Colar em provas é questão de sorte e arte. Assim como copiar trabalhos do Google, é uma aposta com o mundo. Podem descobrir e você dança, podem ignorar e você se dá bem. Provas, portanto, não são inúteis. Estimulam a criatividade.
O tipo mais comum é um pedaço de papel com a com resumos ou palavras-chave. Dobrado, escondido em bolsos ou na manga. Funciona se houver tempo de desdobrar e olhar rápido. Exige atenção e coordenação motora.
Deixar acidentalmente as folhas da matéria na carteira da frente também pode dar resultados. Exceto se o indivíduo for tapado o suficiente para deixar as folhas de maneira óbvia para professor pegar.
Escrever na carteira é um bom recurso. Anos atrás uma professora de português fanática passava álcool em todas as carteiras antes das provas. Hoje em dia é delegada de ensino. Continua usando álcool.
Quanto maior a vigilância, maior a criatividade. Um colega meu escrevia as respostas e grudava na tampa frontal da mesa da professora. Sentado na primeira fileira, parecia o protótipo do bom aluno, olhando sempre para frente. Impressionante.
Colar em código é uma espécie de requinte de crueldade. Já vi garotas usando estrelas, luas e outros símbolos para colar em prova. Houve quem tenha decorado letras do alfabeto grego para isso. Estrategistas da cola.
Colar é questão de hábito. Há coladores compulsivos. Mesmo sabendo a matéria gastam horas preparando mirabolantes formas de cola. Casos clínicos, precisam de tratamento.
Mas poucos exemplos são bons como este:
Encontrei este exemplo de perfeição em cola em uma sala de primeiro ano. Cola de Teoria da Comunicação. Não é uma matéria difícil, mas o autor desta cola atingiu níveis sobre-humanos de dedicação. Tem futuro.
Notem a conjugação de estética e praticidade: os assuntos estão divididos em linhas, os tópicos são sublinhados e cada trecho da matéria foi colocado em um espaço diferente. Alguns conceitos estão resumidos demais, mas em linhas gerais o papel deve ter sido muito útil. Um nível raro![]()
E vocês, como colam?
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