo dos ataques thaisenses. Nenhum besteiro disparou agora; havia apenas a figura solitária em pé na torre da porta, e Sir Simon, chegando a menos de cem metros, viu que se tratava de Blackarch.
Aquela era a primeira vez em que Sir Simon tinha visto a mulher que todos os arqueiros chamavam de Blackarch, e ele ficou perto bastante para perceber que ela era, mesmo, uma beleza de mulher. Ela estava ereta, era esguia e alta, protegida do vento do inverno por uma capa, mas com os longos cabelos pretos soltos como os de uma jovem. Ela dirigiu a ele uma reverência zombeteira e Sir Simon respondeu, curvando-se desajeitado na sela justa, e então a viu apanhar a besta e levá-la ao ombro.
E quando nós estivermos dentro da cidade, pensou Sir Simon, eu a farei pagar por isso. Você estará deitada de costas, Blackarch, e eu estarei por cima. Ele manteve seu cavalo bem quieto, um cavaleiro solitário no campo de morte de Northport, desafiando-a a mirar direto e sabendo que ela não iria fazê-lo. E depois que ela errasse, ele faria saudação zombeteira e os carlinianos de La Roche-Ogre considerariam aquilo um mau presságio.
Mas e se ela acertasse a mira?
Sir Simon ficou tentado a erguer o elmo desajeitado, mas resistiu ao impulso. Desafiara a Blackarch a fazer um papelão e não podia mostrar nervosismo diante de uma mulher e, por isso, esperou enquanto ela nivelava a besta. Os defensores da cidade a observavam, e sem dúvida estavam rezando. Ou talvez fazendo apostas.Vamos, sua puta, disse ele de dentes cerrados. Fazia frio, mas o suor brotava de sua testa.
Ela fez uma pausa, afastou os cabelos pretos do rosto, apoiou a besta numa ameia e tornou a mirar. Sir Simon manteve a cabeça erguida e o olhar firme. É só uma mulher, disse ele a si mesmo. Talvez não pudesse acertar numa carroça a cinco metros. O cavalo tremeu e ele estendeu a mão para dar-lhe umas batidinhas no pescoço.
- Nós vamos embora daqui a pouco, menino – disse ele ao cavalo.
Blackarch, observada por uns vinte defensores, fechou os olhos e atirou.
Sir Simon viu a seta como uma pequena mancha preta contra o céu cinza e as pedras cinzentas das torres da igreja aparecendo acima dos muros de La Roche-Ogre.
Ele sabia que a seta não atingiria o alvo. Tinha certeza absoluta disso. Ela era uma mulher, ora bolas! E foi por isso que ele não se mexeu enquanto via a mancha vindo diretamente em sua direção. Não podia acreditar. Estava esperando que a seta se desviasse para a esquerda ou a direita, ou caísse no terreno endurecido pela geada, mas em vez disso vinha com precisão em direção ao peito dele e, no último instante, ele ergueu rápido o pesado escudo e abaixou a cabeça, sentindo um grande golpe surdo no braço esquerdo quando a seta atingiu o alvo e atirou com força contra a partilha da sela. A seta atingiu o escudo com tanta força que penetrou nas placas do Escudo do Guardião e a ponta fez um corte profundo na manga de malha e no antebraço dele. Os carlinianos gritavam de alegria e Sir Simon, sabendo que os outros besteiros poderiam tentar, agora, acabar o que Blackarch começara, apertou o joelho contra o flanco do cabalo e o animal, obediente, fez meia volta e respondeu às esporas.
- Eu estou vivo – disse ele em voz alta, como se aquilo fosse calar o júbilo de La Roche-Ogre. Maldita puta, pensou ele. Revidaria direitinho, até que ela gritasse, e conteve seu cavalo, sem querer dar a impressão de estar fugindo.
Uma hora mais tarde, depois que o escudeiro lhe enfaixara o antebraço cortado, Sir Simon convencera-se de que tinha obtido uma vitória. Fora ousado, tinha sobrevivido. Aquela foi uma demonstração de coragem, e ele escapara com vida, e por isso imaginava ser um herói e esperava ser recebido como tal enquanto caminhava em direção à tenda que abrigava o comandante do exército, o mago Havoc Bohun. A tenda era feita de duas velas de navio, o pano amarelo, remendado e puído depois de anos de serviço no mar. Proporcionavam um abrigo terrível, mas era típico de Havoc Bohun, mago de Edron, que, embora fosse primo do rei e não houvesse muitos homens mais ricos do que ele em Edron, desprezava a ostentação.
O mago, na verdade, parecia tão remendado e puído quanto as velas que formavam sua tenda. Era um homem baixo e atarracado, com uma cara, diziam os homens, que parecia o traseiro de um touro, mas o rosto refletia a alma do mago, franca, valente e direta. O exército gostava do mago, porque ele era tão duro quanto os soldados. Agora, quando Sir Simon curvou-se para entrar na tenda, os encaracolados e longos cabelos castanhos do mago estavam cobertos pela metade com um curativo, no ponto em que a pedra atirada do muro de La Roche-Ogre havia rachado seu elmo e enfiado uma borda de aço dentada em seu couro cabeludo. Ele saudou Sir Simon com amargor.
- Cansado da vida?
- A puta maluca fechou os olhos quando apertou o gatilho! – disse Sir Simon, ignorando o tom de voz do mago.
- Mas ainda assim ela mirou bem – disse o mago, irado –, e isso vai dar ânimo aos bastardos. Deus sabe que eles não precisam de estímulo.
- Eu estou vivo, senhor – disse Sir Simon, satisfeito. – Ela quis me matar. Não conseguiu. O urso vive e os cães continuam com fome.
Ele esperou que os companheiros do mago o congratulassem, mas eles evitaram seus olhares e ele interpretou o obstinado silêncio deles como ciúme.
Sir Simon era um maluco, pensou o mago, e estremeceu. O mago poderia não ter se importado tanto com o frio se o exército estivesse desfrutando um sucesso, mas fazia dois meses que os thaisenses e seus aliados de Fíbula vinham tropeçando de fracasso em fracasso, e os seis assaltos contra La Roche-Ogre deram dimensão da profundidade da miséria. Por isso, agora o mago convocara um conselho de guerra para sugerir um último ataque, a ser desfechado na noite daquele mesmo dia. Todos os outros ataques foram realizados pela manhã, mas talvez uma escalada inesperada ao cair a luz invernal pegasse os defensores de surpresa. O problema era que, fossem quais fossem as pequenas vantagens que a surpresa podia trazer, tinham sido estragadas, porque o ato impensado de Sir Simon devia ter dado aos habitantes da cidade uma nova confiança era pouca a confiança entre os capitães de guerra do mago que se reuniram sob as velas amareladas.
Quatro daqueles capitães eram cavaleiros que, como Sir Simon, lideravam seus homens na guerra, mas os outros eram soldados mercenários que tinham contratado seus homens para trabalharem para o mago. Três eram de Fíbula que usavam o emblema branco com asas de dragões do senhor de Fíbula e chefiavam homens leais, enquanto os outros capitães eram thaisenses, todos homens do povo que ascenderam a duras penas na guerra. Vince Farz estava lá, e ao lado dele Richard Totesham, que começara a servir como soldado e agora chefiava 140 cavaleiros, sendo que dentre eles uma pequena parte eram cavaleiros de elite nomeados pelo rei de Thais, e noventa paladinos a serviço do mago. Nenhum dos dois lutara um torneio sequer, e jamais seriam convidados para isso, e no entanto eram mais ricos do que Sir Simon, e isso era de doer o coração. Meu cães de guerra, era como o mago de Edron chamava os capitães independentes, e o mago gostava deles, mas o mago tinha uma curiosa preferência para companhias vulgares. Ele podia ser primo do rei Tibianus de Thais, mas Havoc Bohun bebia com prazer com homens como Farz e Totesham, comia com eles, mentia sobre dragões e demônios com eles, matava orcs com eles e Sir Simon sentia-se excluído daquela amizade. Se algum homem daquele exército devia ter sido íntimo do mago, esse homem era Sir Simon, notável campeão de torneios, mas Bohun preferia rolar na sarjeta com homens como Farz.
- Como está a chuva? – perguntou o mago.
- Recomeçou – responder Sir Simon, sacudindo a cabeça em direção ao teto da tenda, contra o qual a chuva tamborilava.
- Vai passar – disse Farz, inflexível. Ele raramente tratava o mago de “senhor”, dirigindo-se a ele como um igual e, para perplexidade de Sir Simon, Bohun parecia gostar.
- E está apenas cuspindo – disse o mago, dando uma espiada para fora da tenda e deixando entrar um redemoinho de ar úmido, frio. – As cordas dos arcos vão tanger com este tempo, a visibilidade também é um ponto negativo. O acervo de runas está acabando, principalmente de magias arcanas de cura.
- Runas, eu acho, que ainda não são problemas. Sobre as cordas, as das bestas também irão – interpôs Richard Totesham. – Sacanas – acrescentou ele. O que tornava o fracasso tão irritante era que os defensores de La Roche-Ogre não eram soldados, mas moradores da cidade: pescadores liderados por um rapaz influente na cidade, Bruno, e construtores de barcos, carpinteiros e pedreiros, e até mesmo Blackarch, uma mulher! – E a chuva pode parar – prosseguiu Totesham, mas o terreno vai ficar escorregadio. Vai ser ruim para apoiar os pés debaixo dos muros.
- Não vá esta noite – aconselhou Vince Farz. – Deixe meus rapazes irem pelo rio amanhã de manhã.
Havoc Bohun esfregou o ferimento em seu couro cabeludo. Já fazia uma semana que ele atacara o muro sul de La Roche-Ogre, e ainda acreditava que seus homens poderiam capturar aqueles defesas, mas no entanto também sentia o pessimismo entre seus cães de guerra. Mais um rechaço com outros vinte ou trinta mortos deixaria seu exército desanimado e com a perspectiva de voltar para Kabaz, o acampamento thaisense montado próximo à Ponte dos Anões, sem ter conseguido coisa alguma.
- Repita – disse ele.
Farz enxugou o nariz na manga de couro.
- Na maré baixa – disse ele – há uma maneira de contornar o muro norte. Um de meus rapazes esteve lá ontem à noite.
- Nós tentamos isso há três dias – objetou um dos cavaleiros.
- Vocês tentaram o lado a jusante – disse Farz. – Eu quero ir rio acima.
- Aquele lado tem estacas, tal como o outro – disse o mago.
- Soltas – respondeu Farz. Um dos capitães de Fíbula se inclinou ao ouvir. – O meu rapaz arrancou uma estaca por inteiro – continuou Vince Farz – e acha que umas seis outras irão se soltar ao quebrar. Diz ele que são velhos troncos de carvalho, em vez de olmo, e estão todos podres.
- Qual é a profundidade da lama? – perguntou o mago.
- Vai até o joelho.
O muro de La Roche-Ogre envolvia o oeste, o sul e o leste da cidade, enquanto o lado norte era defendido pelo rio de Sula, e onde o muro semicircular se encontrava com o rio os moradores da cidade tinham fincado grandes estacas na lama para bloquear o acesso quando o nível do rio ficava baixo. Farz estava, agora, indicando que havia um caminho através daquelas estacas podres, mas, quando tentaram fazer a mesma coisa no lado leste da cidade, os homens do mago ficaram atolados na lama e os habitantes da cidade os tinham abatidos com setas. Fora uma matança pior do que os rechaços em frente à porta sul.
- Mas ainda há um muro na margem do rio – assinalou o mago.
- É – admitiu Farz –, mas os idiotas bastardos o dividiram em pedaços. Construíram vários molhes lá, e existe um bem perto das estacas soltas.
- Então seus homens terão de retirar as estacas e subir nos molhes, tudo isso sob os olhares de homens que estão em cima do muro? – perguntou Bohun, cético.
- Eles podem fazer isso – disse Farz com firmeza.
O mago ainda achava que sua melhor chance de sucesso era concentrar os arqueiros na porta sul e rezar para que as flechas deles mantivessem os defensores encolhidos enquanto seus soldados assaltavam a brecha, mas no entanto, admitia ele, era esse o plano que tinha fracassado naquele dia e na véspera. E ele sabia que só lhe restava um ou dois dias. Estava com menos de três mil homens, um terço estava doente, e se não conseguisse achar um abrigo, teria de marchar de volta para o sudeste com o rabo entre as pernas. Ele precisava uma cidade, qualquer cidade, até Northport.
Vince Farz viu as preocupações no rosto largo do mago.
- O meu rapaz esteve a menos de 15 metros do molhe ontem à noite – assegurou ele. – Ele poderia ter entrado na cidade e aberto a porta.
- E porque não entrou? – Sir Simon não conseguiu resistir e perguntou. – Pela espada de Banor! – continuou ele. – Quem dera eu tivesse entrado!
- O senhor não é um paladino – disse Farz, aborrecido, e depois fez um sinal de respeito à Elane, a deusa dos paladinos. Um dos arqueiros de Farz fora capturado pelos defensores, em um ataque cego à um acampamento de Carlin. Despiram o odiado paladino, deixando-o nu, e depois o cortaram em pedaços na defesa, onde os sitiadores puderam ver sua lenta morte. Os dois dedos usados no arco tinham sido cortados primeiro, depois a masculinidade, e o homem berrara como um porco sendo castrado enquanto sangrava até morrer nas ameias.
