Postado originalmente por
Jose Cuervo
Pelo que ele comentou ali no programa da Jovem Pan, semana que vem (provavelmente) vão querer arriscar voltar tudo ao normal, com o comércio e empresas abrindo. A aposta é que com o tempo passando e a euforia da quarentena indo embora aos poucos (só ver que geral já tá saindo na rua de novo, comércio abrindo escondido), com uma boa parte da população já fraquejada pela falta de renda, o cenário vai estar mais favorável para retomada a economia. Ou seja, vai haver menos "repercussão negativa" para a imagem do governo federal.
Sobre essa situação com o Mandetta, é complicado. O cara, além de ser um ministro da saúde competente, é médico. Do ponto de vista profissional dele, a quarentena, quanto mais restritiva, melhor. Já do ponto de vista do Paulo Guedes, da economia, muito tempo parado representa um baque enorme em todas as áreas. Bolsonaro faz um meio campo com propostas meio idiotas, como essa tal quarentena vertical, mas pra mim está claro que ele imagina que com ou sem quarentena a saúde vai colapsar mesmo assim, havendo vários mortos, aí prefere tocar a economia mesmo e, pra dizer que não se importa com a saúde, vai mandar isolar só o grupo de risco, ou seja, meter a quarentena vertical só pra dar satisfação.
Não sei quanto tempo o Brasil aguenta em quarentena, mas com certeza não é o mesmo período que os países europeus ou os Estados Unidos. Obviamente que não haverá vacina contra o vírus nos próximos meses, mas é interessante manter a quarentena por um período um pouco mais longo para ver se surge no horizonte alguma medida para minimizar o alastramento de contaminação. Hoje chegaram 5 milhões de testes no Brasil, que já ajuda bastante a mapear os focos de contaminação, medida que tem dado certo na Coreia do Sul. A quarentena como único meio pra fugir do vírus vai ir por água abaixo mais cedo ou mais tarde.