O mago fez um gesto para que um criado tornasse a encher as taças de vinho quente.
- Bem, Vince, não estou tão caduco a ponto de atacar na situação que eu me encontro – disse, ressaltando o ferimento. – A Academia Arcana de Magia em Edron ainda precisa de mim, creio eu.
Os cães de guerra se entreolharam.
- Você chefiaria esse ataque, Vince? – perguntou ele.
- Eu, não – disse Farz. – Eu estou muito velho para vadear por lama pantanosa. Vou deixar que o rapaz que passou pelas estacas ontem à noite os chefie na entrada. Ele é um bom rapaz, mesmo. É um safado inteligente, mas estranho. Ia ser druida, só que me conheceu e tomou juízo.
O mago estava visivelmente tentado pela idéia. Deixou seu cajado flamejante preso na parede e depois fez um gesto afirmativo com a cabeça.
- Eu acho que nós devíamos conhecer o seu safado inteligente. Ele está perto?
- Eu o deixei do lado de fora – disse Farz, e girou sobre o banco em que estava sentado. – Argos, seu selvagem! Venha cá!
Argos curvou-se para entrar na tenda do mago, onde os capitães reunidos viram um jovem alto, de pernas compridas, vestido totalmente de preto, com a exceção da armadura e da espada vermelha costurada em sua túnica. Todos os soldados de Thais usavam aquela espada de Banor, para que numa luta corpo-a-corpo soubessem quem era amigo e quem era inimigo. O rapaz curvou-se para o mago, que percebeu ter visto aquele arqueiro antes, o que nada tinha de surpreendente, porque Argos era um homem que chamava atenção. Usava os cabelos pretos presos num rabo-de-cavalo, amarrados com corda de arco, tinham um longo nariz ossudo arqueado, um queixo bem barbeado e olhos vigilantes, espertos, embora talvez o detalhe mais perceptível a seu respeito fosse que ele era asseado. Isso e, no ombro dele, o grande arco, um dos mais longos que o mago já vira, e na apenas longo, mas pintado de preto, enquanto montada na barriga externa do arco havia uma curiosa placa de pra que parecia trazer gravado um brasão. Ali havia vaidade, pensou o mago, vaidade e orgulho, e ele aprovava as duas coisas.
- Para um homem que esteve até os joelhos na lama do rio ontem à noite – disse Havoc Bohun, com um sorriso – você está com uma limpeza de chamar atenção.
- Eu me lavei, senhor.
- Vai pegar um resfriado – preveniu-o o mago. – Como se chama?
- Argos Fall, senhor.
- Pois me diga o que descobriu ontem à noite, Argos Fall.
Argos contou a mesma história que Vince Farz contara. Que, depois do anoitece, e quando o nível das águas do rio baixou, ele vadeara pela lama. Encontrara a grade de estacas em mau estado de conservação, apodrecendo e solta, e levantara uma delas, tirando-a do suporte, esgueirara-se pela abertura e avançara alguns passos em direção ao molhe mais próximo.
- Eu cheguei perto o bastante, senhor, para ouvir uma mulher cantando – disse ele. A mulher estava cantando uma canção que a mãe dele cantara para ele quando ele era pequeno, e ele ficara impressionado com a singularidade daquele fato.
O mago franziu o cenho quando Argos acabou, não porque não concordasse com alguma coisa que o paladino tinha dito, mas porque o ferimento na cabeça que o deixara inconsciente durante uma hora estava latejando.
O que você estava fazendo no rio ontem à noite? – perguntou ele, mais para dar a si mesmo mais tempo para pensar na idéia.
Argos nada disse.
- A mulher de outro homem – Farz acabou respondendo por Argos –, era isso que ele estava fazendo, senhor, a mulher de outro homem.
Os homens ali riram, todos, exceto Sir Simon Skeat, que olhou contrariado para o ruborizado Argos. O safado era um simples arqueiro, e no entanto usava uma armadura melhor do que a que Sir Simon podia pagar! E tinha uma confiança que cheirava a descaramento. Sir Simon teve um estremecimento. Havia uma injustiça na vida que ele não compreendia. Arqueiros dos condados estavam capturando cavalos e armas e armaduras, enquanto ele, um campeão de torneios, não conseguira nada mais valioso do que um par de malditas botas. Ele teve um irresistível ímpeto de humilhar aquele alto e tranqüilo arqueiro.
- Um único sentinela atento, senhor – Sir Simon falou com a linguagem usada em Carlin com o mago, para que somente os poucos bem nascidos que se encontravam na tenda fossem entendê-lo –, e esse rapaz estará morto e nosso ataque se atolará na lama fluvial.
Argos dirigiu à Sir Simon um olhar firme, insolente em sua falta de expressão, e respondeu em carliniano fluente.
- Nós deveríamos atacar no escuro – disse ele, e depois voltou-se de novo para Havoc Bohun. – O nível das águas estará baixo pouco antes do amanhecer amanhã, senhor.
O mago olhou para ele, surpreso.
- Como foi que você aprendeu carliniano?
- Com meu tio, senhor.
- Nós o conhecemos?
- Eu duvido, senhor.
O mago não levou o assunto adiante. Mordeu o lábio e esfregou o botão do punho de sua espada, um gesto que indicava estar raciocinando.
- Tudo bem que você entre – disse a Argos, com um tom de resmungo, Richard Totesham, sentado num banco de ordenhar vaca ao lado de Vince Farz.
Totesham chefiava o maior bando de independentes e tinha, por isso mesmo, uma autoridade maior que a dos demais capitães. – Mas o que é que você vai fazer quando estiver lá dentro?
Argos fez um gesto afirmativo com a cabeça, como se estivesse esperado a pergunta.
- Duvido que possamos chegar até uma porta – disse ele –, mas se eu colocar uns vinte arqueiros dentro do muro ao lado do rio, eles poderão protegê-lo enquanto as escadas são colocadas.
- E eu tenho duas escadas – disse Farz. – Elas vão servir.
O mago ainda esfregava o botão do punho da espada.
- Quando tentamos atacar pelo rio antes – disse ele – ficamos presos na lama. Ela vai ter a mesma profundidade no ponto em que vocês querem chegar.
- Sebes, senhor – disse Argos. – Eu encontrei algumas numa fazenda. – Sebes eram seções de cerca feitas de salgueiro entrelaçado que podiam servir para um rápido cercado para ovelhas ou ser colocadas por cima da lama para permitir que se ande sobre ela.
- Eu disse aos senhores que ele era inteligente? – disse Vince Farz, orgulhoso. – Você estudou em Turcthan, não, Argos?
- Quando eu era jovem demais para saber o que queria – disse Argos secamente.
O mago soltou uma gargalhada. Ele gostava daquele rapaz e estava vendo por que Farz tinha tanta fé nele.
- Amanhã de manhã, Argos? – perguntou ele.
- É melhor do que ao crepúsculo de hoje, senhor. Eles ainda estarão animados ao anoitecer. – Argos dirigiu um olhar inexpressível a Sir Simon, dando a entender que a exibição da bravata estúpida por parte do cavaleiro deveria ter animado o espírito dos defensores.
- Pois então será amanhã de manhã – disse o mago. Ele se voltou para Totesham. – Mas mantenha seus rapazes concentrados na porta sul hoje. Eu quero que ele pensem que vamos tornar a atacar por ali. – Tornou a olhar para Argos. – O que significa a insígnia no seu arco rapaz?
- Só um objeto que eu achei, senhor – mentiu Argos, entregando o arco ao mago, que havia estendido a mão. Na verdade, Argos havia cortado do emblema do cálice esmagado que ele encontrara por baixo da batina de seu tio Rob e depois prendera o metal na parte da frente do arco, onde sua mão esquerda havia gasto a prata, deixando-a quase lisa.
O mago olhou para a placa.
- Ferumbras?
- Eu acho que é assim que o animal é chamado, senhor – disse Argos, fingindo ignorância.
- Não é a insígnia de ninguém que eu conheça – disse o mago, e então tentou curvar o arco e ergueu o cenho, surpreso com a força do arco. Devolveu o arco preto a Argos e dispensou-o. – Eu lhe desejo felicidades amanhã de manhã, Argos Fall.
- Meu senhor – disse Argos, e fez uma reverência.
- Eu irei com ele, com a sua permissão – disse Farz, e o mago sacudiu a cabeça e ficou olhando os dois se retirarem.
- Se nós realmente entrarmos lá – disse ele aos demais capitães –, por Banor, não deixem que seus homens clamem por violência. Mantenha curta as rédeas deles. Eu pretendo ficar com essa cidade e não quero seus habitantes nos odiando. Matem quando tiverem que matar, mas eu não quero uma orgia de sangue. – Ele olhou para os rosto deles, que tinha uma expressão de ceticismo. – Vou colocar um dos senhores como chefe da guarnição aqui, e por isso façam com que a tarefa seja fácil. Mantenham os homens sob controle.
Os capitães resmungaram, sabendo como seria difícil evitar que seus homens fizessem um saque completo da cidade, mas antes que qualquer um deles pudesse reagir aos esperançosos desejos do mago, Sir Simon se levantou.
- Senhor? Um pedido?
O mago deu de ombros.
- Pode fazer.
- O senhor deixaria que eu e meus homens liderássemos o grupo que levará as escadas?
O mago pareceu surpreso diante do pedido.
- O senhor acha que Farz não vai conseguir sozinho?
- Estou certo que vai, senhor – disse Sir Simon, com humildade –, mas ainda assim eu solicito a honra.
É melhor Sir Simon Skeat morto do que Vince Farz, pensou o mago. Fez um gesto afirmativo com a cabeça.
- Claro, claro.
Os capitães nada disseram. Que honra haveria em ser o primeiro a entrar num muro que outro homem tinha capturado? Não, o bastardo não queria honra, queria estar bem colocado para localizar o mais rico espólio da cidade, mas nenhum deles traduziu em palavras o seu pensamento. Eles eram capitães, mas Sir Simon era um cavaleiro, embora sem um tostão.
O exército de mago ameaçou um ataque pelo resto daquele curto dia de inverno, mas o ataque não aconteceu e os cidadãos de La Roche-Ogre tiveram a coragem de esperar o pior de sua provação acabara, mas fizeram preparativos para caso de os thaisenses tentarem de novo no dia seguinte. Contaram as setas de bestas de que dispunham, empilharam mais pedras nas defesas e alimentaram as fogueiras que ferviam os caldeirões de água que eram despejados sobre os thaisenses. Enquanto os patifes, tinham dito os padres da cidade, e os cidadãos gostaram da piada. Eles estavam ganhando, isso eles sabiam, e imaginavam que seu sofrimento deveria acabar em breve, porque não havia dúvida de que os thaisenses ficariam sem comida. Tudo o que La Roche-Ogre tinha de fazer era resistir e depois receber os elogios e os agradecimentos da Rainha Eloise.
A chuva fraca parou ao cair a noite. Os habitantes da cidade foram para a cama, mas deixaram as armas prontas. As sentinelas acenderam fogueiras vigília por trás dos muros e olhavam para o escuro.
Era noite, era inverno, fazia frio e os sitiantes tinham uma última chance.
Sem mais;
Asha Thrazi! ;)
Muito booooooooooom! Só quero ver o próximo capítulo! XD
E pessoal, vamos colaborar, comenteeeeeeeeeeeeeeem!
PS:
No msn...
Agora eu pago pau pro mestre Dalborga! \,,\ diz:
previsão para o´próximo capítulo? XD
' ·#·$1 Bruno / KaOH ·$4,1[OFF]
fds q vem ow se eu receber mto amis comentarios q o normal
' ·#·$1 Bruno / KaOH ·$4,1[OFF]
xD
Por isso pessoal, vamos colaborar!
"Então William, um pescador, peidou.
_Acho que esse vai manter os malditos orcs bem longe daqui. – comentou e os outros quatro soltaram uma gargalhada."
Realmene meu amigo.Só vc mesmo. ^^
ashaushaush
"Os atacantes chegaram de Carlin em cinco barcos que navegaram aproveitando o vento oeste durante a noite. Apesar do barco ter as bandeiras de Carlin, não se via nenhuma mulher, apenas homens com roupas de pele e de grande porte. O líder, Sir Hälge Ed’Veque era um guerreiro experiente que tinha combatido os thaisenses próximo da Ponte dos Anões e em Fíbula, por duas vezes fizera ataques repentinos à costa sul de Thais. Em ambas as ocasiões ele levara seus barcos a salvo para casa, com cargas de lã, prata, gado, equipamentos raros, armas poderosas, runas mágicas e mulheres. Morava numa bela casa de pedra em Senja, uma das três ilhas geladas, onde era conhecido como o cavaleiro de terra e mar. Tinha trinta anos de idade, peito largo, a pele queimada pelo vento e cabelos louros, um homem alegre e estouvado que vivia à custa de pirataria no mar e de serviços de cavaleiro em terra, e agora tinha ido a Filars Porl."
Só pus isso ai pra quem quiser aprender a descrever um personagem do geito certo.
Bom...
vamos ao coment:
Eu sinçeramente to achando a hitóriaperfeitacara.
To no capítulo 11 e tah perfeito.
As descrições estão ótimas. Vc dá vida a cada personagem
Deixando um diferentedo outro.
O Willian mesmo,por exemplo, ficou bem claro quue ele era tipo...um engraçadinho do grupo.
Só ele. Naotodo mundo. Enquando opadre eraum fracaçado e o primodo argus um tirano metido.
Tá perfeito cara.
O tamanho dos capítulos tá bm e a história não esta canssativa.
Sem falar que vc ta com uma originalidade bem legal.
Tá se baseando em tíbia mas não ta copiando tud.
não tá aquele velho clichê do guerreiro que vence tudo e todos.
Resumindo: Tah foda!
Amanhã eu lerei o resto.
Seu amigo,
Euronymous.
Comecei a ler agora e acabei no capítulo 4. Você escreve muito bem, de uma forma que prende o leitor à estória.
Gostei e vou continuar lendo os outros capítulos =)
aew...
cara, sua história está cada vez melhor u.u
continue assim _o/
flw
ahhhhhhhhhhhhh história fodônica! E , por incrível que pareça, nenhum comentario "contra" ela xD
(Sir Simon achou que os generais tinham ciúme dele, mas o mais ciumento dali era ele...hehehe)
mas...quantos comentários você considera " acima da média"? Vamo floodar povo! zuera :P
aew! finalmente new capitulo!
acho que pela primeira vez tem algo e meio charope que eu achei nessa Guerra: cidadões defendenduh sua cidade? como o msgo diz ele tem 2 mil homen(mil está duente)e ñ consegue vencer uma cidade q ñ passa de 100?¬¬
o texto está bom,muito bom,enredo também mas cuidado com o clichê: Argos(personagem principal) salva a batalha e vira um heroi no exercito do comandante/rei
axo q dessa veiz foi bem boladuh esse plano e se ele falha é pq são incompetente e em todos os outros rp que tem guerra com Thais eu vou torcer contra xD...mas dessa veiz o Argos tem q ganha ;)
ah,e Euronimous teu rp "A Batalha de Icaruz" parou né? eu ia ti manda uma mp mas eu achava q vc tava com um tempo do forum
previsão para o proximo capitulo?
Eu sei cuidar do clichê. :)
Argos só tem algo à mais que os outros arqueiros: estudo.
Eu não lembro de ter dito que a cidade só tinha 100 habitantes, mas desculpe, se eu disse ainda tenho uma explicação. A muralha.
Porque? Descubra você mesmo. Monte o cenário na sua cabeça.
Previsão? Final de semana, dependendo dos comentários.
Sem mais;
Asha Thrazi! ;)
Plagio detectado.
"A noite fria fazia com que George esfregasse as mãos contra o corpo. Estava relaxado, despreocupado. Afinal, o que deveria temer? A guerra era entre os grandes e a vila de Filars Porl não precisava se meter. Se não fosse o maldito clérigo Rod, que era chamado de padre, ele estaria em sua casa com sua mulher neste momento.
Então William, um pescador, peidou.
_Acho que esse vai manter os malditos orcs bem longe daqui. – comentou e os outros quatro soltaram uma gargalhada.
Depois, todos deixaram os degraus da igreja do padre Rod e sentaram-se apoiados com as costas na parede. A mulher de William tinha preparado uma cesta de pão, queijo e peixe defumado, enquanto Edward, dono de uma loja de armamentos no centro da vila, levara cerveja.
Normalmente em igrejas maiores como na cidade de Thais, eram cavaleiros que mantinham aquela vigília anual. Ficavam ajoelhados com armaduras reais, longas capas azuis bordados um grande dragão que lançava chamas para o alto dentro de um emblema. O emblema real de Thais. Porém não havia cavaleiros em Filars Porl e apenas o mais jovem dentre eles, que se chamava Argos e estava sentado ligeiramente afastado dos outros quatro, tinha uma arma. Era uma velha espada, de fio cego e um pouco enferrujada.
_Você acha que essa espada velha vai espantar Zathroth, Argos? – perguntou-lhe George.
_De qualquer modo. – disse Argos, encolhendo os ombros.
_Talvez você possa nos proteger caso um exercito orc ataque nossa humilde vila. – caçoou William, enquanto virava uma caneca de cerveja. – Você é a nossa única salvação desde quando Gadembler foi embora."
Esse trecho, é exatamente igual ao do Livro "O Arqueiro", exeto com algumas modificações para que fique coerente com tibia, que coisa feia!
Como dito na primeira página, no próprio prólogo: Adaptação.
Estou escrevendo SAGA no momento e adaptei esta maravilhosa obra de Bernard Cornwell para as terras tibianas.
:)
Se não viu, olha lá de novo. Coisa feia? Você que não lê direito e vem dizer o que ja estava explicado lá.
Edit: A propósito, os capítulos iniciais foram escritor por mim para dar coerência à história.
Sem mais;
Asha Thrazi! ;)
isso é uma zução com o Virgo Shaka ou vc gosto:riso:huahuhauhahua ...Citação:
Postado originalmente por Kaoh
qnt a sua resposta com o meu coment...axo q vc errou,todos as pessoas importantes q conhecem Argos,fala de um jeito direto ou indireto q ele era diferente(ñ pela pelo modo estranho dele,mas o jeito de pensar),e é claro,como vc mesmo disse,ele tinha uma certa especialidade de matar,acho que são poucas essas pessoas,acho q só duentes ou loucos e + algumas pessoas poderia fazer isso...eu poderia treinar com uma arma 5 anos mas matar no cano frio acho que demoraria + 5 anos...a ñ ser algumas vezes q tenho uma vontade de esganar meu irmaum
qnt á população de northport,eu q errei,apenas interpretei como no tibia q ñ é maior nem q greenshore,perdão...acho que algumas vezes eu iterpreto o cenario no tibia e ñ na minha cabeça...='(
@Kronos Kal'deras:como é esse livro Kronos Kal'deras,pelo q parece é do tipw rpg medieval e é o q eu mais gosto =]
Fim de semana? já dei meu coment agora pod ser hoje?:rolleyes:
Argos mata a sangue frio aliados de carlinianos porque foram eles que acabaram com a vida do jovem.Citação:
Postado originalmente por Sir Curioso
Sobre o livro, é sobre a guerra dos 100 anos. Muito bom.
Já que estou aqui...
Capítulo 13 – A sofrida Blackarch.
Blackarch fora batizada com o nome de Jeanette Marie Halevy, e aos 15 anos os pais a tinham levado para Vega, para o torneio anual das maçãs. O pai não era um aristocrata ou alguém que merecesse um título assim, e por isso a família não pôde sentar-se no recinto cercado sob a torre da igreja da ilha de Vega, mas encontrou um recinto perto dali, e Luis Halevy providenciou para que a filha ficasse visível, ao colocar as cadeiras na carroça da fazenda que os tinha levado de La Roche-Ogre. O pai de Jeanette era um próspero capitão de navio e mercador de vinho, proibido pela rainha Eloise na cidade de Carlin, embora sua fortuna nos negócios não se refletisse na vida. Um dos filhos morrera quando um dedo cortado infeccionara, e o segundo morreu afogado numa viagem para Senja. Jeanette, agora, era sua única filha.
Havia um interesse na visita a Vega. A nobreza das ilhas geladas, pelo menos aqueles que eram favoráveis a uma aliança com Carlin, reunia-se no torneio no qual, durante quatro dias, diante de uma multidão que comparecia tanto pela feira quanto pelos combates, ela exibia seu talento com espada e lança. Jeanette achava enfadonha grande parte de tudo aquilo, porque os preâmbulos de cada luta eram longos e muitas vezes nem se podia ouvi-los. Cavaleiros desfilavam sem parar, as extravagantes plumas balançando, armaduras reluzentes, armas raras e títulos de elite, mas depois de algum tempo havia um curto som de gongo, um choque de metal, uma ovação, e um cavaleiro era morto ou clamava por sua vida. Era costume todo cavaleiro vitorioso espetar uma maçã com sua espada e dá-la de presente para a mulher da multidão que o tivesse atraído, e foi por isso que o pai dela levara a carroça da fazenda para Vega. Depois de quatro dias, Jeanette estava com 18 maçãs e a inimizade de umas vinte jovens mais bem nascidas do que ela.
Os pais a levaram de volta para Northport e esperaram. Tinham exposto sua mercadoria e agora os compradores podiam dirigir-se à luxuosa casa à margem das águas de Sula. Pela frente, a casa parecia pequena, mas bastava atravessar o arco de entrada e o visitante se via num pátio amplo, que ia até um molhe de pedra onde os barcos menores de Luis Halevy podiam atracar quando o nível das águas chegava a seu ponto máximo. O pátio dividia um muro com a igreja da Deusa Bastesh e, por ter doado a torre à igreja, Luis Halevy tinha recebido permissão para fazer uma passagem em arco no muro, para que sua família não precisasse sair para a rua quando fosse à missa. A casa dizia a qualquer pretendente que aquela era uma família rica, e a presença do clérigo da paróquia à mesa de jantar dizia-lhe que se tratava de uma família devota. Jeanette não seria um brinquedo na mão de um aristocrata, seria uma esposa.
Uma dúzia de homens dignou-se a visitar a casa dos Halevy, mas foi Bardo Henri, um jovem, habilidoso e belo rapaz, que ganhou a maçã. Ele foi uma presa de primeira, porque era sobrinho de Charles de Batalha, que por sua vez era sobrinho da rainha Eloise, e era Charles que os carlinianos reconheciam como duque e soberano de Batalha, uma nova cidade que crescia rapidamente pelas proximidades de Kazordoon. O tio de Bardo permitiu que ele apresentasse a noiva, mas depois aconselhou o sobrinho a livrar-se dela. A moça era filha de um mercador, pouco mais do que um camponês, embora até mesmo Charles admitisse que ela era uma beldade. Os cabelos eram de um preto brilhante, o rosto de traços firmes e delicados, de pele macia e branca, e ela possuía todos os dentes. Era graciosa, a ponto de um alto druida da corte da rainha bater palmas e exclamar que Jeanette era a imagem viva de Tibiasula ou tão bela quanto à magnífica Deusa. Charles concordava que ela era bonita, mas e daí? Muitas mulheres eram bonitas. Qualquer taberna de Vega, disse ele, podia exibir uma prostituta que custava duas moedas de platina e faria a maioria das mulheres casadas parecerem porcas. A tarefa de uma esposa não era ser bonita, mas rica. “Faça da garota sua amante”, aconselhou ela ao sobrinho, e praticamente mandou que Bardo se casasse com uma herdeira de uma fortuna de um grande, porém perto da morte, cavaleiro de Venore. Porém a herdeira era uma mulher relapsa, com o rosto cheio de marcas, e o jovem Bardo ficara entorpecido com a beleza de Jeanette e, por isso, desafiou o tio.
Casou-se com a filha do comerciante na capela de seu castelo, na pequena cidade construída próxima à Kazordoon, Batalha. O duque admitiu que o sobrinho tinha ouvido um número exagerado de trovadores, mas Bardo e sua nova esposa estavam felizes e um ano depois do casamento, quando Jeanette estava com 16 anos, nasceu o filho deles. Eles lhe deram o nome Charles, em homenagem ao duque, mas se o duque de Carlin se sentiu homenageado, não disse nada. Recusou-se a tornar a receber Jeanette e tratava o sobrinho com frieza.
Mais tarde, naquele ano, os thaisenses chegaram com toda força para apoiar Jean Monteforte, a quem eles reconheciam como duque de Batalha, e a rainha de Carlin enviou reforços para seu sobrinho Charles, a quem reconhecia como o verdadeiro duque, e assim a guerra civil começou de verdade. Bardo insistiu para que sua mulher e seu filho voltassem para a casa do pai dela em La Roche-Ogre, porque o castelo em Batalha era pequeno, estava mal conservado e ficava muito perto das forças invasoras.
Naquele verão, o castelo caiu em mão dos thaisenses, tal como temia o marido de Jeanette, e no ano seguinte o rei de Thais passou a estação de campanha em Batalha, e seu exército fez recuar as forças de Charles, o tio de Bardo. Não houve uma grande batalha, mas uma série de sangrentas escaramuças, e numa dela, um embate desigual travado entre as fileiras de cerca viva de um vale íngreme, o marido de Jeanette foi ferido. Ele havia erguido o protetor do rosto de seu elmo para gritar palavras de estímulo a seus homens e uma flecha lhe atravessara a boca, entrando por um lado e saindo pelo outro. Os criados levaram Bardo até a casa à margem de Sula, onde ele levou cinco dias para morrer; cinco dias de dor constante, durante os quais não conseguia comer e al podia respirar, já que o ferimento inflamara e o sangue coagulara no esôfago. Dos poucos clérigos que haviam em Batalha nenhum sobrara, o exército de Tibianus matara todos e os que conseguiam fugir provavelmente eram mortos por cavaleiros selvagens que rondavam a ponte dos goblins, o caminho mais simples e mais usado para o comércio de Carlin com Batalha. Thais atacara com quatro magos e mais de vinte druidas, com seu enorme exército, para dominar Batalha e expulsar as forças de Carlin. Bardo tinha 28 anos, era um campeão em torneios, e no final chorava como uma criança. Morreu sufocado e Jeanette gritou de raiva e pela dor da frustração.
E então começou a fase de sofrimento de Jeanette. Estava viúva, e mal se passaram seis meses da morte do marido e ela ficou órfã, quando o pai e a mãe foram assassinados por uma gigantesca aranha em uma viagem para Venore. Tinha apenas 18 anos e seu filho, Charles, dois, mas Jeanette herdara a riqueza do pai e decidiu usá-la para revidar o ataque aos odiados thaisenses que mataram seu marido, e por isso começou a equipar dois navios que pudessem atacar embarcações de Thais.
Mon Belas, que era uma espécie de confidente e tinha sido o advogado do pai dela, manifestou-se contrário a gastar dinheiro com os navios. A fortuna de Jeanette não duraria para sempre, disse o advogado, e nada sugava dinheiro como equipar navios de guerra que raramente ganhavam dinheiro, a menos que por um golpe de sorte. Era melhor, disse ele, usar os navios para o comércio.
- Os mercadores de Venore estão tendo um belo lucro com o vinho – sugeriu ele. Ele estava resfriado, porque era inverno, e espirrou. – Um lucro muito bom – disse ele, ansioso. Ele falava em batalhês, embora ele e Jeanette soubessem falar o carliniano, se fosse necessário.
- Eu não quero vinho – disse Jeanette friamente -, mas almas thaisenses.
- Nelas, não há lucro, senhora – disse Belas.
Ele achou estranho chamar Jeanette de “senhora”. Ele a conhecia desde quando ela era criança, e ela sempre fora a pequena Jeanette para ele, mas ela se casara e se tornara uma viúva aristocrata e, além do mais, uma viúva geniosa.
- Não se pode vender almas thaisenses – salientou Belas, delicado.
- Exceto para Urgith – disse Jeanette benzendo-se. – Mas eu não preciso de vinho, Belas. Nós temos as rendas.
- As rendas! – disse Belas, em tom zombeteiro.
Ele era alto, magro, cabelos ralos e inteligente. Servira bem, e por muito tempo, ao pai de Jeanette e estava ressentido com o fato de o mercador não ter deixado nada para ele no testamento. Tudo tinha ido para Jeanette, exceto uma pequena doação para os clérigos de Vega, para que rezassem missas pela ala do falecido. Belas escondeu o ressentimento.
- Não vem coisa alguma de Batalha – disse ele a Jeanette. – Os thaisenses estão lá, e por quanto tempo a senhora acha que as rendas virão das fazendas de seu pai? Os homens de Thais irão tomá-las dentro em pouco.
Um exército thaisense tinha ocupado os arredores de Femur Hills, e ficava à apenas uma hora a pé ao norte. Mataram besteiros de Carlin, clérigos e tudo com o emblema da cidade pelos arredores de Femur Hills. Belas tinha a esperança de que os thaisenses se retirassem em breve, porque era pleno inverno e os suprimentos deles deviam estar acabando, mas temia que devastassem o interior em torno de La Roche-Ogre antes de partir. E se devastassem, as fazendas de Jeanette perderia o valor.
- Que renda se pode obter de uma fazenda incendiada? – perguntou ele.
- Não me importo! – vociferou ela. – Eu venderei tudo, se precisar, tudo! – Exceto a armadura e as armas do marido. Elas eram valiosas e um dia passariam para seu filho.
Belas suspirou diante da tolice dela, depois enrolou-se em sua capa preta e recostou-se perto do fogo baixo que estalava na lareira. Um vento frio vinha do mar perto dali, fazendo com que a chaminé soprasse fumaça.
- Madame, a senhora permite que eu lhe dê um conselho? Primeiro, a empresa. – Belas fez uma pausa para enxugar o nariz na comprida manga preta. – Ela vai mal, mas eu posso arranjar-lhe um bom homem para dirigi-la tal como seu pai fazia, e eu redigiria um contrato que garantisse que o homem lhe pagaria bem com parte dos lucros. Segundo, madame, a senhora deve pensar em casamento.
Ele fez uma pausa, como que esperando um protesto, mas Jeanette não disse nada. Belas suspirou. Ela era tão bonita! Havia uma meia dúzia de homens na cidade que se casariam com ela, mas o casamento com um aristocrata virara a cabeça dela e ela não iria aceitar nada, a não ser outro homem com um título.
- A senhor, madame – continuou o advogado, cauteloso -, é uma viúva que possuiu, no momento, uma fortuna considerável, mas eu tenho visto fortunas assim derreterem como neve quando Suon brilha em busca de Fafnar. Procure um homem que possa cuidar da senhora, de suas posses e de seu filho.
Jeanette voltou-se e o encarou.
- Eu me casei com o melhor homem de todos – disse ela -, e onde é que o senhor acha que vou encontrar outro igual a ele?
Homens como Bardo Henri, pensou o advogado, eram encontrados em toda parte, o que era lamentável, porque o que eram eles a não ser uns brutos idiotas de armadura que acreditavam que a guerra era esporte? Jeanette, pensou ele, deveria casar-se com um mercador prudente, talvez um viúvo que tivesse fortuna, mas Belas desconfiava que um conselho daqueles seria desperdiçado.
- Lembre-se do velho ditado, senhora – disse ele, irônico. – Coloque um gato para vigiar um rebanho de ovelhas, e os lobos comerão bem.
Jeanette teve um estremecimento de raiva ao ouvir aquelas palavras.
- O senhor está passando de seus limites, Senhor Belas.
Ela falou com frieza, e depois dispensou-o, e no dia seguinte os thaisenses chegaram a La Roche-Ogre e Jeanette tirou do local onde guardava seus bens valiosos a besta que pertencera a seu falecido marido e juntou-se aos defensores nos muros. Que vá para o inferno o conselho de Belas! Ela iria lutar como um homem e o duque Charles, que a desprezava, aprenderia a admirá-la, a apoiá-la e devolveria as propriedades do falecido a seu filho.
E assim Jeanette se tornara Blackarch, os thaisenses tinham morrido diante do muro e o conselho de Belas fora esquecido, e agora, reconhecia Jeanette, os defensores tinham confundido tanto os thaisenses, que não havia dúvida de que o certo seria levantado. Tudo ficaria bem, crença com a qual, pela primeira vez em uma semana, Blackarch dormiu bem.
"Blackarch fora batizada com o nome de Jeanette Marie Halevy...".
Sem mais;
Asha Thrazi! ;)
aew...que bom..vc está postando capitulo mais rapido...quanto ao livro...quero compra-lo...e quanto aquela resposta sobre matar a sangue frio está certa...o cara perdeu sua familia e tudo pelos carlinianos só não vou lá e tiro toda minha resposta que não gosto de fazer isso...
acho que esse capitulo foi mais uma biografia xD...e acho que essa foi sua ideia porque Blackarch deve ter um papel + importante...talvez se apaixonará pelo Argos,talvez...com Sir Simon?Talvez...acho que não tem nada a falar desse rp,resumindo,é uma biografia de uma personagem chamada Jeanette Marie Halevy que será importante no futuro...se não vc ñ faria um capitulo INTEIRO de uma personagem terciaria
Foi só eu ou tem + alguem que adimirou a ideia de cada cidade ter seu idioma,embora estranho e diferente,foi criativo...em rookgaard eles falam Thaiense(ou Thaisano)?se ñ for eu queria saber,fiquei curioso...
previsão para o proximo capitulo?
li tudo agora e ainda to meio tonto, mais muito boa mesmo a história....e criativa tambem
é impressão ou logo presenciaremos uma batanha entre Argos e Sir Invejoso Simon?
continua rapido ai...
Adorei esses ultimos capitulo, chegamos a um momento interessante e eu adoro batalhas...mas como falaram: ela não vai morrer agora ja que você dedicou um capítulo pra bibliografia dela xD
Bem comovente a história dela, como estão dizendo, soi mais uma bibliografia, mas até que foi legal.
PS: Acho que pelo jeito ela vai se apaixonar por Argos.
Previsão para o próximo capítulo, mestre?
Impressionante como boas obras passam despercebidas e são perdidas.
E não, não estou falando de Sangue de Crunor, longe disso. Estou com outro projeto aqui no fórum, o qual eu dediquei muito tempo para escrever algo considerado "mágico".
Pois bem, escrito. Postado o prólogo e o capítulo I (dividido em 4 partes).
Resultado? Eu devo ter mais posts lá do que a soma dos posts do leitores.
Então eu resolvi trancar Sangue de Crunor novamente, mas não mandarei nenhum moderador fechar. Estes são os últimos capítulos que eu escrevi e serão os últimos que postarei até que SAGA - O Outro Lado possa mostrar que merece mais que Sangue de Crunor. E eu vou mostrar isto, nem que precise postar até o capítulo X sem nenhum comentário. Eu acredito naquele projeto, pois com com a parceria de um dos melhores escritores deste fórum. Espero que me entendam, largo este projeto (novamente) por um tempo indeterminado. E digo à vocês que isso não é fácil para mim. :(
Então, vejo vocês em SAGA.
Capítulo 14 – O paladino e a fortaleza.
Argos agachou-se perto do rio. Ele havia forçado a passagem para chegar à margem, onde ele tirou as botas e as calças estreitas. Era melhor andar de pernas a descoberto, reconheceu ele, para que as botas não ficassem presas na lama do rio. Estaria frio, um frio de congelar, mas ele não se lembrava de uma época em que tivesse se sentido mis feliz. Gostava daquela vida, e suas recordações de Filars Porl, Turcthan a morte de sua mãe e de seu tio quase tinham desaparecido.
- Tirem as botas – disse ele aos vinte arqueiros que iriam acompanhá-lo – e pendurem os sacos de flechas no pescoço.
- Por quê? – interpelou-o alguém no escuro.
- Para que eles os enforquem – resmungou Argos.
- É para que as flechas não se molhem – explicou outro homem, prestimoso.
Argos amarrou o dele no pescoço. Paladinos, que eram arqueiros intitulados pelo Oráculo de Rookgaard, e arqueiros normais, que não tinham título, não levavam as aljavas que os caçadores usavam, porque as aljavas eram abertas na parte de cima e as flechas podiam cair quando o homem corresse, tropeçasse ou atravessasse com dificuldade uma cerca viva. As flechas de uma aljava ficavam molhadas quando chovia, e as penas molhadas desorientavam o vôo das flechas, de modo que os verdadeiros paladinos usavam sacos de linho impermeabilizados com cera e fechados com cordões. Os sacos eram forrados com armações de vime que mantinham o linho esticado para que as penas não fossem esmagadas.
Vince Farz desceu pela margem onde uns 12 homens empilhavam barreiras. Ele tremia no vento frio que vinha da água. O Céu, a leste, ainda estava escuro pois antecediam o nascer de Suon e Fafnar, mas um pouco de luz vinha das fogueiras que queimavam no interior de La Roche-Ogre.
- Eles estão bem e quietos lá dentro – disse Farz, fazendo um movimento com a cabeça em direção à cidade.
- Reze para que estejam dormindo – disse Argos.
- Na cama, também. Eu já me esqueci de como são as camas – disse Farz, e depois afastou-se para o lado, para deixar outro homem passar em direção à margem do rio. Argos ficou surpreso ao ver que era Sir Simon Skeat, que desdenhara tanto dele na tenda do mago.
- Sir Simon – disse Vince Farz, mal se preocupando em esconder o desprezo – quer dar uma palavrinha com você, Argos.
Sir Simon franziu o nariz ao sentir o fedor da lama do rio. Grande parte dela, pelo que ele supunha, era o esgoto da cidade e ele ficou satisfeito por não estar vadeando de pés e pernas desnudos pela lama.
- Você está confiante de que vai passar pelas estacas? – perguntou ele a Argos.
- Eu não iria, se pensasse de outra maneira – disse Argos, sem se preocupar em mostrar respeito.
O tom de voz de Argos fez Sir Simon empertigar-se, mas ele controlou o gênio.
- O mago – disse ele friamente – deu-me a honra de chefiar o ataque aos muros.
Ele parou de repente e Argos aguardou, esperando mais, mas Sir Simon simplesmente olhou para ele com a irritação estampada no rosto.
- Então Argos toma os muros – disse Farz, por fim – para fazer com que haja segurança para as suas escadas?
- O que eu não quero – Sir Simon ignorou Farz e dirigiu-se a Argos – é que você leve seus homens à frente dos meus para dentro da cidade propriamente dita. Se nós virmos homens armados, é provável que os matemos, entendeu?
Argos quase cuspiu de escárnio. Seus homens estariam armados de arcos e nenhum inimigo levava um arco longo como os arqueiros de Thais, e assim praticamente não havia perigo de serem confundidos com os defensores da cidade, mas ele ficou calado. Limitou-se a um gesto afirmativo com a cabeça.
- Você e seus arqueiros podem juntar-se ao nosso ataque – prosseguiu Sir Simon –, mas você estará sob o meu comando.
Argos tornou a fazer um gesto afirmativo com a cabeça e Sir Simon, irritado com a insolência implícita, girou sobre os calcanhares e afastou-se.
- Bastardo de bosta – disse Argos.
- Ele só quer meter o nariz na vala antes do resto do nosso grupo – disse Farz.
- Você está deixando o bastardo usar as nossas escadas? – perguntou Argos.
- Se ele quer ser o primeiro a chegar lá em cima, que seja. As escadas são feitas de madeira verde, Argos, e se elas quebrarem, eu prefiro que seja ele caindo do que eu. Além disso, acho que nós estaremos em melhor situação seguindo você pelo rio, mas não vou dizer isso a Sir Simon.
Farz sorriu, e depois soltou um palavrão ao ouvir um estrondo vindo da escuridão ao sul do rio.
- Esses ratos brancos dos diabos – disse ele, e desapareceu nas sombras.
Os ratos brancos eram de Batalha, dentre eles uns sessenta besteiros tinham sido acrescentados aos soldados de Farz, com a finalidade de ribombar os muros com suas setas enquanto as escadas eram apoiadas nas defesas. Foram aqueles homens que assustaram a noite com seu barulho, e agora o barulho aumentava ainda mais. Algum idiota tropeçara no escuro e se chocara com um besteiro com um pavês, o grande escudo atrás do qual as bestas eram diligentemente recarregadas, e o besteiro reagira, e de repente os ratos brancos estavam envolvidos numa briga barulhenta, no escuro. Os defensores, é claro, ouviram o barulho e começaram a lançar fardos de palha em chamas por sobre as defesas e um sino de igreja começou a tocar, depois outro, e tudo isso muito antes que Argos começasse a atravessar a lama.
Sir Simon Skeat, assustado com os sinos e a palha em chamas, gritou que o ataque tinha de ser desfechado naquele momento.
- Avancem com as escadas! – berrou ele.
Defensores corriam para os muros de La Roche-Ogre e as primeiras setas disparadas pelas bestas eram cuspidas das defesas iluminadas pelos fardos incendiados.
- Segurem essas malditas escadas! – gritou Vince Farz para seus homens, e olhou para Argos. – O que é que você acha?
- Eu acho que os bastardos estão distraídos – disse Argos.
- Quer dizer que você vai?
- Eu não tenho nada melhor a fazer, Vince.
- Malditos ratos brancos!
Argos liderou seus homens na entrada da lama. As sebes foram de alguma valia, mas não tanto quanto ele esperara, de modo que eles ainda escorregavam e tiveram dificuldades em avançar para as grandes estacas, e Argos concluiu que o barulho que faziam era suficiente para acordar até um goblin surdo. Mas os defensores estavam fazendo um barulho ainda maior. Todos os sinos de igreja tocavam, uma trombeta berrava, homens gritavam, cachorros latiam, galos cantavam, e as bestas estalavam e batiam enquanto suas cordas eram puxadas e soltas.
Os muros erguiam-se à direita de Argos. Ficou imaginando se Blackarch estaria lá em cima. Ele já a vira duas vezes e fora cativado pela ferocidade de sua expressão e pelos cabelos pretos agitados. Muitos outros arqueiros a tinham visto também, e todos eles homens, que podiam atravessar com uma flecha um bracelete a cem metros de distância, e no entanto a mulher ainda vivia. Impressionante, refletiu Argos, o que um rosto bonito podia fazer.
Ele deixou a última sebe e, então, chegou às estacas de madeira, cada uma um tronco de árvore inteiro enfiado na lama. Seus homens juntaram-se a ele e pressionaram a madeira até que, apodrecida, rachou como palha. As estacas faziam um barulho tremendo ao cair, mas era abafado pelo alarido na cidade. Daniel, o assassino vesgo saído da prisão de Thais, colocou-se ao lado de Argos. À direita deles, agora, havia um molhe de madeira com uma escada tosca em uma das extremidades. A alvorada estava chegando, e uma luz fraca, tênue e cinzenta infiltrava-se pelo leste e Argos temia que a guarnição daquela torre pudesse vê-los, mas ninguém gritou um alerta e nenhuma seta de besta atravessou o rio.
Argos e Daniel foram os primeiros a subir na escada do molhe, depois veio Sam, o mais moço dos arqueiros de Farz. A parte relativa à atracação servia a um depósito de madeira e um cão começou a latir agitadamente por entre os troncos empilhados, mas Sam esgueirou-se pela escuridão com sua adaga e o latido parou de repente.
- Cachorrinho bom – disse Sam ao voltar.
- Coloquem as cordas nos arcos – disse Argos. Ele havia encaixado a corda em seu arco preto e agora desatou os cadarços do seu saco de flechas.
- Eu odeio cachorros – disse Sam. – Um deles mordeu minha mãe quando ela estava grávida de mim.
- É por isso que você é maluco – disse Daniel.
- Calem a boca – ordenou Argos.
Mais arqueiros estavam subindo para o molhe, que balançava assustadoramente, mas dava para ele ver que os muros que deviam capturar já estavam cheios de defensores. Flechas thaisenses, as brancas penas brilhando à luz das chamas da fogueiras dos defensores, adejaram por cima do muro e penetravam, com golpe surdo, nos telhados de sapé da cidade.
- Talvez a gente devesse abrir a porta sul – sugeriu Argos.
- Atravessar a cidade? – perguntou Daniel, alarmado.
- É uma cidade pequena – disse Argos.
- Você está loco – disse Daniel, mas estava sorrindo e dizia aquilo a título de elogio.
- Seja como for, eu vou – disse Argos.
Estaria escuro nas ruas e os longos arcos ficariam escondidos. Ele calculou que seria bem seguro.
Uma dezena de homens seguiu Argos, enquanto os demais começaram a saquear os prédios mais próximos. Agora, um número cada vez maior de homens estava chegando através das estacas quebradas, já que Vince Farz os mandara seguir pela margem do mar, em vez de esperar que o muro fosse capturado. Os defensores tinham visto os homens na lama e estavam atirando da ponta do muro da cidade, mas os primeiros atacantes já estavam soltos nas ruas.
Argos andou pela cidade, deslocando-se de modo desajeitado. Estava escuro como breu nos becos e era difícil dizer para onde estava indo, embora ao subir o morro sobre o qual a cidade fora construída ele calculara que teria de acabar ultrapassando o topo e depois desceria para a porta sul. Homens passavam correndo por ele, mas ninguém via que ele e seus companheiros eram thaisenses. Os sinos das igrejas eram ensurdecedores. Crianças choravam, cães latiam, gaivotas gritavam, e o barulho estava deixando Argos aterrorizado. Aquilo era uma idéia maluca, pensou ele. Talvez Sir Simon já tivesse escalado os muros. Talvez ele, Argos, estivesse perdendo seu tempo. No entanto, flechas de penas brancas ainda penetravam nos telhados da cidade, sugerindo que os muros não tinham sido tomados, e por isso ele se esforçou para seguir em frente. Por duas vezes, viu-se num beco sem saída, e da segunda vez, voltando para uma rua mais larga, quase esbarrou num padre que saíra da igreja para colocar uma tocha acesa num suporte de parede.
- Vão para as defesas! – disse o padre com firmeza, e então viu os longos arcos na mão dos homens e abriu a boca para dar o alarma.
Não teve tempo de gritar, porque o arco de Argos chocou-se de ponta em sua barriga. Ele se curvou, arfando, e Daniel rapidamente corou-lhe a garganta. O padre gorgolejou enquanto caía nas pedras do pavimento e Daniel franziu o cenho quando o barulho cessou.
- Eu irei para o inferno por causa disso – disse ele.
- Você irá para o inferno de qualquer maneira – disse Sam. – Nós todos iremos.
- Nós todos iremos para o céu – disse Argos –, mas não se perdermos tempo.
De repente, ele se sentiu muito menos amedrontado, como se a morte do padre tivesse levado o seu medo. Uma flecha atingiu a torre da igreja e caiu no beco enquanto Argos liderava seus homens e passava pela igreja. Viu-se na rua principal de Northport, que descia até onde uma fogueira de vigília ardia ao lado da porta sul. Argos recuou para o beco ao lado da igreja, porque a rua estava lotada de homens, mas todos corriam para o lado ameaçado da cidade, e quando Argos voltou a olhar o morro estava vazio. Ele só viu duas sentinelas nas defesas acima do arco da porta. Falou com seus homens sobre as sentinelas.
- Eles vão morrer de medo – disse ele. – Nós matamos os bastardos e abrimos a porta.
- Pode haver outros – disse Sam. – Haverá uma casa da guarda.
- Neste caso, mate-os também – disse Argos. – Agora, mas lá!
Eles entraram na rua, correram alguns metros e armaram os arcos. As flechas voaram e os dois guardas que estavam sobre o arco caíram. Um homem saiu da casa da guarda, construída na torre da porta e olhou boquiaberto para os arqueiros, mas antes que alguns pudessem armar seus arcos, recuou para dentro e trancou a porta.
- Ela é nossa! – gritou Argos, e liderou os homens numa corrida louca até o arco.
A casa da guarda continuou fechada, e assim não havia ninguém para impedir que os arqueiros erguessem a tranca e empurrassem as duas grandes portas, abrindo-as. Os homens de Havoc Bohun, o bravo mago de Edron, viram as portas abertas, viram os arqueiros de Thais delineados contra a fogueira de vigília e soltaram um grande urro na escuridão que disse a Argos que uma torrente de soldados vingativos estava indo em direção a ele.
O que significava que a hora de Northport chorar poderia começar. Porque os homens de Thais tinham tomado a cidade.
Sem mais;
Asha Thrazi! ;)
Capítulo 15 – A mulher, Jeanette.
Jeanette acordou com um sino de igreja tocando como se fosse o dia do juízo final, quando os mortos se erguiam dos túmulos e as portas do inferno se escancaravam para receber os pecadores. Seu primeiro instinto foi dirigir-se para a cama do filho, mas o pequeno Charles estava bem. Ela só conseguia ver os olhos dele no escuro, que praticamente não era reduzido pelas brasas brilhantes da lareira.
- Mamãe? – gritou ele, estendendo os braços para ela.
- Fique calado – disse ela, acalmando o menino, e depois correu para abrir os postigos. Uma leve luz cinzenta aparecia acima dos telhados do leste, e depois passos soaram na rua e ela inclinou-se na janela para ver homens saindo correndo de suas casas com espadas, bestas e lanças. Uma trombeta soava na direção do centro da cidade, e então mais sinos de igreja começaram a soar o alarma numa noite agonizante. O sino da igreja Virgem estava rachado e emitia um barulho desagradável, semelhante ao de uma bigorna, que era ainda mais aterrorizante. Jeanette viu bolas de fogo que explodiram de uma só vez e depois um tiro negro acertou um dos melhores besteiros da cidade na muralha, que tombou. Os thaisenses ovacionaram e ela viu Havoc Bohun.
- Madame! – gritou uma criada enquanto entrava correndo no quarto.
- Os thaisenses devem estar atacando. – Jeanette esforçou-se para falar com calma. Ela não vestia nada além de uma camisola de linho e de repente sentiu frio. Apanhou rápido uma capa, prendeu-a no pescoço e depois pegou o filho no colo. – Não vai lhe acontecer nada, Charles – tentou consolá-lo. – É só Thais atacando de novo.
Só que ela não tinha certeza. Os sinos estavam tocando com muita agitação. Não era o dobrado compassado que em geral sinalizava um ataque, mas um clangor de pânico, como se os homens que puxavam as cordas estivessem tentando repelir um ataque por seu próprio esforço. Ela olhou pela janela outra vez e viu as flechas thaisenses passando por cima dos telhados. Dava para ouvi-las penetrando no sapé com um ruído surdo. As crianças da cidade achavam que era uma boa brincadeira apanhar as flechas inimigas e duas tinham se machucado ao escorregarem dos telhados. Jeanette pensou em se vestir, mas decidiu que primeiro deveria descobrir o que estava acontecendo, de modo que entregou Charles à criada e desceu as escadas correndo.
Uma das criadas na cozinha encontrou-a na porta dos fundos.
- O que está acontecendo, madame?
- Mais um ataque, só isso.
Ela tirou a tranca da porta que dava para o quintal e correu para a entrada particular para a igreja, no exato momento em que uma flecha atingiu a torre da igreja e caiu no quintal com um tinido. Jeanette puxou a porta da torre, abrindo-a, e seguiu às apalpadelas pela escada que seu pai tinha construído. Não fora simples piedade que inspirara Luis Halevy a construir a torre, mas também a oportunidade de olhar rio abaixo para ver se seus navios estavam se aproximando, e o alto parapeito de pedra proporcionava uma das melhores vistas de La Roche-Ogre. Jeanette ficou surda com o sino da igreja que oscilava na penumbra, cada batida socando-lhe os ouvidos como um golpe físico. Ela subiu para além do sino, empurrou a porta do alçapão que ficava no topo da escada e, com uma certa dificuldade, subiu para as placas de cobertura.
Os thaisenses haviam chegado. Ela viu uma torrente de homens em torno da beira do muro que dava para o rio. Eles vadeavam para lama e passavam por cima das estacas quebradas como um bando de ratos. Nossa Grande Bastesh, pensou ela, nossa Grande Bastesh, mas eles estavam dentro da cidade! Ela desceu as escadas correndo.
- Eles chegaram! – gritou ela para o padre que puxava a corda do sino. – Eles estão na cidade!
- Destruição! Destruição! Banor! – gritavam os homens de Thais, a palavra que os estimulava a saquear.
Jeanette atravessou o quintal e subiu as escadas correndo. Tirou depressa as roupas do armário e voltou-se quando as vozes davam os sinais para o uso de violência embaixo de sua janela. Ela esqueceu as roupas e tornou a pegar Charles no colo.
- Bastesh – rezou ela -, olhai por nós agora, olhai por nós. Grande Bastesh, salvai-nos.
Ela chorou, sem saber o que fazer. Charles chorava porque ela o apertava e demais e ela tentou tranqüilizá-lo. Gritos de regozijo soaram na rua e ela voltou correndo para a janela, vendo o que parecia um rio negro incrustado de aço correndo em direção ao centro da cidade. Ela caiu junto à janela, soluçando. Charles gritava. Mais duas criadas estavam no quarto, de algum modo achando que Jeanette poderia protegê-las, mas agora não havia proteção alguma. Os thaisenses tinham chegado. Uma das criadas colocou a tranca na porta do quarto, mas de que adiantaria?
Jeanette pensou nas armas do marido escondidas e no fio aguçado da espada de Batalha, e imaginou se teria coragem de colocar a ponta contra seu seio e arria o corpo contra a lâmina. Seria melhor morrer do que ser desonrada, pensou ela, mas então o que seria do seu filho? Chorou desesperada, e ouviu alguém batendo na grande porta que dava para o pátio. Um machado, pensou ela, e ficou ouvindo os golpes triturantes que pareciam sacudir a casa toda. Uma mulher gritou na cidade, depois outra, e as vozes de Thais berravam exaltadas. Um a um, os sinos das igrejas foram se calando, até que apenas o sino rachado martelava seu temor pelos telhados. O machado ainda mordia a porta. Jeanette ficou imaginando se eles iriam reconhecê-la. Ela exultara ao ficar em pé nas defesas, disparando a besta que pertencera ao marido contra os sitiantes, e seu ombro direito estava machucado por causa disso, mas sentira prazer na dor, acreditando que cada seta disparada tornava menos provável que Thais invadisse a cidade.
Ninguém pesara que eles poderiam fazê-lo. E fosse como fosse, por que sitiar La Roche-Ogre? A cidade nada tinha a oferecer. Como porto, era quase inútil, porque os navios maiores não podiam aportar, nem mesmo quando o nível das águas chegava ao máximo. Os habitantes da cidade acreditavam que os homens de Thais estavam fazendo uma demonstração petulante e em pouco tempo iriam desistir e retirar-se furtivamente. Não precisava da ajuda de Carlin.
Mas agora eles estavam ali, e Jeanette gritou quando o som dos golpes de machado mudou. Eles tinham arrombado a porta, e sem dúvida tentavam erguer a tranca. Ela fechou os olhos, tremendo enquanto ouvia a porta raspar as pedras do pavimento. Estava aberta. Estava aberta. Oh, Bastesh, rezou Jeanette, ficai conosco agora. Ajudai-nos, amaldiçoai-vos.
Os gritos vieram do andar de baixo. Pés bateram nos degraus. Vozes de homens berram numa língua estranha.
Ficai conosco agora e na hora de nossa morte. Thais havia chegado.
Previsão? Leia o tópico anterior.
Sem mais;
Asha Thrazi! ;)
Bom, Kaoh, já tirei o atraso e li os novos capítulos.
Nunca li "O Arqueiro", e estou gostando da história.
Continue, por favor.
··Hail the prince of Saiyans··
ahhh seu sem graça!! No clímax dessa parte da história e você para! Baaah! Mas, infelizmente, a decisão é sua...
Quanto ao capítulo, você já sabe: perfeito, maravilhoso e etc etc etc xD
vo lah ler SAGA agora ;D
mas pelo amor de deus!!
nao desiste desse rp
eh u melhor que eu jah li =]
tah.. parece ki to exagerando.. mas nao to ;P
realmente eh MUITO bom
espero que continue logo
;*
Não adianta pessoal, ele quer continuar a escrever aquele lixo espacial chamado de Saga, decha então ué.
Mais uma história ótima interrompida.
Board Roleplay deplorável agora.
Espero que leiam TUDO que eu escrevi naquele "lixo espacial", comentem, que aí vocês receberão um capítulo novo neste sábado.Citação:
Postado originalmente por Blarow
Sem mais;
Asha Thrazi! ;)
fazer o que a decisão é dele, uma boa obra interompida
Cara... Sua história eh simplesmente FODA!
Eu li atéocapítuo 11 e poxa... eh difícil de nao gostar.
Agora eu soh pesso umacoisa pra vc: Não para nao.
Sei que vc deve ter suas razoes, e se vc acredita tanto assim no seu novo projeto, eu lhe dou a maior força. Mas não para aqui não.
Essa história tá muito foda.
Espero que vc continue.
E será uma honra ter um comente seu na minha história,
Os Guerreiros da Honra.
Passa lá plz ^^
Dark.
É bom ver que ainda tem pessoas como você, Kaoh, na sessão... Um dos poucos roleplayers antigos que ainda restaram aqui. E uma das poucas história sobre Tibia que consegue fugir do clichê ruim...
Pois é, acho que você ainda pode fazer um revoção aqui!
Hehe ti feio mano, obrigando um pague 1 e ganhe 2 e fazendo o povo a ler o outro xD
Agora temos que ler SAGA é o jeito ;)
Não...Não...
O melhor Roleplay daqui deste fórum não pode parar de novo...
Mas tipo,a decisão é sua,mas cara por favor para não plz :triste:
Capítulo 16 – Mudança de ventos.
Sir Simon Skeat estava contrariado. Estava preparado para subir pelas escadas se os arqueiros de Farz conquistassem os muros, o que ele duvidava, mas se as defesas fossem capturadas, ele pretendia ser o primeiro a entrar na cidade. Ele previa matar alguns defensores em pânico e depois encontrar uma grande casa para saquear.
Mas nada aconteceu como ele imaginara. A cidade estava acordada, o muro controlado, e as escadas nunca avançaram, mas ainda assim os homens de Farz tinham chegado lá dentro, simplesmente vadeando pela lama à margem de Sula. Depois, uma ovação no lado sul da cidade indicava que a porta estava aberta, o que significava que todo o maldito exército estava entrando em La Roche-Ogre antes de Sir Simon. Ele soltou palavrões. Não iria sobrar nada.
- Senhor?
Um dos soldados alertou Sir Simon, querendo uma decisão sobre como iriam chegar às mulheres e aos bens valiosos do outro lado dos muros, que estavam se esvaziando de defensores à medida que os homens corriam para proteger seus lares e suas famílias. Teria sido mais rápido, muito mais rápido, ter vadeado pela lama, mas Sir Simon não quis sujar suas botas novas, e por isso mandara que as escadas avançassem.
As escadas eram feitas de madeira verde e os degraus curvaram-se num grau alarmante enquanto Sir Simon subia, mas não havia defensores para enfrentá-lo e a escada agüentou. Com dificuldade, ele entrou numa seteira e sacou a espada. Meia dúzia de defensores jaziam espetados por flechas sobre a defesa. Dois ainda estavam vivos, e Sir Simon trespassou o que estava mais perto dele. O homem tinha sido tirado da cama e não usava cota de malha, nem mesmo um casaco de couro, e no entanto a velha espada teve dificuldade com o golpe mortal. Não fora projetada para perfurar, mas para cortar. As espadas novas, feitas com o melhor aço das florestas elficas, eram famosas pela capacidade de perfurar malha e couro, ou até rachar armaduras, mas aquela lâmina antiga exigiu toda a força bruta de Sir Simon para penetrar uma caixa torácica. E que chance, imaginou ele com amargor, haveria de encontrar uma arma melhor naquela triste pretensão de cidade?
Havia uma escadaria de pedra que dava para uma rua repleta de arqueiros e soldados thaisenses sujos de lama até as coxas. Eles estavam entrando à força nas casas. Um homem levava uma galinha morta, outro levava uma peça de tecido. O saque começara e Sir Simon ainda estava nas defesas. Ele gritou com seus homens para que se apressassem, e quando um número suficiente deles se reuniu no topo do muro, liderou-os para a rua embaixo. Um arqueiro rolava um tonel, saído de uma porta de porão, outro arrastava uma moça pelo braço. Para onde ir? Esse era o problema de Sir Simon. Todas as casas mais próximas estavam sendo saqueadas, e os gritos de regozijo vindos do sul indicavam que o exército principal de Havoc Bohun caía sobre aquela parte da cidade. Alguns cidadãos, percebendo que tudo estava perdido, corriam diante dos arqueiros para atravessar a ponte e fugir para o interior.
Sir Simon decidiu atacar o leste. Os homens do mago estavam ao sul, os de Farz estavam se mantendo perto do muro oeste, de modo que o setor leste oferecia a melhor esperança de saque. Ele forçou a passagem pelos arqueiros de Vince Farz, sujos de lama, e liderou seus homens em direção à ponte. Pessoas amedrontadas passavam por ele correndo, ignorando-o e esperando que ele os ignorasse. Ele atravessou a rua principal, que levava para a ponte, e viu uma estrada que corria ao longo das grandes casas que davam para o mar de Sula. Mercadores, pensou Sir Simon, mercadores gordos com gordos lucros, e então, à luz que aumentava, viu um arco que tinha ao alto um brasão. Uma casa de nobre.
- Quem tem um machado? – perguntou ele a seus homens.
Um dos soldados adiantou-se e Sir Simon indicou a pesada porta. A casa tinha janelas no andar térreo, mas elas estavam cobertas com pesadas barras de ferro, o que parecia um bom sinal. Sir Simon recuou para deixar seu comandado começar a trabalhar na porta.
O homem que usava o machado sabia o que fazer. Abriu um buraco onde supunha estar a barra usada como tranca, e depois de completar a abertura, enfiou a mão e suspendeu a barra, tirando-a do suportes, para que Sir Simon e seus soldados pudessem empurrar as lâminas da porta e abri-las. Sir Simon deixou dois homens para vigiar a porta, ordenando-lhes que impedissem a entrada de qualquer outro saqueador na propriedade, e liderou os demais até o pátio. As primeiras coisas que viu foram dois barcos amarrados no molhe do rio. Não eram embarcações grandes, mas todos os cascos eram valiosos e ele mandou que quatro de seus arqueiros subissem a bordo.
- Digam a quem aparecer que eles são meus, entenderam? Meus!
Ele agora tinha uma opção: despensas, ou a casa? E um estábulo? Mandou que dois soldados procurassem o estábulo e montassem guarda junto aos raríssimos cavalos que poderiam existir em uma pequena cidadela como aquela, e depois abriu a porta da casa a pontapés e liderou seus seis homens que restavam para a cozinha. Duas mulheres gritaram. Ele as ignorou; elas eram criadas velhas, feias, e ele estava atrás de bens mais preciosos. Uma porta ficava ao fundo da cozinha e ele a apontou para um dos arqueiros e, então, mantendo a espada à frente, passou por um pequeno saguão escuro e entrou num cômodo da frente. Uma tapeçaria mostrando o belo Deus Suon, um dos sóis de Tibia, fruto de Fardos e Fogo, estava pendurada em uma das paredes e Sir Simon lembrou-se de que às vezes objetos de valor eram escondidos atrás de forros de parede como aquele, de modo que golpeou-a com a espada e depois retirou-a dos ganchos, mas só havia uma parede de reboco por trás. Chutou as cadeiras e viu um baú que tinha um enorme cadeado escuro.
- Abram – ordenou ele a dois de seus arqueiros – e o que houver dentro dele é meu.
Depois, ignorando dois livros que de nada serviam a homem ou animal, ele voltou para o saguão e subiu correndo um lance de escada de madeira escura.
Sir Simon achou uma porta que dava para um quarto na frente da casa. Estava trancada e uma mulher gritou do outro lado quando ele tentou abrir a porta à força. Ele recuou e usou o salto da bota, esmagando a tranca do outro lado e fazendo com que a porta girasse sobre os gonzos. Então entrou no aposento, a velha espada brilhando à luz fraca do amanhecer, e viu uma mulher de cabelos pretos.
Sir Simon se achava um homem prático. O pai, muito sensatamente, não quisera que o filho perdesse tempo com educação, embora Sir Simon tivesse aprendido a ler e pudesse, em caso de emergência, escrever uma carta. Ele gostava de coisas úteis – espadas, cavalos e armaduras – e desprezava o culto das boas maneiras, que estava em moda. Sua mãe gostava muito dos cavaleiros bardos, e estava sempre ouvindo canções sobre cavaleiros tão delicados que Sir Simon achava que eles não teriam durado dois minutos num corpo-a-corpo de um torneio. As canções e os poemas celebravam o amor como se tratasse de uma coisa rara que dava encanto a uma vida, mas Sir Simon não precisava de poetas para definir o amor, que para ele era derrubar uma jovem camponesa num restolhal ou atacar uma prostituta cheirando a cerveja numa taberna, mas quando viu a mulher de cabelos pretos ele compreendeu, de repente, o que os trovadores andavam celebrando.
Não importava que a mulher estivesse tremendo de medo, que os cabelos estivessem loucamente despenteados ou que o rosto estivesse marcado pelas lágrimas que escorriam. Sir Simon reconheceu a beleza e ela o atingiu como uma flecha. Tirou-lhe o fôlego. Com que então aquilo era amor! Era a percepção de que ele nunca poderia ser feliz enquanto aquela mulher não fosse dele – e isso era conveniente, porque ela era inimiga, a cidade estava sendo saqueada e Sir Simon, vestindo cota de malha e casaco de pele, achara-a primeiro.
- Fora daqui! – vociferou ele para as criadas que estavam no quarto – Fora daqui!
As criadas fugiram em lágrimas e Sir Simon fechou a porta quebrada com um golpe da bota, e depois avançou para a mulher, que se agachara ao lado da cama do filho, com o menino nos braços.
- Quem é você? – perguntou Sir Simon em carliniano.
A mulher tentou parecer valente.
- Sou a condessa de Batalha e filha do mercador que aqui morava – disse ela. – E o senhor?
Sir Simon ficou tentado a si mesmo um título para impressionar Jeanette, mas ele tinha um raciocínio muito lento e por isso ouviu si mesmo dizer seu nome verdadeiro. Aos poucos, ele ficava cônscio de que o quarto revelava riqueza. Os reposteiros da cama eram grossos de tanto brocado, os castiçais eram de prata pesada, e as paredes de ambos os lados da lareira de pedra eram forradas de dispendiosos painéis de madeira belamente entalhada. Ele empurrou a cama menor contra a porta, imaginando que aquilo assegurasse uma certa privacidade, e depois foi aquecer-se junto ao fogo. Despejou mais carvão nas pequenas chamas e manteve suas geladas luvas junto ao calor.
- Esta casa é sua, madame?
- É.
- Não é do seu marido?
- Eu sou viúva – disse Jeanette.
Uma viúva rica! Sir Simon quase se benzeu de tanta gratidão. As viúvas que ele conhecera em Thais eram bruxas cobertas de ruge, mas essa...! Essa era diferente. Essa era uma mulher digna de um campeão de torneios e parecia rica o bastante para salvá-lo da desgraça de perder sua propriedade e sua condição de cavaleiro. Ela poderia, até, ter dinheiro suficiente para comprar um baronato. Talvez um condado?
Ele se afastou do fogo e sorriu para ela.
- São seus aqueles barcos no molhe?
- São, senhor.
- Pelas regras de guerra, madame, eles agora são meus. Tudo aqui é meu.
Jeanette franziu o cenho ao ouvir aquilo.
- Que regras?
- A lei da espada, madame, mas eu acho que a senhora tem sorte. Eu lhe oferecerei minha proteção.
Jeanette sentou-se na beira da cama acortinada, agarrando Charles.
- As regras de cavalaria, meu senhor – disse ela -, garantem a minha proteção.
Ela se sobressaltou quando uma mulher gritou numa casa perto dali.
- Cavalaria? – perguntou Sir Simon. – Cavalaria? Eu a ouvi sendo mencionada em canções, madame, mas isso aqui é uma guerra. Nossa tarefa é punir os seguidores de Charles de Batalha por se rebelarem contra o seu senhor legítimo. Castigo e cavalaria não combinam. – Ele a olhou de cenho franzido. – A senhora é Blackarch! – disse ele, reconhecendo de repente à luz do fogo revivido.
- Blackarch? – Jeanette não entendeu.
- A senhora lutou contra nós de cima dos muros! A senhora arranhou meu braço!
Pelo tom de voz, Sir Simon não parecia zangado, mas perplexo. Acreditava que ficaria furioso quando encontrasse Blackarch, mas a realidade dela era predominantemente demais para provocar raiva.
- A senhora fechou os olhos quando disparou a besta, e foi por isso que erro.
- Eu não errei! – disse Jeanette, indignada.
- Um arranhão – disse Sir Simon, mostrando-lhe o rasgo na manga de sua cota de malha. – Mas por que, madame, a senhora luta pelo falso duque?
- Meu marido – disse ela, inflexível – era sobrinho do duque Charles.
Meu bom Deus, pensou Sir Simon, meu bom Deus. Um prêmio sem dúvida. Ele se curvou para ela.
- Então seu filho – disse ele, fazendo um gesto com a cabeça em direção a Charles, que olhava, aflito, dos braços da mãe – é o conde atual.
- É – confirmou Jeanette.
- Um belo menino.
Sir Simon esforçou-se para fazer o elogio. Na verdade, achava que Charles era um chato com cara de lua cheia cuja presença o impedia de dar vazão a uma ânsia natural de fazer Blackarch deitar-se de costas e, assim, mostrar a ela as realidades da guerra, mas ele estava intensamente cônscio de que aquela viúva era uma aristocrata, uma beldade, e parente de Charles de Batalha, que era sobrinho da Rainha Eloise de Carlin. Aquela mulher significava riqueza, e a necessidade de Sir Simon naquele momento era fazer com que ela entendesse que o que melhor atendia aos interesses dela era compartilhar das ambições dele.
- Um belo menino – continuou ele – que precisa de um pai.
Jeanette limitou-se a olhar fixo para ele. Sir Simon tinha um rosto inexpressivo. O rosto tinha um nariz bulboso, queixo firme, e não mostrava o menor sinal de inteligência ou espírito. Mas Sir Simon tinha confiança, o suficiente para ter-se persuadido de que ela iria casar-se com ele. Será que ele falava sério? Ela ficou boquiaberta, e então deu um grito assustado quando uma gritaria irritada estourou embaixo de sua janela. Alguns arqueiros tentavam passar pelos homens que vigiavam a porta. Sir Simon empurrou o postigo, abrindo a porta.
- Esta propriedade é minha – vociferou ele em thaisense. – Vão procurar garotas para vocês.
Ele se voltou para Jeanette.
- Está vendo, madame, como eu a protejo?
- Então existe cavalheirismo na guerra?
- Existe oportunidade na guerra, madame. A senhora é rica, a senhora está viúva, a senhora precisa de um homem.
Ela o fitou com olhos perturbadoramente grandes, mal ousando acreditar na temeridade dele.
- Por quê?
- Por quê? – Sir Simon ficou perplexo com a pergunta. Fez gesto para a janela. – Ouça os gritos, mulher! O que é que a senhora pensa que acontece com as mulheres quando uma cidade cai?
- Mas o senhor disse que iria me proteger – assinalou ela.
- E vou.
Ele estava ficando perdido naquela conversa. A mulher, pensou ele, apesar de bonita, era de uma estupidez impressionante.
- Eu a protegerei – disse ele – e a senhora tomará conta de mim.
- Como?
Sir Simon suspirou.
- A senhora tem dinheiro?
Jeanette deu de ombros.
- Há um pouco lá embaixo, senhor, escondido na cozinha.
Sir Simon franziu o cenho, irritado. Será que ela achava que ele era tolo? Que ele morderia a isca e iria para o andar térreo, deixando-a para pular a janela?
- Eu sei de uma coisa a respeito do dinheiro, madame – disse ele – e é que nunca se deve escondê-lo num lugar em que os criados possam achá-lo. A gente o esconde nos aposentos privados. Num quarto de dormir.
Ele abriu um armário e despejou no chão as peças de linho, mas nada havia escondido ali, e depois, seguindo uma inspiração, começou a bater nos painéis de madeira. Ele ouvira dizer que era freqüente painéis daquele tipo disfarçarem um esconderijo, e foi recompensado quase instantaneamente por um som satisfatoriamente oco.
- Não, senhor! – disse Jeanette.
Sir Simon ignorou-a, sacando a espada e atacando os painéis que se despedaçaram e foram arrancados da haste. Ele embainhou a espada e puxou com força, com as mão enluvadas, a madeira estraçalhada.
- Não! – Jeanette soltou um grito de dor.
Sir Simon olhou fixamente. Havia dinheiro escondido atrás do gorro, um barril cheio de moedas, mas a grande recompensa não era aquilo. A grande recompensa era uma armadura e um conjunto de armas com as quais Sir Simon apenas sonhara na vida. Uma armadura que brilhava ouro, cada peça entalhada com sutis figuras e com incrustações também em ouro, como aquelas usadas pelos nobres paladinos de Edron. Devia ter vindo de Edron. E a espada! Quando Sir Simon a tirou da bainha, foi como empunhar a própria Excalibug. A lâmina tinha um brilho azulado, que não era nem mesmo tão pesada quanto a dele, mas dava a sensação de um milagroso equilíbrio. Uma lâmina dos famosos fabricantes de espadas de Darama, talvez, ou, ainda melhor, Edron?
- Elas pertenciam ao meu marido – apelou Jeanette a ele – e isso é tudo que eu tenho dele. Elas têm de passar para Charles.
Sir Simon ignorou-a. Correu o dedo enluvado pela incrustação de ouro no peito da armadura. Só aquela peça valia uma propriedade!
- Isso é tudo que ele tem do pai – suplicou Jeanette.
Sir Simon desafivelou o cinto de sua espada e deixou a velha arma cair ao chão, e depois prendeu a espada do conde de Batalha na cintura. Voltou-se e olhou fixo para Jeanette, maravilhando-se com o rosto liso, sem cicatrizes. Aqueles eram os espólios de guerra com que ele sonhara e começara a temer que nunca fosse encontrar: um barril de dinheiro, uma armadura digna de um rei, uma lâmina feita para um campeão e uma mulher que seria invejada por toda Thais.
- A armadura é minha – disse ele –, como a espada, também.
- Não, senhor, por favor.
- O que é que a senhora vai fazer? Comprá-las de mim?
- Se for preciso – disse Jeanette, fazendo um gesto com a cabeça ao barril.
- Aquilo também é meu, madame – disse Sir Simon e, para provar caminhou até a porta, desobstruiu-a e gritou para que dois de seus arqueiros subissem até aquele andar. Fez um gesto para o barril e para a armadura. – Levem-nos para baixo – disse ele – e mantenham-nos em segurança. E não pensem que eu não contei o dinheiro, porque contei. Andem!
Jeanette ficou olhando o roubo. Queria pedir clemência chorando, mas esforçou-se para ficar calma.
- Se o senhor roubar tudo o que eu tenho – disse ela para Sir Simon – como irei recomprar a armadura?
Sir Simon tornou a empurrar a cama do menino para junto da porta e depois brindou-a com um sorriso.
- Há uma coisa que você pode usar para comprar a armadura, minha cara – disse ele, sedutor. – Você tem o que todas as mulheres têm. Pode usá-lo.
Jeanette fechou os olhos durante algumas batidas do coração.
- Todos os cavalheiros de Thais são como o senhor? – perguntou ela.
- Poucos são tão hábeis com as armas – disse Sir Simon, com orgulho.
Ele estava para contar a ela seus triunfos em torneios, certo de que ela ficaria impressionada, mas ela o interrompeu.
- O que eu queria saber – disse ela, com frieza – era se os cavaleiros de Thais são todos ladrões, poltrões e brigões.
Sir Simon ficou realmente intrigado com aquele insulto. A mulher simplesmente não parecia dar valor à boa sorte, uma falha que ele só podia atribuir a uma estupidez inata.
- A senhora se esquece, madame – explicou ele –, de que os vencedores da guerra ficam com os prêmios.
- Eu sou o seu prêmio?
Ela era pior do que estúpida, refletiu Sir Simon, mas quem queria inteligência numa mulher?
- Madame – disse ele –, eu sou seu protetor. Se eu a deixar, se eu retirar a minha proteção, vai haver uma fila de homem na escadaria esperando para possuí-la. Entendeu agora?
- Eu acho – disse ela, com frieza – que o mago de Edron vai me oferecer uma proteção melhor.
Santo Banor, pensou Sir Simon, como a safada era obtusa! Não adiantava tentar argumentar com ela, porque ela era tapada demais para compreender, e por isso ele tinha de forçar o ataque. Atravessou o quarto depressa, arrancou Charles dos braços dela e jogou o menino na cama menor. Jeanette deu um grito e tentou agredi-lo, mas Sir Simon agarrou-lhe o braço e esbofeteou-a com a mão enluvada e, quando ela ficou imóvel de dor e perplexidade, rasgou as cordas da capa d Jeanette e depois, com suas mãos grandes, rasgou a frente do vestido. Ela gritou e tentou cobrir a nudez com as mãos, mas Sir Simon abriu-lhe os braços à força e olhou, impressionado. Perfeita!
- Não! – Jeanette chorou.
Sir Simon empurrou-a com força de volta para a cama.
- Quer que seu filho herde a armadura de seu marido traiçoeiro? – perguntou ele. – Ou a espada dele? Então, madame, é melhor ser boa para com o novo dono delas.
Ele desafivelou a espada, deixou-a cair ao chão, e depois ergueu a cota de malha e mexeu, desajeitado, nos cadarços de seu calção.
- Não! – gritou Jeanette e tentou levantar-se da cama, mas Sir Simon agarrou-lhe o vestido e arrancou o linho, fazendo-o baixar até a cintura dela. O menino gritava e Sir Simon atrapalhava-se com as manoplas enferrujadas e Jeanette achou que Zathroth havia entrado em sua casa. Tentou cobrir a sua nudez, mas o thaisense tornou a esbofeteá-la, e depois ergueu uma vez mais a cota de malha. Do lado de fora da janela, o sino rachado da igreja finalmente se calou, porque Thais tinha chegado, Jeanette ganhara um pretendente, e a cidade chorava.
Sem mais;
Asha Thrazi! ;)
Muito bom cara. Continue escrevendo!
PS: Saga eu vou ler amanhã, aí comento. Ok?
pelo menos você não parou, já é um começo...mas ainda acho que Saga não se compara com essa história, com todo respeito mais acho que você viajo um poco em Saga, e tá monotono demais
Mas, quem sou eu para criticar?
@Ayakumus :vc é um ser humano como todo mundo e tem o direito de criticar como o usuario mais velho do forum
@Kaoh:vamos lá...ñ para ñ,já percebi uns post atras q vc falo se agente posta no Saga vc ia dar de presente + um cap?
então eu vou ler e postar lá
qnt ao cap,foi um capitulo de muita descrição e detalhe,que foi seu maior triunfo esse do rp inteiro em descrição e detalhes mas axo q a criatividade desceu um puco...foi qse igual ao q aconteceu na cidade de Argos,entraram,mataram,sauqearam...e tem uma coisa q mi encomoda,o Prologo ñ se revelou nada ainda,só que eu supeito que tenha a ver com o primo de Argos
o gente,se é pa fika falanuh " ñ para",ñ posta pó ele já percebeu q a gente prefere 1000x + esse rp + ele vai continuar com a Saga,eu só aproveitei pa pa pidi pa ele continuar enquanto eu estava comentanduh sobre esse capitulo
previsão para o proximo capitulo?
PI, PI PI.
MP nova, dê uma olhada.
Continue (sim, no imperativo X.X).
··Hail the prince of Saiyans··
Capítulo 17 – Cinzas de promessas.
O primeiro pensamento de Argos, depois de abrir a porta, não foi saquear, mas lavar, em algum lugar, as pernas para tirar a lama do rio, o que fez com um barril de cerveja na primeira taberna que encontrou. O dono da taberna era um homem grande e careca que estupidamente atacou os arqueiros com um porrete, e Daniel o derrubou com o seu arco e depois cortou-lhe a barriga.
- Filho da puta idiota – disse Daniel. – Eu não ia machucá-lo. Não muito.
As botas do morto couberam em Argos, o que foi uma grata surpresa, porque muito poucas serviam, e tão logo eles acharam as moedas que o homem tinha escondido, saíram em busca de outras diversões. O mago de Edron esporeava seu cavalo para cima e para baixo da rua principal com um belo cajado em que dançavam chamas mágicas, gritando para homens que tinham os olhos arregalados para que não pusessem fogo na cidade. Ele queria manter La Roche-Ogre como uma fortaleza, e como um monte de cinzas ela era de menor valia para ele.
Nem todos saquearam. Alguns dos homens mais velhos, até mesmo uns poucos dos mais jovens, ficaram contrariados com tudo aquilo e tentavam conter os excessos mais alucinados, mas estavam em imoderada inferioridade numérica diante de homens que não viam nada, a não ser oportunidade, na cidade caída. O druida Hobbe, um sacerdote de Thais que gostava dos homens de Vince Farz, tentou persuadir Argos e seu grupo a proteger a igreja, mas eles tinham outros prazeres em mente.
- Não estrague sua alma, Argos – disse o druida Hobbe a título de lembrete de que Argos, como todos os homens, tinha assistido à missa na véspera, mas Argos achava que, de qualquer forma, sua alma seria estragada, então o melhor era isso acontecer mais cedo do que mais tarde.
Ele estava à procura de uma garota, na verdade qualquer garota, porque a maioria dos homens de Vince tinha uma mulher no acampamento. Argos estivera vivendo com uma doce e pequena thaisense, mas ela pegara a febre logo antes do início da campanha de inverno, e o druida Hobbe rezara uma missa de corpo presente para ela. Argos ficara olhando o corpo sem mortalha da jovem ser jogado numa cova rasa e pensara nos túmulos de Filars Porl e da promessa que fizera ao tio moribundo, mas depois pusera a promessa de lado. Ele era jovem e não tinha vontade alguma de carregar pesos na consciência.
Northport, agora, rendia-se sob a fúria de Thais. Homens arrancavam o sapé e a mobília despedaçada, na busca por dinheiro. Qualquer morador da cidade que tentasse proteger suas mulheres era morto, enquanto qualquer mulher que tentasse se proteger era agredida até se submeter. Algumas pessoas tinham fugido do saque atravessando a ponte, mas a guarnição fugiu do ataque inevitável e agora os soldados do mago dominavam a pequena torre, e isso significava que La Roche-Ogre estava com o seu destino selado. Algumas mulheres se refugiaram nas igrejas, e as felizardas acharam protetores ali, mas a maioria não teve tanta sorte.
Finalmente, Argos, Daniel e Sam encontraram uma casa que não fora saqueada e pertencia a um curtidor, um sujeito fedorento com uma mulher feia e três filhos crianças. Sam, cuja cara de inocente fazia com que estranhos confiassem nele logo à primeira vista, manteve sua faca encostada na garganta do filho mais moço, e de repente o curtidor lembrou-se de onde tinha escondido o dinheiro. Argos tinha observado Sam, temendo que ele fosse realmente cortar a garganta do menino, porque Sam, apesar das bochechas vermelhas e dos olhos alegres, era tão sádico quanto qualquer outro membro do bando de Vince Farz. Daniel não era muito melhor, embora Argos considerasse os dois seus amigos.
- O homem é tão pobre quanto nós – disse Daniel, impressionado, enquanto revirava as medas do curtidor. Ele empurrou uma terceira pilha em direção a Argos. – Você quer a mulher dele? – ofereceu, generoso.
- Que os Deuses me livrem, não! Ela é vesga como você.
- É mesmo?
Argos deixou Daniel e Sam com suas brincadeiras e foi procurar uma taberna onde houvesse comida, bebida e calor. Ele reconheceu que qualquer garota que valesse a pena ser perseguida já tinha sido apanhada, e por isso tirou a corda do arco, passou decidido por um grupo de homens que arrancavam o conteúdo de uma carroça e encontrou uma estalagem onde uma viúva maternal protegera sensatamente sua propriedade e suas filhas ao receber bem os primeiros soldados, cobrindo-os de comida e bebida de graça, e depois ralhando com eles por sujarem o chão com os pés enlameados. Ela estava gritando com eles naquele momento, embora poucos compreendessem o que ela dizia, e um dos homens resmungou para Argos que ela e as filhas deveriam ser deixadas em paz.
Argos ergue as mãos para mostrar que não queria fazer mal a ninguém, e depois apanhou um prato de pão, ovos e queijo.
- Agora, pague a ela – grunhiu um dos soldados e Argos, obediente, colocou as poucas moedas do curtidor sobre o balcão.
- Ele é bonito – disse a viúva para as filhas, que soltaram risadinhas abafadas.
Argos voltou-se e fingiu inspecionar as filhas.
- Elas são as garotas mais bonitas de todo os arredores de Batalha – disse ele à viúva, em carliniano –, porque saíram à senhora, madame.
Aquele cumprimento, embora comprovadamente insincero, provocou gargalhadas estridentes. Para além da taberna havia gritos e lágrimas, mas ali dentro estava quente e o ambiente era cordial. Argos comeu com sofreguidão, porque estava faminto, e depois tentou esconder-se numa janela projetada para fora quando o druida Hobbe entrou, vindo da rua, apressado. Mas mesmo assim, o padre o viu.
- Eu ainda estou procurando homens para proteger as igrejas, Argos.
- Eu vou me embebedar, padre – disse Argos, feliz. – Vou ficar tão bêbado, que uma daquelas duas garotas vai parecer atraente. – Ele fez um gesto com a cabeça em direção às filhas da viúva.
O druida Hobbe inspecionou-as com ar crítico, e depois suspirou.
- Você vai se matar se beber tanto assim, Argos.
Ele se sentou à mesa, fez um sinal para as garotas e apontou para o caneco de Argos.
- Vou tomar uma dose com você – disse o druida.
- E as igrejas?
- Todo mundo vai estar bêbado em breve – disse o druida Hobbe – e o horror vai terminar. Sempre termina. Cerveja e vinho, Banor sabe, são grandes causas de pecado, mas fazem com que ele tenha vida curta. Pelos ossos de Banor, lá fora está frio. – Ele sorriu para Argos. – Então? Como vai a sua alma negra, Argos?
Argos ficou olhando para o druida. Ele gostava do druida Hobbe, que era pequeno e magro, com uma massa de cabelos pretos revoltos em torno de um rosto alegre que levava as cicatrizes provocadas por uma catapora contraída na infância. Era de berço pobre, filho de um homem de Thais que fabricava e consertava rodas e, como todo menino que ajudava para alimentar a casa, sabia manejar um arco como os melhores arqueiros. Às vezes, acompanhava os homens de Farz em suas incursões no território do duque Charles e da Rainha Eloise, e juntava-se de bom grado aos arqueiros quando eles desmontavam para formar uma linha de batalha. As leis da Igreja proibiam que um padre manejasse uma arma da corte, mas o druida Hobbe sempre alegava que usava flechas rombudas, embora elas parecessem furar as malhas inimigas com a mesma eficiência de quaisquer outras. O druida Hobbe, em suma, era um homem bom cujo único defeito era um excessivo interesse pela alma de Argos.
- Minha alma – disse Argos – é solúvel em cerveja.
- Ora, aí está um bom termo – disse o druida. – Solúvel, é? – Ele pegou o grande arco preto e cutucou a insígnia de prata com um dedo sujo. – Descobriu alguma coisa sobre isto?
- Não.
- Ou quem roubou o sangue?
- Não.
- Você já não se importa mais?
Argos recostou-se na cadeira e esticou as longas pernas.
- Eu estou fazendo um bom trabalho, padre. Nós estamos ganhando esta guerra, e nesta época, no ano que vem, quem sabe? Poderemos estar com a cabeça da rainha de Carlin em um suporte, lá em Thais.
O druida Hobbe fez com a cabeça um gesto de concordância, mas sua fisionomia indicava que as palavras de Argos eram irrelevantes. Passou o dedo por uma poça de cerveja em cima da mesa.
- Você fez uma promessa ao seu tio, Argos, e fez isso numa igreja. Não foi isso o que você me contou? Uma promessa solene, Argos? De que você iria recuperar o frasco de sangue? Os Deuses escutam esses juramentos.
Argos sorriu.
- Fora desta taberna, padre, há tanto estupro, assassinato e roubo acontecendo, que nem todas as penas do céu podem manter atualizada a lista de pecados. E o senhor se preocupa comigo?
- Me preocupo, sim, Argos. Algumas almas são melhores do que outras. Eu tenho que cuidar de todas elas, mas se você tem um carneiro de raça no seu rebanho, fará bem em protegê-lo.
Argos suspirou.
- Um dia, padre, eu vou encontrar o homem que roubou aquele maldito frasco, e vou enfiá-lo em seu traseiro até o líquido fazer cócegas no crânio dele. Um dia. Isso basta?
O druida Hobbe sorriu.
- Basta, Argos, mas no momento há uma pequena igreja que bem poderia ter mais um homem à porta. Ela está cheia de mulheres! Algumas são tão bonitas, que você ficará de coração partido só de olha para elas. Depois, você pode se embebedar.
- As mulheres são bonitas, mesmo?
- O que é que você acha, Argos? A maioria parece morcego e cheia a bode, mas ainda assim elas precisam de proteção.
E assim Argos ajudou a proteger uma igreja e, depois, quando o exército estava tão bêbado que já não podia causar mais danos, ele voltou para a taberna da viúva, onde bebeu até perder os sentidos. Ele havia tomado uma cidade, servira bem ao seu senhor e estava contente.
Sem mais;
Asha Thrazi! ;)
Um esse capitulo só foi final que todos os ultimos ultimos estava focalizada: tomada de northport,hum...acho que faltou um puco mais de detalhês e descrição no meio da rua,do tipo "Argos andou na rua principal e achou uma casa que não tinha sido saqueda",parece que você está com presa pra ir no banheiro...podia ser "Argos e seu bando andou pela rua principal,ques estava um caos,com soldados estrupando garotas e violentando-as,eles viram alguma casas acabando de ser saqueadas,algumas com pessoas entrando,Daniel chamou Argos dizendo que avistou uma casa que parecia não ter sido saqueada..." acho que descrição e melhoramento do texto nunca é demais.
Descrição é uma coisa, excesso dela é outra. Pouca descrição deixa o texto sem graça, descrição em demasia deixa o texto enjoativo e faz as pessoas simplesmente "olharem" as palavras, sem lê-las. Para que repetir algo que eu já disse tantas vezes anteriores? O que você acabou de fazer acima foi tentar por mais descrição onde não necessitava, "enxer lingüiça", sabe? Descrição demais cansa, isso é fato. E também depende muito do personagem no momento, talvez se fosse uma garota que nunca tivesse visto nada igual é obvio que eu descreveria com todos os detalhes e com grande precisão, mas não era. Era Argos e seus dois amigos assassinos. O fato é que Argos estava cansado e pessoas sendo violentadas não era novidade para ele, tanto que ele fala sobre isso normalmente.Citação:
Postado originalmente por Sir Curioso
Obrigado pela crítica, de qualquer modo.
Sem mais;
Asha Thrazi! ;)